Apetece falar com ele. Em português. Porque Faissal Lazaar sabe falar e escrever bem a nossa língua. Conheci-o em Mértola. Temos teclado no msn. E através dessa teclagem, sei que está de hoje até domingo em Beja e que entre os dias 9 e 12 irá a Sintra, a mais um dos muitos festivais medievais, que de repente se multiplicaram no nosso país, como cogumelos. Mas nenhum é como o de Mértola. Ao princípio em Cacela Velha, as Noites da Moura Encantada tiveram uma magia semelhante. Depois, tornaram-se num produto para turistas, como todos os outros porventura serão. Pergunto apenas se em alguns destes eventos, que de norte a sul de repente irromperam, se há possibilidade de conhecermos o Outro, para além do nome que escreve em árabe... Hoje tivemos uma saudável conversa sobre Deus. Disse-lhe que não acredito. Ele acredita. Vão até Sintra, conheçam-no! É um puto muito porreiro. Culto. Afectuoso.Daqui a uns dias vai até Marrocos, sua pátria, ver a mãe, a família, amigos. Diz que teve uma infância feliz: nota-se isso no sorriso e no olhar, que não é nem ansioso nem crispado. Quinze dias estará na sua terra, onde se abastecerá de materiais, para continuar o seu desempenho de calígrafo. Quer escrever um livro.Quando regressar, voltará para Águeda, onde vive.É uma maravilha ouvi-lo dizer que temos obrigação de lutar para que todos vivam em paz e com condições. Que quem não faz isso está a desperdiçar a exist~encia em coisas fúteis. Concordo, amigo Faissal. Meu profeta! Beslama!
Almoço de Natal na coletividade "Os Combatentes"
Há 1 semana
2 comentários:
Ó Luís, o calígrafo (será?) (des)multiplicou-se?
Abraço.
Vamos a Sintra? Anda daí!
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