"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

sábado, dezembro 30, 2006

"Morábito" de Beliche



No concelho de Vila do Bispo existe esta jóia da arquitectura religiosa do sul, em risco de se esbarrondar no mar, porque a única medida tomada por quem está responsável pela salvaguarda dos monumentos militares (o presumível morábito/capela de Santa Catarina está dentro do forte de Beliche) foi impedir o acesso ao espaço.
É com mágoa que se assinala, numa altura em que se discutem quais são as maravilhas do Mundo e do País, o abandono deste monumento.
Fotografia gentilmente cedida por Maria João Ramos (Janica).

sábado, dezembro 23, 2006

Saudades de Quem Fui


Em Dezembro de 1999, por esta altura, estava a preparar a passagem do milénio, que foi vivida em Tozeur, entre a residência Rosa (Warda) e as visitas às casas do senhor Nouri Slah e dos Omrani, cujo filho Najib (o do turbante, em pé, à esquerda, ao lado do pai, com gorro, morreria atropelado um mês depois). Tenho saudades deles, do seu afecto, da bela Semia (sentada à direita, com um bébé), do meu amigo Salem (o último em pé à direita) que conhece Portugal e fala a nossa língua.
Tenho saudades de quem fui...
Foto: Jorge Cabral

terça-feira, dezembro 19, 2006

Lançamento do primeiro volume da obra "Colectividades de Lisboa"




Esta segunda-feira no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Lisboa decorreu perante mais de cem responsáveis das colectividades de Lisboa, a apresentação do livro "Colectividades de Lisboa Freguesia dos Prazeres" da autoria da Drª Maria João F.Rego, responsável do Gabinete de Apoio às Colectividades e de Luís Filipe Maçarico, antropólogo, funcionário do Departamento do Desporto da CML.
O evento foi presidido pelo presidente da autarquia, eng Carmona Rodrigues, que partilhou a mesa de honra com os autores e os senhores vereador do desporto Pedro Feist e presidente da Junta de freguesia dos Prazeres, engº Magalhães Pereira.
Mais notícias no site da CML:
http://www.cm-lisboa.pt/?id_item=13310&id_categoria=11
Fotos: recolhidas no site da CML

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Assembleia Geral da Aldraba


Recebi do senhor presidente da mesa da Assembleia Geral da Aldraba a seguinte informação que partilho:

Caros associados

A sessão da nossa Assembleia (...) cumpriu plenamente os objectivos previstos.

A seguir à ratificação da entrada do novo vogal para a Direcção, Leonel Costa, procedeu-se à análise e à votação do Plano de Actividades e do Orçamento para 2007, e à adopção do Regulamento Interno Geral da Associação, tendo sido tomadas em devida consideração as intervenções e algumas propostas de modificação apresentadas por diversos associados (José Chitas, Fernando Duarte, Mª Eugénia Gomes, Luís Jordão, José Prista, Mª Amélia Sobral, Luís Franco, Rogério Rodrigues, Pedro Alves e Jorge Rua Carvalho).


A AG aprovou os 10 pontos do Plano de Actividades, com a seguinte redacção final:


“1. Realizar entre dois e quatro encontros temáticos, em datas que se venham a revelar propícias, com instituições nossas parceiras (a título de exemplo, poderemos apontar para abordagens em torno do bacalhau e do Museu Marítimo de Ílhavo, do xisto e da cereja com o associativismo das Beiras, ou da doçaria saloia no Oeste).

2. Dar continuidade a iniciativas já esboçadas, como os jantares/tertúlias nas casas regionais sedeadas em Lisboa.

3. Incentivar e concretizar debates acerca das questões do património imaterial e promover iniciativas concretas em torno da consagração de alguns objectos e saberes enquanto Património da Humanidade, com a eventual colaboração de algumas Universidades com especialização nas áreas das Ciências Sociais.

4. Prosseguir e aprofundar as parcerias iniciadas com diversas associações e autarquias.

5. Manter a ligação ao Arraial do 25 de Abril em Lisboa, à Festa dos Chocalhos em Alpedrinha (Setembro) e ao Festival do Chícharo em Alvaiázere (Outubro).

6. Participar no Festival Islâmico de Mértola (Maio).

7. Celebrar o 2º Aniversário da nossa Associação.

8. Desenvolver o blogue, o site “Aldraba digital” e os contactos com a comunicação social, potenciando a divulgação de iniciativas e pontos de vista.

9. Publicar o Boletim com periodicidade semestral e iniciar a edição dos Cadernos Temáticos.

10. Cooperar com iniciativas exteriores nos domínios da cidadania e da memória e na evocação ou comemoração de personalidades ligadas ao património”.


Aprovámos também o Orçamento 2007, com as seguintes rubricas:

PROVEITOS

Proveitos Correntes

Jóias

400 €

Quotas

3.900 €

Apoios/Patrocínios

500 €

Outros Proveitos

500 €

Total dos Proveitos

5.300 €

CUSTOS

Custos correntes

Material de escritório

400 €

Despesas de representação

200 €

Internet e comunicações

120 €

PLANO FINANCEIRO

Correio

300 €

Actividade Corrente

Deslocação e estadas

300 €

Proveitos Correntes

5.300 €

Boletins (2)

1.000 €

Custos Correntes

6.020 €

Cadernos temáticos (1)

3.000 €

Saldo

-720 €

Encontros/Jornadas/Exposições

500 €

Saldo

Outros (Imprevistos)

200 €

Inicial *(estimado)

1.000 €

Total dos Custos

6.020 €

Final

280 €

* Saldo transitado de 2006


Finalmente, discutimos e aprovámos com alterações o Regulamento Interno Geral, cujo texto modificado segue em anexo.

A Assembleia tomou conhecimento de que a edição do Boletim “ALDRABA” nº2 (Nov.2006) está prevista para sair até final de ano.

Cordiais saudações associativas, com votos de uma boa quadra festiva, passada em solidariedade com familiares e amigos.

José Alberto Franco

Presidente da Assembleia Geral

domingo, dezembro 17, 2006

Poema de José Filipe Rodrigues, com desenho intitulado "Meu Pai "de seu filho Jonathan Rodrigues


meu filho

quando chamares pelo meu nome

não o vais encontrar nas páginas mitológicas

que os poetas inventam e revelam.

de grandioso vais descobrir o meu amor por ti

o que nenhum deus, poema ou paisagem

consegue encarnar ou descrever

na sua plenitude.

JFR

Uma Rosa de Saúde para a Paula


Querida Amiga: Desejo-te dias melhores num futuro que não tarde. E que os teus melhores sonhos se realizem sem sobressaltos. Se há hipótese de sermos felizes neste mundo, tu mereces e já é tempo de saboreares aromas e sabores do paraíso. O melhor para ti, é o que te desejo, amiga que és para toda a vida. Bem Hajas por tudo o que és e fazes! Natal és tu a sorrir.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Luandino Vieira: A Sabedoria


Extractos de uma entrevista de Luandino Vieira a Alexandra Lucas Coelho, publicada no"Mil Folhas" suplemento de 15 de Dezembro de 2006 do "Público":
"Fui sempre escrevendo. Pelo menos fui sempre armazenando. Como fui vendo sempre a realidade em termos de literatura, o que é defeito meu, porque muitas vezes subestimo, outras vezes subestimo as pessoas, e os senntimentos das pessoas. É sempre uma alienação, uma fuga - protejo-me de que seja uma falta de respeito (...)
Autonomia, sim. Faz parte do meu carácter. Sempre tive que me virar sozinho. Acabei por ficar mais solitário do que gosto de ser...Não percebe pela conversa que não gosto de ser solitário? Acabo por conversar muito, mas depois retraio-me, meto-me na minha concha (...)
Não acredito em nenhum (regime). Um regime é uma coisa perfeitamente transitória. Os homens desenvolvem formas de se auto-governarem conforme as necessidades. São sempre circunstancialismos que determinam isso. Hoje, o mundo tem esse modelo, a democracia. E viu-se por exemplo o que deu tentarem impor a democracia no Iraque."

sábado, dezembro 09, 2006

AUSENTE


A esta hora em Alpedrinha, prepara-se a divulgação do último livro de Jorge Rua de Carvalho, que me comprometi a apresentar pelas 18 horas nos Antigos Paços do Concelho.
Escrevo de Lisboa, da casa onde habito, lamentando não poder estar presente, por motivos de saúde.
Logo à noite no Teatro Clube local sobe à cena a revista "Isto é Que Vai Uma Crise" representada pelo elenco do Grupo Dramático e Escolar "Os Combatentes" que viajou numa excursão que o meu estado de espírito me impediu de partilhar.
Alpedrinha e "Os Combatentes" não têm culpa nenhuma deste meu mal estar, tenho andado a tomar medicamentos para impedir que a ansiedade destrua o que se construiu ao longo de uma vida.
Estou doente, não sei até quando.
Só mais uma palavra: Peço que não me deem as Boas Festas, preferia estar morto a ter de assistir à pressão e prepotência quotidiana, ao constante esticar da corda sensível, no trabalho e nos relacionamentos ditos de amizade.
Deixei de conseguir aguentar.
Não sei quando volto.
Foto: 1988, doente com hepatite

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Cortelha, um Lugar para o Encontro










Conheci a Cortelha em Janeiro, dias antes de um manto branco cobrir a serra do Caldeirão e desde logo, pelo ar fresco mas sadio dos lugares secretos, resguardados das confusões do mundo dito civilizado, senti que ali seria um lugar bom para sonhar. Sonhei um encontro, para desvendar a vida de um povo que percorre os dias que passam entre Dezembros e Agostos.
Conheci-os agora. Primeiro eram dois nomes, a partir de uma conversa de um restaurante acolhedor, o "Solar dos Presuntos", onde a Sandra nos serve iguarias com sabores da tradição espalhando os seus quadros pelas paredes do recinto, e a vontade de compartir com mais amigos a beleza de um lugar assim, distante da confusão, protegido por árvores sobreviventes, abraçado por águas cristalinas da serra e ventos embaladores.
Desvendei a sabedoria dos idosos que mostraram como se vive, através de jovens luminosos que dançam o tempo dos avós para lhes darem saúde, alegria, satisfação, sorrisos - o melhor remédio- convivência.
Percebi que gente muito nova recolhe os tesouros que aprende e partilha.
Ficarei eternamente adorador daquele lugar onde vivi um dos dias mais maravilhosos da minha vida, entre pessoas simples mas imensamente importante porque faz da existência um lugar para o encontro.
Texto: LFM Fotos: Mário Rui Sousa.

terça-feira, novembro 28, 2006

A ALDRABA EM LOULÉ DIAS 1 E 2 DE DEZEMBRO







A Aldraba-Associação do Espaço e Património Popular enviou aos seus 116 associados e divulgou no seu blogue http://aaldraba.blogspot.com e no site www.aldraba.org.pt o programa do encontro de Outono que vai decorrer em Loulé.
Prometem uma jornada memorável no Barrocal:
"Vamos desta vez até terras algarvias, depois de a ALDRABA ter já visitado ou realizado actividades em localidades dos distritos de Beja, Évora, Castelo Branco, Leiria, Lisboa e Santarém.Convidamos os associados (e seus familiares e amigos) a participarem neste 7º Encontro, que vai ter lugar no concelho de Loulé, entre a sede do concelho e as freguesias de Querença e de Salir, com o seguinte programa:
Sexta-feira, 1 de Dezembro
12h :Recepção aos participantes na Casa do Povo de Querença
12.30h : Almoço de feijoada com carne de porco preto, oferecida pela Junta de Freguesia de Querença
14.30h : Percurso pedestre pelo barrocal, observando alfarrobeiras seculares, o bufo e a águia de Bonelli, o moinho ti Casinha, a Ribeira das Mercês, a Fonte Filipe, os Montes do Almarjão, a calçada da Amendoeira, e caminhos antigos.
16.30h : Convívio com a população, de novo na Casa do Povo de Querença, que incluirá intervenções de alguns notáveis locais, como a D. Filipa Faísca (artesã de bonecas e poetisa de raiz tradicional), a D. Albertina (poemas), o Sr. Tonico (cesteiro), a prima Alice e outras senhoras (a fazer uma empreita).
Deslocação até Loulé, com jantar livre e dormida em Loulé
Sábado, 2 de Dezembro
10h : Visita ao Museu de Arqueologia de Loulé, seguida de visita ao centro histórico da cidade e ao Núcleo de Frutos Secos, com apresentação da doçaria com frutos secos pela Drª Conceição Amador.
13h : Almoço na Casa dos Presuntos (localidade de Cortelha),cujo menu completo importará em 12€.
15h : Passeio pedestre até a um moinho típico, organizado pela Associação dos Amigos da Cortelha. 16h : Convívio com o Grupo Etnográfico da Serra do Caldeirão.
18h : Fim do Encontro
As deslocações dos participantes até Loulé, dentro do concelho e no regresso far-se-ão nos meios de transporte próprios dos associados e dos seus amigos. Quem deseje participar e não tenha meios próprios de deslocação, deve indicá-lo para que tentemos encontrar alguma boleia.As inscrições para a participação neste 7º Encontro devem ser-nos transmitidas pelos telefones 967187654(L.F.Maçarico), 963708481(J.A.Franco) ou 966474189(Margarida Alves), ou ainda através de mensagem electrónica para aldraba@gmail.com.
Saudações associativas.
Texto:JAF/LFM; Fotos:LFM

domingo, novembro 26, 2006

VIII Encontro de Poetas em Alpedrinha










No passado dia 18 de Novembro, realizou-se em Alpedrinha, no Salão Paroquial, o VIII Encontro de Poetas, iniciativa que criou um público fiel para quem a poesia é pretexto para convívio com a poesia do Mundo.
Já por ali passaram jovens poetas de Espanha, alguns prémios revelação da Associação Portuguesa de Escritores, poetas beirões, poetas de Lisboa, poetas do Alentejo... a maior parte com obra publicada e conceituada.
Desta vez, estrearam-se três poetas que têm divulgado os seus versos em periódicos e na Internet. Um destes dias, tenho a certeza, vamos lê-los em livro...
Paula Cristina Lucas da Silva, filha da terra conquistou os conterrâneos com o esplendor da arte que tão bem domina. O professor Jorge Souto e a actriz Nádia Nogueira, encantaram pelas palavras que partilharam: plenas de mundivivência e ternura pela vida.
O Padre Manuel Igreja, o provedor Dr. António Ribeiro (e sua esposa Dona Pilar), António Simões, poeta de Beringel lido pela ex-aluna São Baleizão, Luís Maçarico, o Engº José Alberto Franco com João Cabral de Melo Neto ("Morte e Vida Severina") e o Dr. João Mendes Rosa, director do Museu de Arqueologia do Fundão, que apresentou poemas de Núria Benito ("Creencias") foram os restantes intervenientes.
Esta iniciativa foi criada e é acarinhada há uma década por Francisco Miguel Barata Roxo, de quem partiu igualmente a ideia de editar uma revista de poesia "Petrínea", da qual foram publicados dois números.
Fotos de Mário Sousa

Novo Disco de Eduardo Ramos- Ao Vivo: "Um Sarau no Palácio do Jasmim"


Em Janeiro deste ano Eduardo Ramos actuou no CCB, e a Radiodifusão Portuguesa Antena 2 transmitiu em directo e felizmente gravou.
Essa gravação originou um disco que se recomenda. É a minha sugestão para uma prenda de natal diferente. Que muitos e bons discos como este surjam nos próximos anos de vida deste cantor, músico e ser humano de eleição e que um dia eu possa ainda assistir a um concerto seu no festival de Cartago.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Eduardo Ramos: Outro Concerto Memorável nos Jerónimos




Entre as largas dezenas dos admiradores de Eduardo Ramos, Karolina, Tiago e Baltazar, que acorreram numa noite de chuva e vento ao Museu de Arqueologia, comentava-se que o concerto tinha sido excelente.
No repertório a que o público se habituou, para lá da mestria atingida pelos executantes, a energia e a surpresa foram factores que marcaram decisivamente o belo evento.
Promovido pela Associação de Amizade Portugal-Egipto e apoiado pelo Museu de Arqueologia, que abriu um espaço magnífico concebido por Leite de Vasconcellos no soberbo edifício dos Jerónimos, este concerto provou que Eduardo Ramos atrai muita gente que o escuta com atenção e delícia.
No final de mais um dia de cansaço, saímos daquele momento mágico com um sorriso, o bastante para amanhã aguentarmos outro dia.
Obrigado, Eduardo!

quinta-feira, novembro 23, 2006

EDUARDO RAMOS NOS JERÓNIMOS ESTA NOITE


Eduardo Ramos actua esta noite, às 21 horas, no Museu de Arqueologia, em Lisboa (Jerónimos), com a Karolina e o Tiago, seus filhos. Quem os viu no início do ano no Centro Cultural de Belém tem agora a possibilidade de revisitar Almutamid e outros poetas do Al-Andalus, num contexto de melodias árabes, sefarditas e cristãs, que partilham a magia de um passado lendário.
Vão até lá vibrar com este outro lado da nossa cultura e conhecer ou rever um grande músico.
Foto: LFM (O estilo neo-árabe da Biblioteca Municipal de Faro e a envolvência do jardim de palmeiras)

terça-feira, novembro 21, 2006

Chafariz Monumental de D. João V: Um dos Postais de Alpedrinha e do Fundão






Felizmente que podemos ainda beber a quantidade de água que nos apetece sem pagar nada, nos chafarizes do país e respirar o ar serrano necessário para ganharmos asas e limparmos a alma dos atentados diários que as cidades grandes nos fazem, entre fumos, nevoeiros de poluição e milhares de escapes...
Aqui há natureza genuína: água pura brotando da pedra, jorros de música que anunciam o tempo de não haver sedes, na abastança do precioso líquido.
Uma paisagem sem pessoas não tem poesia.
Felizmente, que além dos monumentos que a singularizam, Alpedrinha tem um vasto punhado de gente que a estima, que contribui para a sua divulgação, sabendo receber bem, com rostos, saberes e o afecto de quem a sente como uma parte do seu ser, como uma pele, que prolonga o genes, a biografia, e se espelha na pedra, no património que os antigos nos legaram.
Nunca me cansarei de mostrar a beleza desta terra.
Para que ela seja procurada, desejada, visitada e dela se leve sempre a lembrança dessa hospitalidade, desse saber, dessa partilha que nos impele a voltar.
Dia 9 de Dezembro o Grupo Dramático e Escolar "os Combatentes", cujos corpos sociais do centenário integro, repetirá a excursão cujo pretexto foi uma representação do grupo cénico que nos anos 90 encantou a população de Alpedrinha, e desta vez volta renovado e com uma revista à portuguesa.
A minha forma de estar é esta: trazer mais e mais amigos à bela Sintra da Beira. Como aconteceu na Feira dos Chocalhos e nos 8 encontros de poesia realizados desde 1993.
Quantas pessoas se podem gabar de ter esta forma de gostar de um sítio?
Quem ama uma terra não tem outra forma de agir.
Amar é semear, construir, partilhar a luz.
Sempre ouvi dizer que as acções ficam com quem as pratica e a propósito de toda esta água que parece uma orquestra de trompetes irrompendo do granito apetece-me citar a minha sábia e magnífica avó que dizia "a água tudo lava, só não lava é a má língua"...
texto e fotos (em 19-11-2006) de LFM

segunda-feira, novembro 20, 2006

Apresentação do livro "Ar Serrano" - A Reportagem de Mário Sousa



No passado mês de Setembro realizou-se em Alpedrinha a Festa dos Chocalhos. No último dia do evento foi apresentado pelo vereador da Cultura da Câmara Municipal do Fundão, dr. Paulo Fernandes, o livro de minha autoria "Ar Serrano".
Um dos fotógrafos presentes foi Mário de Sousa e partilho connvosco dois momentos em que o olhar dele captou o que estava a suceder, que foi bastante intenso.
Em tempo reproduzi o que disse. Vejamos agora um sopro do que foi...

sábado, novembro 18, 2006

Tozeur


Por quanto tempo
os pés do peregrino
pisarão estas areias
onde o vento escreve
o grande poema
dos séculos?

Quem acordará
para o efémero sol
de um dia?

Tozeur, 30-12-2000
Luís Filipe Maçarico

segunda-feira, novembro 13, 2006

Biblioteca Municipal de Faro: Um Conto das Mil e Uma Noites


Entrada da Biblioteca Municipal de Faro: atravessa-se o belíssimo Jardim João de Deus e deparamo-nos com um magnífico edifício que o Blogger não permite agora mostrar melhor.
A arquitectura neo-árabe do antigo matadouro valoriza sobremaneira uma das mais bem organizadas bibliotecas do sul.
Conheço a de Portimão, a de Loulé, a de Silves, todas com pessoal simpático, mas esta está de facto bem apetrechada com uma panóplia de publicações (fundo local, arquitectura, ciências sociais) que pede meças a muita casa de saber que ilumina a alma das cidades que habitamos.
Parabéns ó povo de Faro! Aproveitem bem essa dádiva.
Texto e foto:LFM

domingo, novembro 12, 2006

Pedra Fingida


perto da janela entreaberta, por onde espreita o sol,
um sol devorador, os ângulos do corpo, do corpo
adormecido na tarde de cedros longínquos,
longínquos...

nos teus olhos vejo os meus
de pedra fingida...

1981

Luís Filipe Maçarico

(Foto de LFM:Parede exterior da igreja de Vila Nova de Erra, em Coruche)

segunda-feira, novembro 06, 2006

A Categoria da Marcha de Alcântara está na Capacidade de Trabalho e Criatividade da Comissão Técnica da SFAE



Na sede da Sociedade Filarmónica Alunos Esperança, cujo espaço está bem cuidado e organizado, a marcha do ano seguinte começa a ser preparada após as férias do Verão.
Ontem voltei a estar com aquelas pessoas, a quem reconheço, além da dedicação, bastante qualidade, pois há uma participação entusiástica, com pesquisa bibliográfica, relativamente aos temas que se propõem evocar, e surgem sempre sugestões, durante a elaboração do novo projecto, o que tenho comprovado ao longo destes anos de colaboração.
À medida que o tempo passa, eles são como o vinho do Porto. Por isso, a marcha de Alcântara tem-se destacado pela beleza da cenografia que imagina para encantar os lisboetas e maravilhar os alcantarenses. Parabéns a todos pelo bom desempenho que estão a ter e viva a marcha de Alcântara e a SFAE!
Texto e fotos de LFM