"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

sexta-feira, outubro 31, 2008

Mensagens a propósito do lançamento de dois livros de poesia nos Combatentes


Quero partilhar com os meus leitores e amigos algumas mensagens recebidas a propósito do lançamento dos livros "Gardunha: Silêncios de Granito" e "Cadernos de Areia;" A primeira mensagem chegou da Ana, com fotografias e diz assim:

"Luís
Cadernos de Areia é talvez um dos mais bonitos dos teus livros.
Poemas já antigos que me parecem actuais, como só tu sabes sentir e transcrever.
Mas, como sabes, continuo a adorar a tua prosa, o teu texto de apresntação está fantástico. Já muitas vezes te disse, que muitos dos teus textos de aprestação de livros, deveriam ser editados.
Também o livro da nossa Paula, está de parabéns.
Envio algumas fotos tiradas ontem.
Um beijo cheio de amor
ANA"


Da Rita Cerqueira recebi no Hi5 esta mensagem:


"Ontem foi um dia muito especial! Recordo-me dos lançamentos quando era pequena, daquele dia que adormeci mesmo à frente da mesa na minha ingenuidade infantil embalada pela leitura dos poemas, pela serenidade transmitida por cada palavra, por cada tom de voz, por cada aplauso.
Agora crescida voltei de novo à sala onde reencontrei a serenidade que embala o espírito que mostra realmente o quanto importante estes momentos são! Instantes carregados de emoção, amizade, respeito e admiração. Admiração por alguém que sabe ver a vida por outro prisma, que dá importância às pequenas coisas, aos pequenos gestos, às pequenas palavras. Alguém que tem um coração enorme. Alguém que nos ensina a ser grandes. Admiro-o Luís Maçarico!
Obrigado pela participação no lançamento do seu mais recente livro =)
Um GRANDE beijinho
Rita Cerqueira
."

A Clara Amaro deixou esta mensagem:

"Amigo krido!
Parabéns pela noite de 29 de Outubro de 2008!!!!
O carinho,a cumplicidade,a partilha da tua poesia ...até numa lingua que não entendo mas adorei, os amigos que estiveram presentes,a poesia da Paula e um sorriso que me acompanhou até casa ... Mil beijos! A energia positiva ajudou-me ainda hoje."


E da Rosa Dias, chegou este mimo:



Luís Maçarico e Paula Silva


Dia de ansiedades

Serão a preceito

P’ra matar saudades

De amigos do peito.

Parabéns soando, mais velho ficando.

Dos aos a separa-los.

Apenas um passo, apenas um grito.

Um passo importante, um grito de atenção

Que uniu muita gente na mesma emoção

Soltaram-se os ventos, e o vento, ninguém trava

E tudo se resumiu ao dom da palavra

E no meio da magia, os poetas do som

Soltaram a alegria, mostrando seu dom

E as palavras distantes, vindas do deserto

No ouvir, diferentes, no sentir, tão perto

No momento entramos e nos saciamos

No olhar profundo, dos poetas do mundo.


Com um abraço da amiga certa Rosa Guerreiro Dias

29-10-2008 - 30-10-2008

Fotografia de Ana Fonseca

quinta-feira, outubro 30, 2008

Tertúlia Poética nos "Combatentes" com "Gardunha:silêncios de granito" e "Cadernos de Areia"






Ontem, nos "Combatentes" a sala esteve cheia, para assistir ao lançamento de dois livros. De Paula Cristina Lucas da Silva ouviram-se poemas pela própria e por Rosa Dias e Maria Eugénia Gomes. De Luís Filipe Maçarico, foram ditos poemas em árabe, por Tiago Bensetil e versos antigos do autor pelos actores Álvaro Pereira e Nádia Nogueira.
Actuou ainda um trio (Filipe, Sofia e Rita) da Casa do Concelho de Arcos de Valdevez, constituído por jovens que apresentaram em concertina algumas melodias do Minho.
Esteve presente o presidente da Junta de Freguesia dos Prazeres e vários dirigentes de colectividades de Lisboa, além da antropóloga Ana Machado, que apresentou os "Cadernos de Areia".
Os poetas e a colectividade estão de parabéns, por numa noite fria terem tido casa lotada.

segunda-feira, outubro 27, 2008

"Bateu Asas e Voou"


Acabado de chegar de Silves, onde participei, durante vários dias, no 6º Encontro de Arqueologia do Algarve, cuja temática este ano era "O Garb no al-Andalus: sínteses e perspectivas de estudo", tive a felicidade de devolver uma borboleta de jardim, - amarela, linda, que desde terça-feira à noite se aninhara na minha casa, - ao ar da praça onde vivo, há quase 56 anos.
Não sei como sobreviveu, desde terça a domingo, mas a verdade é que a libertei do escuro e da luz artificial e fiquei satisfeito de a ver bater asas e voar, rumo ao seu destino!
Como se fosse o "Meu Coração Ateu", para citar uma canção de Maria Betânia, que gosto muito de ouvir...
Luís Filipe Maçarico

domingo, outubro 19, 2008

Poesia Portuguesa nos 70 Anos da Escola da Tapada das Necessidades






Esmeralda Veloso trouxe a poesia de Fernanda de Castro, Luís Maçarico evocou Ary dos Santos, Nádia Nogueira incarnou Natália Correia e José Alberto Franco disse as palavras de José Gomes Ferreira. Os quatro ensaiaram na relva, antes do começo do espectáculo.
Aconteceu nesta tarde de domingo, dia 19 de Outubro, na Tapada das Necessidades, por ocasião dos 70 anos da Escola Fernanda de Castro, uma escola com 2 hectares de recreio, fundada pela avó da escritora Rita Ferro, que esteve presente e falou com carinho dessa avó, que conviveu com inúmeros poetas, com os quais teve amizades que duraram pela vida fora.
Houve música da época, a cargo de um coro e duas intervenções poéticas do grupo de quatro declamadores, juntos pela primeira vez, por iniciativa de Rosário Baptista, que seleccionou a poesia dita, numa iniciativa promovida pela Junta de freguesia dos Prazeres.
O presidente da Junta Magalhães Pereira e a secretária do Executivo Margarida Passinhas, bem como uma equipa eficiente de funcionárias da autarquia esforçaram-se para que o evento tivesse o nível e o brilho participado e aplaudido por cerca de duas centenas de pessoas, entre as quais havia antigos e actuais alunos, bem como professoras, tendo o festejo terminado com um simpático beberete.
Luís Filipe Maçarico (texto e fotos)

sábado, outubro 18, 2008

Mena Brito expõe no Cinema Londres e na Malaposta: Atmosferas do Corpo numa Arte com A Grande





No espaço de uma semana Mena Brito inaugurou duas exposições de desenho. A artista surge pujante nestes trabalhos que merecem uma visita atenta, fruindo Arte com A Grande.
Na galeria existente junto ao café do cinema Londres e na Malaposta, a criatividade desta pintora mostra-se com o requinte e a sensualidade deste traço que respira as "Atmosferas do Corpo".
E como escrevi há uns anos, a propósito da obra desta mulher arrebatadora, "A intranquilidade é talvez o traço mais vincado do seu carácter. Se assim não fosse, como poderia a resplandecente sensibilidade vir à tona, em cada tela?
Na pele da sua pintura, no traço dos seus desenhos, suor, veias, torsos, emoções, emergem sempre como um rio ou um raio, qual jacto vigoroso de uma irreprimível gestualidade, explosão de energia vibrante.
Através da cor, o corpo pulsa em formas de irrecusável envolvimento, que nos impelem à libertação de todas as barreiras. Saudosa de infinito, a memória espelha-se em alguns hinos de tinta.
São vagas de profundo ardor, os tons que se esbatem em contornos baléticos, ora doces, ora violentos, acentuando a primazia da terra (...) A partir do efémero e do vulgar, Mena Brito capta o sagrado e o fantástico. (...) Esplendorosa geografia da volúpia."
Luís Filipe Maçarico (texto e fotos, 2 de quadros de Mena e da própria na exposição da galeria do Cinema Londres).

quinta-feira, outubro 16, 2008

PORTUGAL-ALBÂNIA: O RESULTADO DE UMA GERAÇÃO DE JOGADORES ARROGANTES, CONVENCIDOS E FALHADOS


Distribuam pelos mais pobres, o dinheiro que os jogadores de futebol ganham. Os Cristianos não merecem!
Eu sabia que isto ia acontecer, não aprenderam nada com o Euro 2008. São arrogantes e convencidos. Falhados.

Não é preciso ser vidente. Bastava ouvir o delírio dos locutores da Antena Um: que a Albânia era fraca, que Portugal ia ficar em primeiro lugar, ao vencer o adversário. Ora toma! Esses senhores quando ampliam a parvoíce, o descalabro é certo.

Os Ronaldos (e quejandos) podiam fazer o favor de nos deixarem em paz.
Estamos fartos da invasão que fazem ao cérebro dos portugueses, fracos de espírito, que precisam de acreditar em qualquer coisa para contornar o sofrimento de uma vida estúpida.

Documentários, entrevistas, publicidade, vendendo um bem estar consumista, de casarões, piscinas e cifrões que não é o nosso quotidiano. Ganham num ano o que nunca conseguiremos numa vida.

A semana passada mais um português se suicidou, atirando-se da ponte 25 de Abril...

E o irritante do Ronaldo ri, ri, ri de todos nós. Nem na sua terra é capaz de ser cortês para o povo da ilha, que há semanas atrás tentou vê-lo...Ídolo de quê e de quem?

Tratem dos outros desportos.
O futebol português lembra a crise do capitalismo.
É totalitário, devasta tudo e está repleto de indivíduos que se pagam principescamente.
Não me falem de festa, a propósito desta gente. Dá-me vómitos.
LFM

quinta-feira, outubro 09, 2008

Prémio da UNESCO para Adalberto Alves


Soube ontem "em primeira mão" pelo José Prista, que leu on line. E foi com imensa satisfação que li no Público de hoje a notícia, assinada por Margarida Santos Lopes e que o amigo Tiago Bensetil me fez chegar por correio electrónico:


"UNESCO premeia o “coração árabe” do poeta e ensaísta português Adalberto Alves

Adalberto Alves consegue precisar o momento em que se apaixonou pela cultura árabe. Foi aos cinco anos, quando viu o filme Ladrão de Bagdad, “não a versão muda” mas a que foi realizada em 1940 por Ludwig Berger, Michael Powell e Tim Whelan. Ontem, a UNESCO recompensou esse amor, mas também a sua “busca interior”, que o levou a escrever “uns 30 e tal livros”, como afirmou ao PÚBLICO, por telefone.


Autor de "O Meu Coração é Árabe", provavelmente uma das suas obras mais conhecidas — “os leitores sentiram-se tocados como se tivessem reencontrado um parente perdido” — o poeta, ensaísta e tradutor português vai receber cerca de 22 mil euros, o valor do Prémio Sharjah para a Cultura Árabe, criado pela UNESCO em 1998.


A mesma quantia será atribuída ao académico egípcio Gabel Asfour, director da Fundação de Tradução Nacional no Cairo.A Asfour foi reconhecido o seu “importante papel na divulgação da cultura árabe pelo mundo” – é professor em universidades dos EUA, Europa e Médio Oriente.


No caso de Adalberto Alves, director do Centro de Estudos Luso-Árabe, em Silves, a UNESCO enalteceu-o por ter “inspirado muitos escritores portugueses e espanhóis [um deles o romancista Pedro Plasencia, autor de El Tiempo de los Cerezos] a divulgar a história da cultura árabe do Gharb al-Andalus”Hoje, o advogado que de dia trabalhava no gabinete jurídico de um banco e de noite “dormia pouco” para ir além do “romantismo e exotismo” do filme Ladrão de Bagdad, está a preparar um dicionário de palavras portuguesas com origem árabe (toponímia, antroponímia, léxico corrente e empréstimos semânticos), a publicar em 2009. Já havia um, de José Pedro Machado, mas o de Adalberto Alves tem mais elementos, “ainda que não pretenda ser exaustivo, porque todos os dias a língua portuguesa recebe contribuições árabes, como Al-Qaeda/A Base).


Assim, se já sabíamos que “oxalá” derivava de Insh’Allah (Deus queira), ficamos a saber também que os árabes nos deram a “bochecha” (mashash), o jorro (jara), o açaime (al-zimân), a febra (habra) ou o tamarindo (tamr al-hindi, tâmara do Índico). Como chegou ele aqui? “Consultando muitos dicionários e fontes árabes”, língua que aprendeu na Universidade Nova, nos anos 1980.


Para fazer a necessária pesquisa e escrever este dicionário, o arabista bateu às portas de “várias embaixadas e instituições culturais”. Nenhuma se abriu, lamenta, e agora parte do prémio será usado para pagar despesas como a compra da imprescindível Enciclopédia do Islão, “com 12 volumes e cada um a 150 contos”.


O Prémio Sharjah deve o seu nome e fundos a um emirado do Golfo Pérsico. Curiosamente, Sharjah é um dos raros territórios árabes que Adalberto Alves, de 69 anos, ainda não visitou. A sua atenção vira-se agora para o sufismo, o misticismo islâmico. “Se perguntarem se sou muçulmano digo que sim, mas também digo que sou hindu, porque acredito na unidade de todas as religiões.”


Aproveito para felicitar o notável ensaísta, poeta e sobretudo o excelente arabista, semeador de pontes entre povos! Aslama Dr. Adalberto! Mabrouk! Mabrouk!


LFM

segunda-feira, outubro 06, 2008

Universidade do Algarve: A Próxima Etapa



Esta é a minha nova Universidade.
Eis o Campus de Gambelas, em Faro, onde está situada a Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, da qual passei a ser aluno.
Sou dos que pensam que aprender é um tesouro, ao nosso alcance, enquanto pudermos respirar e reflectir sem constrangimentos.
Depois da licenciatura na Universidade Nova de Lisboa, em 1994, do mestrado no ISCTE, em 2005, a próxima etapa - porque não? - poderá ser o doutoramento.
Agradeço à Dra Sónia Tomé o apoio inexcedível e aos professores Santiago Macias e Luís Filipe Oliveira o estímulo, para me aventurar neste sonho tornado realidade.
LFM (fotos e texto)