Nunca senti que a minha existência pudesse servir de exemplo para alguém. Falta-me sempre um pouco mais para conhecer - seja para o bem ou para inverso...
Face a tanta malfeitoria, traição e inveja de que fui alvo, - desde a publicação de uma investigação de minha autoria, sem o meu nome, até à perseguição laboral, tudo foi tentado para me enfraquecer. Por isso dou a cara, não como vítima mas como Vencedor!
Ao afastar-me dos antros do mal e de criaturas (serão humanas?) letais, ganhei outra qualidade de vida.
Não parei de escrever artigos científicos, nem interrompi a participação, através de comunicações, em colóquios reflectindo acerca do património, do imaginário popular, das tradições, da memória oral. Tenho percorrido parte deste país cumprindo esse devir.
Não deixei de escrever livros - de conto e poesia - e de participar em antologias literárias. E estou grato a quem me desafiou, confiando nas minhas capacidades intelectuais. Todavia, não sinto que sei tudo. Constrange-me aliás, constatar que a maior parte dos arrogantes são geralmente ignorantes. Felizmente não sofro dessa anomalia...
A vida põe-nos também à prova, trazendo-nos certas pessoas em quem julgamos poder confiar, mas as supostas amizades robustas, descartam-nos ao mínimo incómodo para as suas ambições e caprichos, pois recusamos ser aplauso e capacho.
Os que duvidaram da qualidade do meu trabalho, dos gestos genuínos e amistosos, caíram em armadilhas e andam por aí com peso na consciência... Por isso bem podem assistir àquilo que sei fazer melhor - o rigor, a partilha do saber e a fraternidade, que resgatam a Luz das trevas, para onde alguns pretenderam empurrar-me, obedecendo sabe-se lá a que tenebrosos desígnios…
Antes de saírem deste mundo deveriam pedir-me - ou aos deuses em que acreditam - perdão pelo absurdo das suas posturas.
Longa vida aos inimigos para assistir às minhas alegrias e trabalhos bem sucedidos!
Estou certo que o Cosmos lhes retribuirá na medida justa os frutos da sementeira que obraram.
Luís Filipe Maçarico
1 comentário:
Não tenho dúvida de que o universo lhes retribuirá como merecem. A lei do retorno não falha nunca.
Abraço
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