Quando a manifestação de sábado passado saiu do Marquês do Pombal, a tarde estava no seu auge de luz e saboreava-se essa luminosidade, como prenúncio das lutas futuras, que terão de ser vitoriosas, para honrar os nossos mortos, que durante gerações suportaram um mundo injusto, desigual e desumano, legando-nos, julgavam eles, menos peso para a nossa caminhada.
Os companheiros que assim se manifestam, ano após ano, por vezes no mês seguinte à anterior jornada de indignação, nunca deixam os governantes seguros.
Apesar de suas senhorias alegarem que são dotadas de poderes sobrenaturais, tendo uma disposição férrea, no sentido de não alterarem as suas decisões, altamente lesivas para quem trabalha.
Vai daí, choldra puxa choldra, e um pseudo "investigador" americanóide pôs-se a jeito, pois certamente recebeu uns cobres, para levar a cabo uma "pesquisa", que a comunicação social, nada arregimentada aos patrões do toucinheiro capitalismo tuga, se babou por divulgar.
Para dar um ar mais sério, até foi revelado que alunos da Universidade Nova estiveram a contar os manifestantes, usando fotos sortidas, tiradas de lado e do alto, de baixo e sabe-se lá de onde, para dar o esclarecedor resultado de apenas terem contado 8 a 10 mil manifestantes.
Muito depois das cinco, já a noite se desenrolava, chegavam ainda trabalhadores à Praça dos Restauradores.
Mas o grande indagador aí então apenas vislumbrou uns cinco mil participantes.
Como estive lá, lamento que este género de sondagens mereça o crédito da tal imprensa servindo os interesses daqueles que anseiam cada vez mais amarrar os que trabalham à miséria, à escravidão, à incerteza de um futuro assustador, para melhor poderem explorar os que têm de vender a força dos seus braços ou a criatividade do seu espírito, para aspirarem a ter uma vida com o mínimo de dignidade.
Aliás, em minha opinião, é mais um sintoma do receio das hienas. O banquete está ameaçado...
Luís Filipe Maçarico(texto e fotografias)
Os companheiros que assim se manifestam, ano após ano, por vezes no mês seguinte à anterior jornada de indignação, nunca deixam os governantes seguros.
Apesar de suas senhorias alegarem que são dotadas de poderes sobrenaturais, tendo uma disposição férrea, no sentido de não alterarem as suas decisões, altamente lesivas para quem trabalha.
Vai daí, choldra puxa choldra, e um pseudo "investigador" americanóide pôs-se a jeito, pois certamente recebeu uns cobres, para levar a cabo uma "pesquisa", que a comunicação social, nada arregimentada aos patrões do toucinheiro capitalismo tuga, se babou por divulgar.
Para dar um ar mais sério, até foi revelado que alunos da Universidade Nova estiveram a contar os manifestantes, usando fotos sortidas, tiradas de lado e do alto, de baixo e sabe-se lá de onde, para dar o esclarecedor resultado de apenas terem contado 8 a 10 mil manifestantes.
Muito depois das cinco, já a noite se desenrolava, chegavam ainda trabalhadores à Praça dos Restauradores.
Mas o grande indagador aí então apenas vislumbrou uns cinco mil participantes.
Como estive lá, lamento que este género de sondagens mereça o crédito da tal imprensa servindo os interesses daqueles que anseiam cada vez mais amarrar os que trabalham à miséria, à escravidão, à incerteza de um futuro assustador, para melhor poderem explorar os que têm de vender a força dos seus braços ou a criatividade do seu espírito, para aspirarem a ter uma vida com o mínimo de dignidade.
Aliás, em minha opinião, é mais um sintoma do receio das hienas. O banquete está ameaçado...
Luís Filipe Maçarico(texto e fotografias)
1 comentário:
Greve geral
sem pestanejar
Abraço
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