Há uns anos atrás, indivíduos muito cinzentos, dignos da PIDE do KGB, da STASI ou da CIA, que não gostam que eu me relacione com alguns amigos, engendraram um plano, para transmitir publicamente uma má imagem da minha pessoa.
Neste mundo onde vivemos, há um grupo de sacanas, que impressiona pela capacidade de fazer mal aos outros, usando técnicas do piorio, aprendidas certamente no chafurdo dos seus complexos de inferioridade por resolver, no mau íntimo e azedume de um trajecto torto, em que só aprenderam a lixar os outros, julgando-se donos da verdade.
Decorria o Verão e eu estava no sul.
Abordado por um velho dirigente duma associação de alentejanos na diáspora, fui "relembrado", para não me esquecer de uma determinada data, em Setembro, que era suposto já estar combinada entre mim e o presidente dessa associação, julgando ele que eu tinha - supostamente - dado a palavra, para ir dizer poemas de minha autoria, nessa sessão...constando mesmo o meu nome de cartazes, impressos ou a imprimir.
Fiquei estarrecido, pois na verdade nunca fora contactado por ninguém e no dia "aprazado", já tinha compromissos, esses sim devidamente tratados e assumidos, como acontece entre gente de bem.
Deslindado o caso, que jamais se poderia considerar de equívoco ou mal entendido, o presidente nem sequer se dignou falar comigo, para pedir desculpa.
Afinal ele sabia muito bem que tinha aceite fazer trabalho sujo, deixando-se manipular por uma eminência parda, que pretendia passar a ideia que eu teria uma qualquer mania de superioridade, desprezando as pessoas humildes, que em vão esperariam por uma intervenção poética, anos depois de lhes ter falado sobre o contrabando na raia transtagana.
Atenção: esta estória nada tem a ver com algo que se passou anos depois, que tem semelhanças, porém não se compara com a maldade que este caso continha, sendo apenas resultado de um mal entendido, que eu não criei, tendo sido esclarecido e apresentadas desculpas...
Assim se inventam as cabalas, segundo os manuais rebuscados de camafeus ardilosos.
Assim se desmontam as armadilhas dos filhos da pauta.
Para bom entendedor meia palavra basta...
Luís Filipe Maçarico