Uns anos depois de viver na margem sul, um automóvel estaciona à minha beira com um fulano que afirmava ser filho do sr. Pereira do café Alvarez onde eu tomava diariamente o meu pequeno almoço. Com conversa mole e tratando-me por tu, finalizava a abordagem propondo que eu aceitasse uma "oferta"... geralmente um relógio xpto (certamente roubado). Mostrei os pulsos e disse que não usava nem queria aquilo para nada.
Talvez passado um ano o mesmo indivíduo no mesmo quarteirão (perto de uma casa que vende frango assado) fez a mesma abordagem. Nova recusa.
Hoje (tenho boa memória visual) movimentando-se a pé, mudou a conversa, dizendo que tinha trabalhado como motorista na CML O rosto só me remete para o aldrabão.
Disse ser condutor de longo curso e tentou acompanhar-me ao longo da minha caminhada (vinha de uma churrasqueira que fica na mesma rua - Capitão Leitão- mas num outro extremo da artéria.)
Avancei e recusei o "presente" do costume que estaria no seu carro mais adiante.
Ao avançar apercebi-me que passou para o outro passeio, perseguindo-me desde aí.
Entrei preimeiro no Auchan e depois na mercearia de bairro.
Alertei alguns comerciantes para o indivíduo.
Ao longo das três abordagens, nunca vi qualquer polícia.
O calor (mas no Inverno a atitude é semelhante) não proporciona que nos sintamos protegidos pela autoridade.
Fica o aviso para as pessoas que vivam aqui e o repúdio pela desprotecção que sinto. Todos os meses na minha pensão aparecem os descontos para o IRS Continente que seguramente são canalizados para orçamentar a acção - que deveria ser preventiva e de proximidade - de uma polícia ausente...
LFM
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