Hoje no "Público", página 36, notícia a 4 colunas: "Deputado do PS critica "falta de coragem" na Segurança Social"
"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"
quarta-feira, maio 31, 2006
Segurança Social
Hoje no "Público", página 36, notícia a 4 colunas: "Deputado do PS critica "falta de coragem" na Segurança Social"
segunda-feira, maio 29, 2006
Alves: Uma Imagem
Alves é um lugar da freguesia de Santana de Cambas. Passei por lá na semana passada, durante um curto período de fuga à rotina citadina. E partilho esta imagem, que não precisa de muitas palavras, neste primeiro dia da incursão do presidente da República ao país real, na luta contra a exclusão, em terras de gritante interioridade, um pouco mais acima em Montes Altos (lugar da mesma freguesia) e Mina de São Domingos, também no concelho de Mértola, perto da raia.
domingo, maio 28, 2006
Eduardo Paniagua e Três Culturas
Eduardo Paniagua apresentou cada intervenção do grupo, nomeadamente Ki Eshmerá Shabat, interpretada por um artista judeu que cantou em hebraico.
A sonoridade do alaúde, da flauta, do saltério, da darbuga, do pandeiro, das campaínhas, da cítara, das palmas, mais as vozes de um marroquino e de um andaluz, a solo e de todos em coro, transportou os espectadores para lugares do imaginário e da pura delícia, que a fruição da música com cambiantes orientais a tais divagações desafia.
Paniagua dedica-se há dez anos à recolha dos tesouros musicais que chegaram até nós através da oralidade. Este projecto tem três discos editados. O CD referente ao espectáculo que em Mértola assinalou o lançamento do 4º Festival Islâmico, que acontecerá no próximo ano em Maio, em data ainda por anunciar, integra uma voz feminina (Aurora Moreno) e mantém a beleza que ao vivo é uma maravilha.
Eduardo Paniagua nasceu em Madrid en 1952, é arquitecto e especialista em música da Espanha medieval. Aos 16 anos gravou os seus primeiros quatro discos o grupo Atrium Musicae, trabalhando nesse projecto entre 1966 e 1983, realizando concertos na Europa e América. A discografia produzida desde então, bem como a fundação de vários grupos, proporcionaram o reconhecimento internacional, pela qualidade e rigor do seu trabalho. Tem participado em festivais do mundo árabe, no Egipto, Líbano, Tunísia.
Para mais informações consultem:
http://www.ctv.es/USERS/pneuma/grupo.htm
Recomendo este disco e este espectáculo. estejam atentos!
(texto e fotos de LFM)
sexta-feira, maio 19, 2006
O Vómito do Futebol
Nesta pesquisa quis confirmar o que já sabia há alguns anos, fruto da leitura atenta dos jornais, para mostrar aos que me lêem algo que me envergonha como português e cidadão do Mundo. Há poucos minutos descobri que jornais ingleses e franceses também falaram disso e não resisto a partilhar excertos de um texto, extraído de um blogue, que me chamou a atenção precisamente por causa da abordagem deste assunto:
"Portugal é o galo de Barcelos, já sabemos. É Fátima, no ar em simultâneo em quantos canais houver. Também é o Campo Pequeno, remodelado e mostrado às massas, de Norte a Sul, na certeza de que a tourada é tão portuguesa como se pretende que o fado seja. Portugal é o país que ouve e vê, em directos na abertura dos noticiários, um cidadão peçonhento a anunciar vinte e três cavalheiros que vão à Alemanha jogar à bola, com apelos ao patriotismo feitos em grande solenidade, como se na presumível selecção nacional de futebol residisse o segredo da retoma, emocional ou económica.
Luís Felipe Scolari é, para mim, um zero. Desde a primeira hora.(...)Nunca poderia ter consideração por um sujeito que, publicamente, apontou Augusto Pinochet como modelo.
Scolari é um seleccionador de olhos fechados aos critérios técnicos e à valia desportiva. Seleccionou em tempos, como ele gostará de dizer, uma espécie de família ou grupo de amigos, convocados sempre, haja o que houver, joguem ou não joguem nos clubes que representam, estejam ou não em forma. São aqueles quem segue viagem, ele é que sabe, quem não vai fica de fora e a palavra injustiça nada lhe diz. Seguisse ele o exemplo de Pinochet e todos os que o criticam desapareceriam, como talvez desaparecessem os jogadores que as massas ignaras gostariam de ver convocados. Seria mais fácil, (...) poríamos a bandeira nas janelas e pediríamos autógrafos ao treinador de todos nós. De todos, sem excepção, porque tem tempo, nos intervalos de aprontar os craques, para doutrinar o furor patriótico nestas terras onde, suporá, tal coisa nunca antes existira.
Scolari é vaidoso e bem pago. É pedante e cultiva a pose de estado como se fosse mais do que um treinador de futebol. Evidentemente que lhe perguntaram por Ricardo Quaresma, mas, como Portugal é um país onde não faltam brandos jornalistas, todos acham normal que se recuse a responder, argumentando só falar dos atletas que convocou.
(...) Scolari é menos do que julga, mas veio parar a um país onde o fazem assim julgar. Triste espectáculo, este, mas bem inserido na onda de optimismo que o marketing tem vindo a injectar na turba, de tal forma que deve haver uma cada vez maior quantidade de portugueses e portuguesas convencidos de que Portugal é o favorito no Campeonato do Mundo. (...)Foi neste país de pastorinhos que a medíocre equipa da Grécia se sagrou campeã da Europa, não conseguindo, depois, qualificar-se para o Mundial da Alemanha.(...)
Fonte:http://fontedasvirtudes.blogspot.com
(foto de LFM)
segunda-feira, maio 15, 2006
Café Sidi Chabâane em Sidi Bou Saïd: O Esplendor do Silêncio Debruçado Sobre o Mar
A esplanada estava repleta de turistada e tunisinos em tarde de sol e lazer. Eram dezenas e a luz esbraseava.
Talvez os meus leitores ao saborearem a beleza deste lugar, através das imagens que consegui captar recriando um espaço íntimo, percebam porque também este Luís vive de contemplação, no êxtase da Luz!
Debruçado sobre o mar reencontrei no azul e na cal o esplendor do silêncio, que vos entrego. Não percam este verso também vosso agora...
(Fotos de LFM)
sexta-feira, maio 12, 2006
Raúl Brandão e Portugal
Esta manhã, em conversa com o poeta José do Carmo Francisco, de quem recebi um livro sobre a sua obra, baseado na tese de mestrado de Ruy Ventura ("José do Carmo Francisco Uma Aproximação"), recolhi dele uma frase de Raúl Brandão*, a propósito de António Nobre, que infelizmente permanece actual:
*in "Memórias" ed. renascença Portuguesa, 1919
(foto de Sónia Frade)
quarta-feira, maio 10, 2006
Lassaäd Maherdi, O Alfaiate de Houmt Souk/Lassaäd Maherdi, Le Tailleur de Houmt Souk
segunda-feira, maio 08, 2006
Tapada das Necessidades: Um Paraíso Abandonado-II
No próximo fim de semana presenteie a sua criança e a sua vontade de respirar numa paisagem repousante, dentro da cidade. Visite a Tapada das Necessidades. Está situada junto ao Palácio com o mesmo nome, onde funciona o Ministério dos Negócios Estrangeiros, perto do velho Hospital da CUF e do Quartel da Marinha que deu nome à Praça da Armada. Autocarros: 13, 27, 49, 60.
Traga também o seu sentido crítico, porque quem cala consente.
(fotos:LFM)
Tapada das Necessidades: Um Paraíso Abandonado
Os Ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Agricultura são duas das entidades que deveriam recuperar e promover a manutenção deste pulmão verde da cidade. Ao invés, deixaram-no ao abandono.
E se houvesse gente disposta a criar o GRUPO DOS AMIGOS DA TAPADA DAS NECESSIDADES?
(fotos LFM)
segunda-feira, maio 01, 2006
Aldraba é Sinónimo de Trabalho de Equipa e Nome de Site
Em 2005, no dia da Liberdade, nascia a Aldraba. Sonho ousado para quem não tinha sede, mas mesmo assim fizeram-se estatutos, debatidos ao longo de cinco meses de reflexão de uma Comissão Promotora que reunia em casa de dois futuros vice-presidentes da direcção eleita em Assembleia Geral fundadora, que aprovou os estatutos e o programa de actividades.
Decorreu um ano. O fôlego desta jovem associação está patente nos resultados: mais de 100 associados, parcerias com diversas autarquias, seis encontros (Montemor-o-Novo, Viana do Alentejo, Alqueva I - visita à barragem e interacção com populações das aldeias da Luz (Mourão) e da Estrela (Moura), Alqueva II - debate na Ordem dos Arquitectos sobre as aldeias da Água, com Isabel Guerra, Raúl Caixinha e Maria João George, Coruche e Aljustrel).
Mas não é tudo...Houve também 3 exposições: Aldrabas e Cataventos, Momentos de Rua nos Pátios de Lisboa, Centenário de Adeodato Barreto. Fizemos duas assembleias muito participadas, mantivemos um blogue que vai a caminho do ano e meio de existência, criámos dois e-mails, um no hotmail, outro no gmail, mas não parámos de sonhar. É por isso que desde há alguns meses decidimos realizar um filme sobre a vida e a obra de Mestre Jorge Rua de Carvalho, homem do associativismo, do teatro de amadores, da poesia popular, do fado operário e do reencontro com a memória dos pregões de Lisboa e das brincadeiras de infância dos anos 20-30.
Fizemos parte do júri do concurso de pintura sobre o contrabando em Santana de Cambas e fizemo-nos representar na apresentação do livro sobre o mesmo tema que foi realizada na nova sede da Junta de freguesia local, numa inesquecível jornada de memórias e fraternidade transfronteiriça. No pré-lançamento desta obra em Alpedrinha também estivemos presentes.
Na Aldraba não há um presidente iluminado, há uma equipa que interage, que produz todo este trabalho, o qual efectivamente é colectivo e o nosso prestígio advém desse compromisso de cada um com o todo que são os associados.
Temos uma postura que recusa a de certas agremiações cujo objectivo primordial é" ensinar o povo a respirar".
Por isso chegámos aqui: o nosso boletim é motivo de satisfação e aplauso, bem como o site que nos propusémos criar e agora é uma realidade.
A todos os que transformaram o sonho em realidade, do cidadão anónimo ao companheiro que se destacou na Sociedade pelo seu desempenho a bem do colectivo, é chegado o momento de demonstrar reconhecimento e orgulho, por termos semeado, justamente neste blogue, a inquietação que gerou um dos mais belos ideais realizados em vida.
Obrigado, companheiros de sonhos!