"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

quarta-feira, setembro 24, 2025

UM ABRAÇO PARA PEDRO SALVADO


 Conheço o Pedro há muitos anos, era ele ainda bastante jovem. Mas já criativo, já fazedor. 

Primeiro estivemos juntos, graças ao Francisco Roxo, na coordenação da revista "Petrínea". Comecei a ter consideração pelo seu espírito construtivo e inovador.

Convidámos um grande naipe de poetas portugueses - e espanhóis (ele sempre conviveu com criadores ibéricos). Depois veio a "Antologia do Vento", inserida num Festival havido em Castelo Novo. Participei com um poema escrito na Tunísia. E ele de novo ao leme.

Seguiram-se inúmeras colectàneas de Poesia; Entretanto o divulgador de cultura, assumiu a direcção do Museu Municipal do Fundão e tornou a revista num espaço também de etnografia, alargando-a a outros olhares das ciências sociais. 

Organizou um Congresso onde participei - entre diversas iniciativas que acompanhei à distância - e no qual apresentei uma Comunicação sobre Alpedrinha e os seus Museus Associativos, posteriormente publicado na revista do Museu. Um outro artigo tratou do "Imaginário em Torno das Invasões Napoleónicas" nessa freguesia do concelho do Fundão, outrora município também.

Chegou finalmente o convite para mostrar a correspondência de Eugénio de Andrade, na "Casa da Poesia", em Póvoa da Atalaia. 

E o Pedro sempre irrepreensível, produzindo trabalho para a Comunidade, algum invisível como a reedição da "Monografia de Alpedrinha" ou recentemente dos "Ilustres Alpetrinienses", de António Salvado Mota, e ainda a coordenação da colecção "Madeiros" em Penamacor, juntando outra vez poetas.
Fundamental é destacar a sua colaboração intensa nas Jornadas Médicas da Beira Inteiror, ao lado do Professor Doutor António Lourenço Marques, situações onde o esforço positivo, em prol da região e a convivência com cientistas sociais e escritores é manifesta, para não falar das meritórias participações nos Cadernos dos Amigos do Museu Tavares Proença Júnior. 

O Homem sabe da Poda, despertando a inveja dos medíocres.

A sua envolvência nos projectos é para mim digna de referência. Não há quem se lhe compare na Beira que me adoptou no final dos anos 70 em Alpedrinha.

Talvez seja excessivo na forma como defende o seu trabalho e os resultados obtidos. Todavia, pela sua lealdade merece o meu aplauso.

BEM HAJAS, PEDRO MIGUEL SALVADO!

Alpedrinha, Setembro de 2025

Luís Filipe Maçarico (texto)

Fotografias: 1- no lançamento do meu livro "Aquela Pequena Sabedoria de Estrelas Repartidas", em Morille - Salamanca - que Pedro Salvado teve a gentileza de  apresentar.
2-Lançamento em Póvoa de Atalaia, com o Presidente da CMF Paulo Fernandes, da Antologia "O Sol É Secreto". Com o poeta Carlos Abreu, coordenador daquela publicação, com o Pedro e comigo.

segunda-feira, setembro 08, 2025

A FALTA DE SENSIBILIZAÇÃO SANITÁRIA EM ALMADA

 Fui técnico sanitário no Município de Lisboa e estive envolvido em várias campanhas de Sensibilização Sanitária.

Em Almada, nunca vi da parte do Município qualquer preocupação nesse sentido.

Os dejectos caninos proliferam pelos passeios de Almada velha, que é a realidade que conheço melhor. 

A atitude de muitos dos habitantes, que não apanham o cócó dos seus animais de estimação é uma postura que atravessa mandatos autárquicos, em que as preocupações de higiene pública não parecem ser prioritárias.

Não gosto de viver aqui!

LFM

NOS BASTIDORES DAS RUAS DE PAPEL DO REDONDO

 

Segundo um amigo, no Redondo, durante a montagem das ruas de papel, os proprietários da restauração local, que tanto beneficiam com o evento, realizado graças à entrega dos habitantes, que trabalham ao longo dos meses, torcem o nariz perante a possibilidade de oferecerem água a essas pessoas... Se for verdade, estamos na presença de uma atitude para a qual não tenho adjectivos para qualificar.

Texto e foto de LFM

NOS CRUZAMENTOS DA CIDADE

 Nos cruzamentos da cidade de Almada (falo de Almada velha, perto da Academia Almadense) os automóveis não avisam os peões, accionando os piscas. Como se os peões não existissem.

Nos passeios há pneus de carros (mal estacionados como é óbvio).

Viver em Almada, para mim, é estar exilado, pela falta de respeito da maioria dos condutores.

LFM

DESCONHECEM A PALAVRA OBRIGADO

 Transeuntes nos passeios de Almada (portugueses e estrangeiros) não conhecem a palavra obrigado (ou merci/ thank you) com exepção de algumas pessoas africanas...

LFM

sábado, setembro 06, 2025

EMPRESAS DE AVENTURA NA NATUREZA INDEMINIZADAS POR CAUSA DOS INCÊNDIOS

 


Não entendo a decisão de uma autarquia, e a concordância governamental, de indemnizarem duas dezenas de empresas que exploram o turismo de aventura, utilizando a Natureza, porque o território da sua actuação ardeu e não têm consumidores.

Exige-se de velhos proprietários que segundo consta recebem pensões miseráveis, que limpem ou mandem limpar as propriedades que lhes pertencem, as ervas que crescem à volta das habitações, mas a estas empresas, pergunto eu, exige-se que cuidem do território sobre o qual desenvolvem actividades?

Dá que pensar! Será que os empresários deste tipo de actividades têm ligações aos poderes instituídos, para terem direito a apoios estatais que ainda não chegaram a vítimas civis e industriais de incêndios passados?

E os emigrantes, que votaram no partido do governo e cujas casas arderam? 

A solução, pelo que li, é: tivessem posto as casas no seguro!

Que raio de país é este e que governantes são estes?

LFM

HOTEL DE UNHAIS: UMA BOA ATITUDE

 Durante os terríveis incêndios de Agosto, que se espalharam desde o concelho de Arganil até a Castelo Branco, houve alguns dias em que as chamas atacaram Unhais da Serra.

Louve-se a atitude da gerência do Hotel local que facultou alojamento aos bombeiros. Uma decisão com escala humana.

LFM