"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"
quarta-feira, agosto 31, 2005
Alpedrinha em Festa
Estão todos convidados a visitar Alpedrinha no terceiro fim de semana de Setembro (16,17 e 18) para vivenciarem uma festa única.
Precisamos todos do convívio, do petisco, do docinho, do sorriso,de alegria. De tambores e palavras fraternas para exorcizar um tempo que não é de veludo.
Vai ser o quarto ano consecutivo de uma iniciativa, que uniu como nunca a população, em torno da salvaguarda do seu património e da sua identidade.
Do folclore às exposições, dos concertos de música clássica na Capela do Leão à poesia, das tasquinhas à venda de produtos da terra, da animação das ruas que para lá dos cheiros e do colorido, contempla a passagem dos chocalheiros e do rebanho,esta iniciativa é imperdível.
Por isso com quinze dias de antecedência resolvi partilhar a notícia. É que a esta hora, alojamento provavelmente só se encontra fora da vila monumental. O que não deve obstar ao prazer de ir lá.
(Foto de Paula Cristina Lucas da Silva, onde se vê ao centro o actual presidente da direcção da Liga dos Amigos de Alpedrinha, professor Carlos Ventura e o grupo dos Zabumbas, que se estreou na última festa.)
terça-feira, agosto 30, 2005
A Alheira Moralista
Na terra das alheiras,a responsável pela educação, em nome da moral e dos bons costumes, decidiu retirar dois quadros de uma pintora, com nus, por ofenderem os olhos das crianças.
Segundo o jornal "Público" de hoje, página 49, suplemento Local, as telas têm enquanto carga erótica apenas uma romã mordida. Pudor excessivo ou extrema insensibilidade?
Se o/a leitor/a deste blogue conhece Eça de Queiroz e encontra várias similitudes entre a prosa daquele escritor e este tempo, se acha que a História está sempre a repetir-se, ao contrário do que se diz em certas esferas, perante este acontecimento,celebre a atitude com o óscar(alhinho) que os moralistas merecem.
A imagem que partilho foi-me enviada por F.D. e ocorre-me Gedeão, na "Fala do Homem Nascido": "e as forças da natureza/nunca ninguém as venceu".
É devido à prepotência e pesporrência dos fascistóides que a existência de todos os que acreditam na luz e no futuro só tem um sentido: a luta constante, contra a sombra.
Este é o meu contributo.
segunda-feira, agosto 29, 2005
Uma Mão Cheia de Notícias Breves
1-Já tenho a net a funcionar comme il faut em casa.
2-Durante duas semanas, a partir de amanhã, vou ser menos assíduo. Motivo: preparação da dissertação, que se aproxima a passos de gigante.
A vida é isto: saímos de túneis, vemos um rasgo de claridade e entramos num novo túnel...faz lembrar certas auto-estradas da Itália...
3-Vou à Festa do "Avante", que é já a seguir (dias 2,3e 4). Tenho saudades de dar um abraço ao João, ao Raimundo, ao José e rever a Paula, o Fernando, o JP,a Maria Alice, a Dina,a Emília, o Moreira...tantos amigos!!!
4-Também vou ver a Simone ao Coliseu, dia 8.
5-No fim de semana de 16, 17 e 18 de Setembro,em Alpedrinha,realiza-se mais uma Festa dos Chocalhos/Feira da Transumância. Quero ver se não falto!
De tudo isto conto informar-vos com os detalhes que leitores cinco estrelas merecem.
(fotografia de LFM-entrada do castelo de Monsanto)
sexta-feira, agosto 26, 2005
Lembrança de Agosto 2004
Decidi colocar mensalmente, a selecção do ou dos posts que me parecem melhores, de há um ano atrás. Começo este espaço da memória com um texto, que ao reler me pareceu mais interessante, relativamente a tudo o que postei aqui no "águas", em Agosto do ano passado:
MILITANTE SOLAR
Sou militante do sol. Adoro acampar, mas desde 2000 que não passo uma semana tão deliciosa, como aquela que a Guida e a mãe Clarinda me proporcionaram em Portimão...
Devia ser sempre Junho, Julho, Agosto...Grilos e cigarras, melros e jacarandás entrando nos textos, despertando-nos em cada alvorada.
Eu voto no sol. Sou apoiante do Verão.
Dormir de janela encostada na brisa, escutando o chafariz do largo onde moro a derramar acordes de água luarenta, é um privilégio.
Eu sou um dos adoradores da luz, do calor deste sol que me anima, e persigo, seja em Lisboa, em Havana, na Lajinha ou em Djerba.Ou ainda em Dubrovnik, Nacala, Arrifana, Tozeur, Alpedrinha ou Aegina.
Tomo duche frio, ando pela casa de peito ao léu, descalço. Visto tee-shirt para sair à rua e perco os olhos no mar.Dentro do qual o sol se enrosca, quando a noite chega para se espreguiçar na manhã seguinte.
Dispenso as sombras geladas de Outono, as chuvas de Dezembro, as friagens traiçoeiras de Novembro, a tristeza de uma paisagem invernosa, o gelo de certas manhãs do Porto, em Janeiro.
Apetece fugir, mudar de país, quando o sol não aparece.
Ontem estive na praia e garanto-vos que não me apetecia tornar à rotina. Desejei ser daquele lugar, pertencer ao jogo de luz que transformava todos os seres em aparições de cristal e ouro, fossem pessoas ou insectos, algas ou gaivotas...
Resta-me de consolo o saber que um dia voltarei lá, à essência marinha, ao ar refrescante do fim de tarde, à textura das dunas, ao corpo do silêncio, onde mergulham todos os passos, todos os sonhos, todos os cansaços.
Para ficar mais perto do sol.
7 e 15/8/2004
(fotografia de LFM-pôr do sol em Seixo, visto de Valongo do Côa, em Agosto de 2005)
quarta-feira, agosto 24, 2005
Uma Esplanada Muito Especial na "Nave de Pedra"*
No passado fim de semana, desfrutei da paisagem de Monsanto, percorrendo quelhas e calçadas, a caminho do castelo. Depois, na descida, a via foi outra: pelos penedos ajuntados, por veredas entre penedos de granito e visões de cortar a respiração, que nos põem mais perto do céu. Durante a subida, descansei corpo e alma num miradouro, onde descobri esta esplanada...
Sobre esta terra vale a pena consultar a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova em:
*Nave de Pedra é o nome de um livro de Fernando Namora, que em Monsanto exerceu durante anos a medicina, junto de uma população de camponeses e contrabandistas.
Lenda das Marafonas
Maria Ressurreição Rolão costuma oferecer aos apreciadores das suas marafonas (bonecas de trapos feitas à mão) uma lembrança singular - a lenda das marafonas.
Ligadas a Maia*, deusa da fecundidade dos pagãos, as marafonas não têm olhos. De cores garridas, o vestuário forra uma cruz de madeira, que os monsantinos supõem ter o poder de afastar as trovoadas...
*Na mitologia grega, MAIA, mãe do deus Hermes e a mais importante das "irmãs" (representadas pela constelação das Pléiades) deu origem ao nome deste mês. Maia, também chamada de MAIUS pelos romanos, era a deusa do calor vital, da sexualidade e do crescimento. Neste mês, em homenagem a deusa Maia (deusa do fogo que regia o calor vital e a sexualidade), era permitida uma certa liberdade sexual. Posteriormente, na igreja católica esta data foi dedicada à Maria, a rainha do céu e, em lugar dos rituais sexuais da fertilidade, declarou-se maio o mês dos casamentos. Recolhido em: www.usinadeletras.com.br
A Fazedora de Marafonas
Maria da Ressurreição Rolão tem oitenta anos e mora na Rua da Azinheira, em Monsanto. Criadora de Marafonas, esta senhora também canta e toca adufe. De uma e outra arte sei que é exímia. Em tempos, foi com o grupo das Adufeiras de Monsanto à Jugoslávia. Tinha um burrinho branco. Vendeu-o há meia dúzia de meses, na sequência da morte do marido. As palavras e o olhar são menos alegres. Mas é ainda uma velhota meiga e bonita...
(fotografia de LFM)
Terra da Poesia
Sede de Música
Esta noite há uma janela
Com estrelas frias e o mais antigo
Silêncio que as minhas veias
Conhecem. Já vi a Gardunha
A arder, amigos perdi
Na incessante errância
Pelos atalhos do Mundo e
Ainda hoje não sei se procuro
Um jardim de ilusões
Na tinta de lumes
Ou a breve
Respiração da vida numa
Vereda de ciprestes.
Esta noite, há um murmúrio
De seivas e vozes
No ventre da terra
Com sede de música.
Alpedrinha, Outubro de 2003
(fotografia de LFM-chafariz de D.João V)
terça-feira, agosto 23, 2005
Palácio do Picadeiro
Presidentes da República e Primeiros Ministros visitaram o espaço e prometeram mundos e fundos. No início dos anos 80 escrevi no jornal da Liga dos Amigos de Alpedrinha que aquele monumento estava entregue às galinhas, transformado em capoeira, num abandono e incúria gritantes.
Sábado passado, o espanto foi enorme ao ver esta imagem. Decorridos vários decénios, ei-lo repleto de andaimes, coroado por um guindaste, a caminho do futuro.
Esperemos que a recuperação seja harmoniosa e Alpedrinha e o concelho do Fundão ganhem um novo edifício, onde a tradição e a modernidade coexistam, sem reboliço e mágoas...
Termas do Cró-II
Termas do Cró-I
Sábado passado visitei as Termas do Cró, perto de Valongo do Côa. Contaram-me que por ali chegaram a estar 500 pessoas, entre utentes e pessoal do apoio terapêutico. Disse-me um informante que as freiras que asseguravam o funcionamento das Termas trataram do seu desmantelamento, na sequência do 25 de Abril, acometidas de súbitos receios, que nenhuma água medicinal cura. A minha avó costumava dizer que "a água tudo lava... só não lava é a má-língua..."
Ponte Sequeiros-II
Dentro da ponte de Sequeiros, a bela jóia de Valongo do Côa, que integrava as vias romanas, existe a antiga "portagem", segundo um habitante, que me relatou "Antigamente, de um lado era Espanha e do outro Portugal, e tinha de se pagar a portagem, porque aqui era a fronteira..."
Não pude confirmar o depoimento, mas mesmo que seja lenda, pensei que seria interessante ilustrar a imagem com estas palavras de um popular...
Para mais informações acerca das vias romanas, vale a pena visitar um trabalho de Pedro Soutinho:
Ponte Sequeiros
Sexta feira passada fui até à bela aldeia de Valongo do Coa e fiquei maravilhado com este monumento - a ponte Sequeiros, romana. Agradeço ao Mané, à Carla, à D. Mariana e ao sr. António os momentos agradáveis que me proporcionaram. Não podia deixar de partilhar com os meus leitores...
Para quem quiser saber mais acerca desta terra, sugiro que visite http://valongo.free.fr
quarta-feira, agosto 17, 2005
A Poesia das Pequenas Coisas
São pequenas cintilações quotidianas, livros, fotografias, desenhos, postais, velhos brinquedos. A memória respira neles. A infância e os amigos que já partiram perpetuam-se nestes objectos biográficos. A poesia pode nascer, subitamente, no simples acto de olhar para um destes fragmentos da existência.
terça-feira, agosto 16, 2005
Olá, Artur Bual!
Desde aquela tarde de domingo, em que o entrevistei na Rádio Horizonte da Amadora, que fiquei seu amigo. Estávamos então no Outono de 1987. Eu olhava para o seu rosto carregado, e de repente, o gelo quebrou-se e o Artur Bual disse a frase mágica "está um pôr-do-sol com um dourado que parece saído de um tela de Leonardo"...
As visitas ao atelier, a participação em exposições, a partilha de versos e telas, de textos e silêncios, começou nesse dia, numa profícua colaboração. Bual foi sempre ao lançamento dos meus livros. Mesmo quando nesse distante Verão de 1992, o "Mais Perto da Terra" foi oferecido ao povo de Alpedrinha. O Grande Artur esteve lá, apesar do calor e da sua dificuldade de respirar. Quis lá estar, foi assim sempre.
Julgo ter retribuído com a mesma dedicação: recordo que me meti num comboio para Leiria, numa noite tenebrosa de chuva, vento, lama, em Novembro. Com uma gripe, mas com a vontade de estar na Escola Superior de Educação, a vê-lo pintar com os jovens, a acompanhá-lo nesse momento tão importante para ele, em que a sua arte se derramava na pele do quadro e era como se renascesse dos cansaços e das traições a que todos os criadores estão sujeitos.
O coração falhou no início de Janeiro de 1999. Foi o tabaco, a respiração, o desregulado ritmo cardíaco, os falsos amigos que o adulavam e lhe sacavam energia, sangue, pintura...
Para trás ficava uma existência repleta de inquietude, a inquietude dos criadores que se sentem sós, não obstante estarem rodeados por vezes, de uma enorme corte. Mas acima de tudo, uma vida vivida à escala que ele desejou.
Recordo-me de ele ter esperado por um secretário de estado da cultura, durante a inauguração de trabalhos seus, numa galeria de Oeiras. Como Sua Excelência não aparecia, decidiu ir jantar. Durante a refeição, solícito, um responsável da galeria tentou demovê-lo, para ir ao beija-mão do governante atrasado, que finalmente chegara. "Agora é a minha hora sagrada de jantar. Ele que viesse mais cedo!" respondeu Bual, tornando à galeria depois de ter saboreado o alimento.
Na viragem do século um grupo de amigos decidiu perpetuar o seu nome, a sua obra. Por isso existe o Círculo Artístico e Cultural Artur Bual, dirigido por José Ruy. E neste dia 16 de Agosto, em que se fosse vivo, completaria 79 anos de vida, não posso deixar de lhe dizer: "Olá, Artur Bual!"
(fotografia de LFM)
sexta-feira, agosto 12, 2005
Uma Notícia Boa
O meu amigo José Rodrigues, que no passado fim de semana partiu para a Suíça, enviou-me ontem uma mensagem a dizer que estava em Veneza, maravilhado com aquele lugar do planeta. Também eu queria estar longe. Por isso, vou passar estes dias com a Ana, saborear momentos fora da rotina, a ver se a tristeza dos últimos posts acalma e um sorriso se acende no meu caminho.
quinta-feira, agosto 11, 2005
Inquérito
Que resposta daria à questão "Como baixar as estatísticas de um estudo da União Europeia, que revelam que Portugal somou cerca de metade dos incêndios do sul da Europa? (fotografia, publicada há dois dias no "Público") :
a) O ministro - que já foi da Justiça- diz que tudo se resolverá com mão mais pesada dos Tribunais.
b) O ministro, entrevistado na passada sexta-feira, disse que as estatísticas em seu poder provam que este ano ainda não ardeu tanto como em 2003.
c) Talvez fosse melhor haver um ministério dos Incêndios.
d) A culpa é do povo, que não sabe que
"Sem os ministros
O trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima.
Nem um pedaço de carvão sairia das minas
(...) Sem o ministro da Propaganda
Mais nenhuma mulher poderia ficar grávida.
(...) E atrever-se ia a nascer o sol
Sem a autorização do Führer?
Não é nada provável e se o fosse
Ele nasceria por certo fora do lugar.
(...) Sem o patrão
As paredes cairiam e as máquinas encher-se-iam de ferrugem.
Se algures fizessem um arado
Ele nunca chegaria ao campo sem
As palavras avisadas do industrial aos camponeses: quem,
De outro modo, poderia falar-lhes na existência de arados? E que
Seria da propriedade rural sem o proprietário rural?
Não há dúvida nenhuma que se semearia centeio onde já havia batatas.
(...) Se governar fosse fácil
Não havia necessidade de espíritos tão esclarecidos como o do Führer.
Se o operário soubesse usar a sua máquina
E se o camponês soubesse distinguir um campo de uma forma para tortas
Não haveria necessidade de patrões nem de proprietários.
E só porque toda a gente é tão estúpida
Que há necessidade de alguns tão inteligentes.
(...) Ou será que
Governar só é assim tão difícil porque a exploração e a mentira
São coisas que custam a aprender?
Bertolt Brecht (excertos do poema "Dificuldade de Governar)
terça-feira, agosto 09, 2005
A Cinza na Lapela, ou quando os políticos sem categoria decidem Falazar
Dizer tristeza é dizer quase nada da revolta e da mágoa destes dias.
Eles esgrimem com estatísticas e sacodem a cinza da lapela. Eles, os políticos sem categoria, que cada vez mais detesto. Na sua discursata autista, eles não sabem nem sonham que com este falazar mais se enterram, perante um povo enganado.
As palavras dizem nada ou quase, perante a desmedida tragédia destes dias. As florestas que não tinham ardido em anos anteriores acabam de ser devoradas por fogos monstruosos que consumiram num ápice árvores, pessoas, casas e animais.
O "Público" de hoje publicou uma imagem patética, onde um homem muito velho aponta uma mangueira, entre cinzas e ruínas, numa aldeia do devastado interior portugês.
Quem escuta o choro dos anciãos sem abrigo, sem a companhia dos bichos, sem esperança, sem vida?Quem escuta o murmúrio das águas secas? E o silêncio de cinzas das árvores mortas?
segunda-feira, agosto 08, 2005
Ponto e Traço: A Sabedoria da Paciência
Hoje volto a falar da pintura Manuel Passinhas, celebrando a arte deste galardoado com o 1º Prémio no Concurso de Pintura sobre Contrabando, realizado pela Junta de Freguesia de Santana de Cambas.
Em Maio deste ano, durante o III Festival Islâmico esteve patente ao público a exposição "Ponto e Traço".
Na altura escrevinhei umas impressões sobre as obras patentes nessa mostra que agora torno públicas:
"A pintura de Manuel Passinhas consubstancia a sabedoria da paciência, em que o alentejano é Mestre.
O geometrismo, de forte influência árabe, que integrou a sua recente exposição, realizada em Mértola, no bar Alsafir, surpreendeu-nos pelo apuro, pela beleza, pela harmonia.
Manuel Passinhas transcendeu-se em "Ponto e Traço".
O seu precurso, construído discretamente, atingiu nesta fase um expoente que se celebra.
Passinhas é um pintor digno das palavras mais luminosas, luz que as suas telas irradiam, tocando-nos de uma forma envolvente."
quinta-feira, agosto 04, 2005
Manuel Passinhas, Pintor
A tela que hoje reproduzo obteve o 1º Prémio no Concurso de Pintura sobre o Contrabando, organizado pela Junta de Freguesia de Santana de Cambas. Concorreram 8 pintores (o regulamento abrangia todos os naturais e residentes do concelho de Mértola que desejassem participar). Apareceram 18 trabalhos, que um júri, integrado por Santiago Macias, arqueólogo, Guadalupe Godinho, pintora, e José Alberto Franco, em representação da Aldraba, Associação do Espaço e Património Popular, durante 3 horas e meia, classificou com critérios de avaliação e uma transparência dignos de louvor.
Manuel Passinhas pintor, que tem vindo a destacar-se pela evolução do seu trabalho, é o autor da pintura escolhida, que será capa do livro "Memórias do Contrabando em Santana de Cambas-Um Contributo para o seu Estudo".
O artista está de parabéns, tal como a Junta de Freguesia referida, que teve a ideia inovadora de lançar o concurso e de editar o livro. A qualidade dos trabalhos apresentados foi destacada na sessão da inauguração.
As obras estão patentes até ao final do mês no novo edifício da junta.
segunda-feira, agosto 01, 2005
Um Ano de Blogue
No dia 1 de Agosto de 2004 nasceu este espaço de partilha e reflexão, de cidadania e sonho. Com a poesia, palavras quotidianas e o olhar crítico de quem não pede desculpa à vida por estar vivo.
Este blogue embalou o berço de outras peripécias: O Grande Benemérito, Lost Photos, O Guardador do Silêncio, e também os blogues do Jorge, do Nuno, da Zé, da Paula, receberam os primeiros estímulos nestas páginas.
A Aldraba, Associação do Espaço e Património Popular, também nasceu nestas "águas", onde o embrião do Manifesto foi divulgado.
Evitou-se comentar o comentado, mas houve intervenção cívica e solidariedade onde era preciso demonstrar o espírito fraterno de quem navega nestas palavras.
O "Águas do Sul" já foi atacado por gente sem nível. Uma coisa é ter opinião diferente, mas ser discordante não significa ser ordinário.
Nem por isso vou desistir. O projecto continua a ser aliciante para quem escreve e para quem lê. E há leitores que acompanham "Oásis do Sonho" desde Coruche, Montemor-o-Novo, Alpedrinha, Loulé, México, Brasil, Djerba, além dos vários fiéis que incentivam, desde o primeiro momento, o autor destas notas. Uma palavra especial para Teresa, Augusto, Fernando, Ana, Vanda, Isabel, Carlos, Nádia, Sónia. E a palavra mais festiva para a Margarida Alves, madrinha desta aventura.
A todos, a gratidão de uma caminhada com eco, entre sugestões, reparos e apoios.
(Foto de Paula Silva, relógio de sol de Viana do Alentejo)
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