Tenho a sorte de a ter como amiga. É uma das mulheres mais ternas que conheço. Bonita, jovem, traquinas, tímida, discreta e leal.
A Vanda é tão maravilhosa colega de tarefas profissionais, quanto fraterna confidente de cumplicidades risonhas.
Conheço-a há década e meia, mas verdadeiramente somente a partir da viragem do milénio, circunstâncias laborais proporcionaram, que ficássemos, durante anos, nas mesmas salas, trabalhando em equipa.
É de um companheirismo notável, com uma serenidade e uma ponderação que pede meças.
Devo-lhe este blogue, pois é uma das madrinhas.
O primeiro telemóvel, a primeira máquina digital, o primeiro portátil, chegaram às minhas mãos com a sua intervenção.
Com ela escrevi um conto premiado pela "Alma Alentejana", tendo a inspiração sido colhida numa noite inesquecível de Verão em S. Cristóvão, Montemor-o-Novo.
Estivemos em Loulé e no Solar dos Javalis, na Cortelha, confraternizando com amigos.
Integrou a primeira equipa do Conselho Fiscal da Aldraba, associação da qual foi um dos 80 fundadores.
Socióloga, escreveu para a revista desta instituição sobre os Fofos de Belas, e antes, participou em equipas de recolha patrimonial em 3 freguesias de Loures e numa Jornada de Cultura Saloia, além de ter ajudado a inventariar aldrabas e batentes dos Olivais Velhos. Escreveu artigos sobre esses utensílios, preparou power point (com Leonel Costa) apresentado nas Jornadas Culturais da Freguesia dos Olivais.
Esteve comigo na apresentação da minha tese de mestrado.
E há dias fomos ao Coliseu saboerear o Projecto Amália.
É, sublinho, uma das pessoas que mais amo.
Tem estado sempre perto, até quando as lágrimas bailam nos meus olhos, pela tristeza que alguns seres, pelo seu comportamento desconcertante provocam na nossa alma.
Tem estado nos jantares dos aniversários, teclamos muito no msn...é uma pessoa presente.
Hoje é um dos dias mais decisivos da sua jovem existência.
Estou com ela, para sempre, acreditando que vai vencer, porque é uma pessoa cheia de força e de vontade de viver.
Uma manhã destas vamos voltar a rir do desconcerto do Mundo, mas até lá, todas as energias positivas do cosmos estão em redor da Vanda, através de uma forte roda de amigos, que pensa nela, com carinho, desejando-a feliz na sua caminhada futura e no coração dos melhores gestos e sentimentos, desta passagem tão cheia de obstáculos e de heroísmos.
Para mim, a Vanda é, neste momento o Herói que mais admiro, pela coragem e pela vontade de viver, demonstrados nos bons e nos instantes menos luminosos. Por isso, tomo a liberdade de lhe dar este beijo de amizade.
Retribuo a sua mensagem de há horas, reenviando aqueles "beijos de esperança". Com toda a esperança desta vida.
Luís Filipe Maçarico (texto)
Fotos de LFM e Mário Sousa.