Rosalia de Castro seria uma possibilidade, o maravilhoso livrinho de haikus de Bashô, entre outros autores japoneses, "As Cigarras vão Morrer", hipótese a considerar e Manuel Lopes ["Os Flagelados do Vento Leste"] mais um autor que considero importante na literatura caboverdiana, também mereceria destaque. E muitos mais. Mas não, a opção para finalizar a possível selecção, que me atrevi a divulgar centra-se num Poeta incontornável, contemporâneo, cantado por inúmeros artistas e fadistas, autor de mais de 600 poemas para canções. Lembro Beatriz da Conceição (Meu Corpo). Fernando Tordo (Cavalo à Solta) Carlos do Carmo (Os Putos) Paulo de Carvalho (Lisboa Menina e Moça) Simone de Oliveira (Desfolhada) Tonicha (Menina). Falo de José Carlos Ary dos Santos, nascido em Lisboa a 7 de Dezembro de 1937, que viveu quase toda a sua curta existência na Rua da Saudade. O livro fotos-grafias cuja capa aqui se mostra foi apreendido pela PIDE. Oriundo de família aristocrática, aderiu ao PCP em 1969, tendo imortalizado o 25 de Abril e as décadas que antecederam a revolução em "As Portas que Abril Abriu".
LFM (texto e fotografia)