(Imagem retirada do blogue Arrastão)
O Eça de Queirós faz muita falta!
Imagino o que ele escreveria, se vivesse dentro do contexto actual, quer do país, como da França, seu lugar de deleite dandy, tomado de assalto pelos Sarkozys da treta.
Os cronistas (e poetas) de agora estão "amochados" ao Poder.
Veja-se o Araújo das caretas (vá lá, faz mais um spot ao Meo, fiho, que tens de ganhar a vidinha!) ou o Alegrete do cravo murcho, desta vez a elogiar o Governo do Zé Carvalho, depois de o ter execrado.
Tope-se o Miguel Sousa Tavares, maldizente profissional, impiedoso a inquirir a maior parte dos que aceitam a encenação de "cair" nas suas garras afiadas, e a entrevista de ursinho de peluche, lambebotas, ao engenheiro domingueiro...
Relembre-se o hipercrítico Pulido Valente, que no tempo da AD comeu à mesa do Poder, qual manso cisne.
Atente-se no venenoso Medina Carreira, que andou anos e anos a mamar à pala do Estado a que isto chegou, tendo sido Ministro Sóarista e agora morde à força toda o dono.
Este senhor foi subsecretário de Estado do Orçamento entre 1975-1976, do VI Governo Provisório, dirigido por Pinheiro de Azevedo, Ministro das Finanças do I Governo Constitucional, conduzido por Mário Soares, entre 1976-1978, além de ter sido professor do Instituto Superior de Gestão (ISCTE) e do Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais e membro do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (informações recolhidas na sua Biografia consultável na Internet).
Uma perguntinha deprimente: Quantas reformas do Estado terá esta criatura?
O Eça de Queirós devia estar aqui, para desmascarar os farsolas pacóvios que nos indrominam, tratando-nos como se não soubéssemos distinguir um melão de uma cebola...
LFM