![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtbx3xAaN-XgRwnm6pw28bVGLy4iDLX_F0DE-F4q5XyjKgrj1cp71NobQdGjYsyF280Eolu6xTIUpaM4OS_zWMoz_LuvU8PWG_L7YzxPVWmw-eMnPbd4UHIMnsPw3rZD8ni7q_/s320/zeca.gif)
Estive no Coliseu, no derradeiro espectáculo. Não esquecerei.
Acompanhou-me em dias de sombra e névoa.
Aqui o relembro com um poema igualmente inesquecível e bem actual, porque os dias tornaram a ser de névoa e sombra:
Quando a corja topa da janela
O que faz falta
Quando o pão que comes sabe a merda
O que faz falta
O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta
O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta
Quando nunca a noite foi dormida
O que faz falta
Quando a raiva nunca foi vencida
O que faz falta
O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é acordar a malta
O que faz falta
Quando nunca a infância teve infância
O que faz falta
Quando sabes que vai haver dança
O que faz falta
O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é empurrar a malta
O que faz falta
Quando um cão te morde a canela
O que faz falta
Quando a esquina há sempre uma cabeça
O que faz falta
O que faz falta é animar a malta
O que faz falta
O que faz falta é empurrar a malta
O que faz falta
Quando um homem dorme na valeta
O que faz falta
Quando dizem que isto é tudo treta
O que faz falta
O que faz falta é agitar a malta
O que faz falta
O que faz falta é libertar a malta
O que faz falta
Se o patrão não vai com duas loas
O que faz falta
Se o fascista conspira na sombra
O que faz falta
O que faz falta é avisar a malta
O que faz falta
O que faz falta é dar poder a malta
O que faz falta