Dispenso a gritaria dos anúncios, onde um ex-gato fedorento entra em histeria, insistindo em protagonizar propagandas, que tratam os consumidores como mentecaptos.
Dispenso os berros - repetidos até à náusea (nesses momentos desligo o transístor) de um ou mais golos do craque, admirado por todos, menos por mim, que detesto (este) futebol. E até há quem cante de pé o hino nacional, quando assiste ao campeonato mundial…
Basta do vómito (em intermináveis episódios, onde quem mais urra é quem faz opinião) que tem por alvo o desnorte do Sporting.
Basta do incumprimento da lei da publicidade, nas TVS, que continua a ser veiculada com insultuosos decibéis.
E eu, que nem papel higiénico deito na sanita, pasmo com a súbita avalanche de imagens, acerca da poluição dos oceanos, como se antes estivesse tudo bem…
Trabalhei meia vida na Higiene Urbana e desde jovem aprendi a reciclar, tentando não contribuir para a degradação do planeta, sentindo-me por isso alguém que vive fora da manada e recusa a estupidificação, com que o Capitalismo, através dos meios de comunicação social, mantém legiões de adeptos.
Os programas idiotas da televisão portuguesa, os alimentos processados que originam a obesidade entre os mais pobres, as notícias manipuladas, são apenas alguns dos exemplos de quão nociva é esta sociedade. Que rejeito.
LFM (Texto e Foto)
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