Os CTT após a privatização, passaram a "desfuncionar", aliás como tudo neste País.
Conta-se em duas linhas o que me levou a escrever a introdução desta notícia.
No dia 6 de Dezembro, como previa ausentar-me, fui à estação de Almada- Praça fazer a retenção da minha correspondência por um mês.
Após uma estadia de 15 dias no Baixo Alentejo, constatei que além da abundante publicidade (há empresas das quais chego a receber de uma só vez três folhetos iguais) tinha correio na minha caixa, situada no prédio onde resido.
Fui à estação onde subscrevi (e PAGUEI mais de sete euros) a retenção das missivas que me são enviadas.
Não constava qualquer carta.
Digam lá que nome dar a isto?
LFM
"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"
terça-feira, dezembro 20, 2016
Um Conselho para o senhor Primeiro Ministro acabar com o desemprego jovem
Há dias, António Costa apareceu na Televisão, lamentando - junto da JS - o facto de existirem cem mil jovens portugueses no desemprego.
Dou-lhe um conselho de borla.
Tire do Estado camafeus, como a bafienta dona Teodora, e meta no lugar dessas chefias exauridas, sem criatividade, nem nada para dar, além de uma lengalenga insuportável de pseudo - sábios, a juventude que pode fazer a diferença, alicerçando um futuro melhor para todos.
Sem acção consequente, apenas fala para o boneco. Farta de discursatas está a populaça.
Haja coragem de mandar para as termas as sinistras criaturas, que já morreram há muito tempo e não tiveram uma alma misericordiosa que as informasse...é que não f... nem saiem de cima!!!
Luís Filipe Maçarico
sexta-feira, dezembro 02, 2016
A Menorização do Património chegou ao Tua
A menorização das questões identitárias, que definem uma região, um Povo, um País e do seu Património está imparável.
O Pirosismo que invadiu Portugal carece da frontalidade, espírito crítico e sarcasmo de um Eça, um Camilo, um Ortigão, um Aquilino, um Saramago, pois não vislumbro autores literários com características para enfrentar interesses instalados. Até o José Luís Peixoto, que chegou a dar aulas, uma vez na Televisão disse que tinha uma família para sustentar e era por isso que agora escrevia... (quantos empresários do novo filão turístico leram esses e outros autores indispensáveis à formação cultural de quem anseia dirigir empreendimentos e projectos que promovam o que é genuíno em Portugal?)
A Americanização do centro das cidades, transmutando em cenários Hollywoodescos espaços históricos, chegou a Trás - os - Montes.
Lemos na página 20 do "Público" de hoje que "O comboio turístico que o grupo Douro Azul pretende pôr a circular na linha do Tua suscitou uma onda de indignação nas redes sociais porque a locomotiva, de desenho tipicamente americano, parece saída da Disneylândia".
E acrescenta a notícia: "O Tua Express, inspirado nos comboios do Tio Sam, vai circular a partir da próxima Primavera ent5re Mirandela e Brunheda, nos 33 quilómetros de via estreita que sobreviveram à barragem."
Dizem os entendidos que "Uma locomotiva americana nada tem a ver com a cultura ferroviária europeia e portuguesa".
Em suma, será bom haver um comboio por aquelas bandas, mas não vale tudo!
Ler a informação completa aqui:
Luís Filipe Maçarico (texto) Imagem do jornal "Público"
quinta-feira, dezembro 01, 2016
A Metamorfose do Palácio do Barão de Quintela e o "Esquecimento" do Espírito do Lugar, da História das Invasões Francesas
Já que hoje voltamos a ter o feriado da independência nacional, que poderemos dizer da transformação do Palácio do Barão de Quintela, em catedral da restauração, chamando-se agora "Palácio do Chiado", sem qualquer alusão na frontaria acerca da primeira invasão francesa (1807-1808), pois foi ali que Junot se instalou e "ficou a ver navios", "comendo à grande e à francesa"...
Todos os presidentes da Câmara Municipal de Lisboa, de esquerda e de direita foram omissos em relação à História da cidade e do País, que passou por ali.
Leiam Rui Cardoso e Teresa Caillaux de Almeida, é uma recomendação que faço àqueles que se contentam em lamber os sapatos dos autarcas, por serem de um partido, pondo likes como carimbos...
A humildade desapareceu e certas pessoas transformaram-se em autómatos do aplauso, sem espírito crítico.
Com Cesário Verde sucede algo semelhante. As marchas de Lisboa falam das varinas de Cesário, mas muitos dos vereadores nunca leram o Poeta.
País de Ignorantes que festejam a transformação do Palácio em sete áreas de restauração, inclusivé o sushi. Agrada-me que um edifício de valor histórico saia do esquecimento e seja requalificado, mas neste caso não se lembraram de colocar um daqueles marcos, que evocam a história, o espírito do lugar.
A Memória e a História da cidade são desprezados todos os dias e estou-me nas tintas para quem não me considera cool. Aos que ficam agoniados com a minha prosa aconselho experimentarem levando onde levam as galinhas...
Luís Filipe Maçarico
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