Conheço-a desde criança.
Este ano, a Rita vai estudar engenharia, começando um curso universitário, muito desejado.
A Rita é repórter da Casa do Concelho de Arcos de Valdevez, anda a aprender a tocar concertina, dança no rancho daquela casa regional, e, apesar de não ter nascido na terra dos pais (ver primeira fotografia) é uma entusiasta da etnografia, não perde pitada da sabedoria dos idosos minhotos com quem se cruza nas suas pesquisas, é uma rapariga deste tempo, alegre, inteligente, semeadora de gestos e ideias que deixam os que a rodeiam envolvidos em sonhos de fazer cada dia melhor. Há uma nova geração a mostrar que juventude rima com conhecimento e partilha luminosa.
Comecei por a ver, trazida pelo Tristão e pela Cidália, nos lançamentos dos meus livros de poesia. Ela vinha ter comigo, muito compenetrada, pedindo-me um autógrafo. Segundo os pais, desde miúda que gosta bastante de ler e escrever.
Fico feliz, por saber que várias crianças, da Raquel Guerreiro, agora Raquel Tavares, que um dia, na Festa das Colectividades ocorrida na piscina dos Olivais, me recitou um verso que fizera, após ouvir-me falar da Tunísia, na Biblioteca da Penha de França, onde ela e os meninos do Vale Escuro tinham ido...("O poeta/Foi à Biblioteca..."), passando pelo Flávio Gil, jovem actor de Teatro, que igualmente assistiu a lançamentos de livros meus...todos eles então ainda crianças, absorveram, entre muitos escritores lidos, as minhas palavras e agora estão a desenhar dias promissores, escrevendo, cantando, dançando, representando, são aplaudidos pela Comunidade, que os viu nascer.
A vida de um poeta, se mais não valesse, resgata-se com estas estórias e outras.
Abençoados pais (e ADN) e respectivos valores, que proporcionaram a estes jovens um futuro alicerçado na sensibilidade, nas tradições, na criatividade.
É bom estar vivo para ver estes jovens ter sucesso. Parabéns Portugal, por estes filhos ditosos!
Luís Filipe Maçarico (texto e fotos)
Este ano, a Rita vai estudar engenharia, começando um curso universitário, muito desejado.
A Rita é repórter da Casa do Concelho de Arcos de Valdevez, anda a aprender a tocar concertina, dança no rancho daquela casa regional, e, apesar de não ter nascido na terra dos pais (ver primeira fotografia) é uma entusiasta da etnografia, não perde pitada da sabedoria dos idosos minhotos com quem se cruza nas suas pesquisas, é uma rapariga deste tempo, alegre, inteligente, semeadora de gestos e ideias que deixam os que a rodeiam envolvidos em sonhos de fazer cada dia melhor. Há uma nova geração a mostrar que juventude rima com conhecimento e partilha luminosa.
Comecei por a ver, trazida pelo Tristão e pela Cidália, nos lançamentos dos meus livros de poesia. Ela vinha ter comigo, muito compenetrada, pedindo-me um autógrafo. Segundo os pais, desde miúda que gosta bastante de ler e escrever.
Fico feliz, por saber que várias crianças, da Raquel Guerreiro, agora Raquel Tavares, que um dia, na Festa das Colectividades ocorrida na piscina dos Olivais, me recitou um verso que fizera, após ouvir-me falar da Tunísia, na Biblioteca da Penha de França, onde ela e os meninos do Vale Escuro tinham ido...("O poeta/Foi à Biblioteca..."), passando pelo Flávio Gil, jovem actor de Teatro, que igualmente assistiu a lançamentos de livros meus...todos eles então ainda crianças, absorveram, entre muitos escritores lidos, as minhas palavras e agora estão a desenhar dias promissores, escrevendo, cantando, dançando, representando, são aplaudidos pela Comunidade, que os viu nascer.
A vida de um poeta, se mais não valesse, resgata-se com estas estórias e outras.
Abençoados pais (e ADN) e respectivos valores, que proporcionaram a estes jovens um futuro alicerçado na sensibilidade, nas tradições, na criatividade.
É bom estar vivo para ver estes jovens ter sucesso. Parabéns Portugal, por estes filhos ditosos!
Luís Filipe Maçarico (texto e fotos)