Trás-os-Montes é o que resta do sonho de poetas e lutadores, cujas palavras falam de um mundo mais justo.
Este é o território que Torga cantou, enquanto último reduto do Paraíso.
A vida ainda tem uma parte tão natural quanto dura, tão selvagem quanto idealizada.
Porém, quando se fala destas terras, é de interioridade e abandono das populações, por parte do poder central, que está muito longe - e como tem afirmado a médica Berta Nunes, autarca local, nas intervenções oficiais o interior está sempre presente, não correspondendo porém, a actuação com as boas intenções dos discursos …
As oliveiras são, a par da vinha, o grande símbolo da vida nestas paragens.
Trabalho humano desenvolvido sob um sol impiedoso ou ao invés, durante meses de gelo, tudo tão difícil para a sobrevivência dos seres.
Admirável povo com quem convivemos num fim de semana diferente, que animou o espaço onde há séculos gerações semeiam a sua pequena grande gota de resistência.
Luís Filipe Maçarico (texto e fotografias)
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