Vi hoje a tristeza nos olhos de um velho amigo, com a sua máscara, no café onde trocámos algumas impressões, após meio ano de nos termos encontrado no mesmo local.
Os meses vão decorrendo e o cidadão comum, dependente da situação pandémica, sem vislumbrar - aparte uma imensidão de promessas e publicidades prematuras- o fim do pesadelo, que entristece quem tenta resistir, no trabalho, na vida familiar, no convívio associativo.
Espalham teorias de ser o contacto entre familiares que faz o vírus circular, contaminando sequencialmente ( onde estão os estudos fundamentados?)
Isentam as empresas de transportes (que reconfirmaram) como a Fertagus, que em 2019 retirou cadeiras, transportando mais de metade dos utentes em pé. e acontece algo do mais insultuoso aos cidadãos que está à vista: nas plataformas onde esperamos as composições sentamo-nos cadeira sim, cadeira não. Dentro das carruagens é tudo ao molho. E depois não há perigo de contaminação nos transportes?
vi hoje a tristeza nos olhos que a máscara deixava ver, de um velho cidadão que sabe que estes anos são de pesadelo, de medo, de negação da vida fraterna e saudável.
Até quando?
LFM (Foto e texto)
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