"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

sábado, junho 30, 2007

Voltei de Odeceixe








Estive em Odeceixe, onde uma vez mais a poesia me visitou, quando contemplava o mar... A seu tempo mostrarei alguns textos...
Encontrei durante essa semana de férias, uma vila mais triste, devido ao pânico que as pessoas têm da fiscalização protagonizada por um organismo governamental, que fecha estabelecimentos por estes não cumprirem requisitos que não são explicados.
Um casal de velhotes que dirigia um café local, devido a esse tipo de intervenções, como não pode alterar o espaço que estava alugado, por não ter pé de meia vai ter de viver do rendimento mínimo, dizia-se... Contaram-me também que um alambique de medronho foi destruído, para os lados da serra algarvia e que o proprietário, viu ainda uma matança de porco transformar-se em enterramento sumário do suíno. O homem suicidou-se.
Andei a pé, descansei, petisquei...
Pena foi que a São, companheira de tantas viagens tivesse adoecido... Uma gripe muito forte debilitou esta amiga, que passou uma grande parte do tempo no quarto, com febre.
O vento acompanhou-nos quase sempre e só na manhã do regresso parou a sua desalmada investida.
Partilho sete imagens desses sete dias com um pouco de dolce fare niente...
Fotos: LFM

segunda-feira, junho 18, 2007

Prémio Blogue Com Tomates


Rui Dias José, durante anos animador do "Feira Franca" um programa radiofónico de referência, muito imitado, mas nunca igualado, nomeou este blogue há alguns dias, distinguindo-o, por ser "Um Blogue com Tomates".

Respondi-lhe desta maneira:

"Apesar de já ter dado pela distinção, digamos que me senti sem jeito para escrever umas linhas a cumprimentar o Café Portugal e o Rui Dias José pela escolha. E obviamente pela persistência na blogosfera, com um trabalho de descoberta do país empolgante.

Ver o resultado das minhas reflexões e partilhas admirado por um Homem Digno é das maiores honras da minha vida. Comovo-me, agradeço e aqui estou a abraçar esse costado de granito que tem enfrentado os mais inusitados ventos e tempestades.
Seu Amigo, com Rosto, Coração e Tomates
Luís"

sábado, junho 16, 2007

Uma Opinião de Álvaro Cunhal Através da Sua Caligrafia



No mesmo dia há dois anos faleceram dois homens notáveis da nossa cultura: o poeta Eugénio de Andrade e um dos políticos mais amados, artista também.
Partilho hoje correspondência desses dois criadores (Álvaro Cunhal como sabem era um desenhador e um escritor de mérito).
Quando recebeu duas edições do meu livro "Pastores do Sul" o antigo secretário geral do PCP respondeu também por duas vezes, com a sensibilidade dos grandes vultos, que ao contrário dos medíocres que nos têm governado, sabiam para onde caminhavam.

Um Poema e Uma Foto com Dedicatória, de Eugénio Através da Caligrafia do Poeta




Partiu há dois anos em Junho. As suas palavras, tão solares, que nos acompanharam vida fora, vão permanecer. Não se pode esquecer uma vida assim, dedicada à essência, ao espírito, à beleza, à Poesia..

quinta-feira, junho 14, 2007

Com Carinho, Para a Maria Amélia


A mãe permanece na soalheira casa, que acorda com a canção dos pássaros. O espaço possui ainda a sua marca. E o seu sorriso acompanha as conversas, os silêncios. Passou por este mundo com a força que a Natureza apresenta na floração da Primavera: corajosa, forte, vital.
Permanece no belo retrato e parece que também canta com as aves. Uma mãe assim nunca morre!
Texto e foto de LFM, com agradecimento à Amélia e ao Manuel

As Candidaturas da CDU e de Helena Roseta Querem Que a CML Tenha Uma Palavra na Recuperação da Tapada das Necessidades







O Grupo dos Amigos da Tapada das Necessidades visitou aquele espaço verde há algumas semanas, apercebendo-se do estado de degradação, denunciado neste blogue no ano passado.
As reuniões ( e consequentes adesões) iniciaram-se há cerca de três meses e neste momento há duas listas candidatas às eleições intercalares da Câmara Municipal de Lisboa (Candidaturas da CDU e de Helena Roseta) interessadas em debater e incluir nos seus programas de acção as preocupações que o Grupo tem discutido nas suas conversas, em busca de soluções.
Nestas fotos de António Brito além dos elementos do Grupo, pode observar-se uma larga fatia do território da Tapada transformado em parque de estacionamento e um florão há muito caído e abandonado.
No próximo sábado 16 pelas 15 horas, a Coligação Democrática Unitária concretiza uma Sessão Pública na Tapada das Necessidades, com o seguinte lema: "Lisboa não pode continuar de costas voltadas para os Jardins e Espaços Verdes! Lisboa tem que ter um bom Ambiente! Com a Tapada das Necessidades recuperada!"

segunda-feira, junho 11, 2007

AFECTOS E SONHOS PARTILHADOS AO SUL (À LUZ DA DIGNIDADE, EM ÉVORA)




Partilho hoje o texto que li no Lançamento do Livro “A CELEBRAÇÃO DA TERRA” em Setembro de 1999:

"Fez ontem precisamente oito anos que foi lançado “Da Água e do Vento”, o meu primeiro livro, na extinta Galeria “Diário de Notícias”, em Lisboa, igualmente às seis da tarde. Apetece dizer, parafraseando Ary:


“Quanto caminho andado
Desde o primeiro poema!
Ai! Quanto verso ensanguentado
Com mãos de alegria e pena!”

Nasci nesta cidade, na freguesia de S. Mamede, há perto de quarenta e sete anos, tendo por parteira, a acreditar no relato da minha avó paterna, uma mulher bela mas maltratada, de nome Anjoulilah, que premonitoriamente me desvendou a luz deste Mundo, luz que busco desde essa noite de vinte e nove de Outubro.

E nunca mais a vi, nem à urbe de Túlio Espanca, desterrado no estuário de muitas e desvairadas paixões que é Lisboa.

“Vocês já repararam no tempo que temos de passar connosco mesmos?” Esta frase, dita por Jerry Lewis, durante o filme “As Noites Loucas do Dr. Jecky” que me foi mostrado num quartel de Nampula, persegue-me, com outra, que iniciava o livro “Mangas Verdes com Sal” de Ruy Knoplli, também trazida de Moçambique: “Para quê pretender incendiar os astros, quando dentro de nós ainda não acendemos todas as luzes?”

Ao escrever “O Santo Inquérito”, Dias Gomes produziu a terceira frase (e não sei de cor mais citações), que me acompanha “Há um mínimo de dignidade que um Homem não pode vender, nem em troca do próprio sol.”

Estes lemas têm-me acompanhado e activam o sangue que me abrasa, pois enquanto muitos embalam ambições, eu insisto em soltar sonhos.

Criado pela avó paterna, oriunda de Sant'Ana da Carnota, aldeia do concelho de Alenquer, a familiaridade com a terra, os riachos, as árvores, as searas e os comportamentos campesinos, o seu imaginário, inundaram de perfume as paredes da velha casa, mesmo quando as condições de vida eram precárias e obrigavam Gertrudes a trabalhar para a fome não poisar no abrigo da Praça da Armada.

Então, fechado à chave, com alguns brinquedos exibidos numa vitrine inacessível, sonhava viagens, inventando sublimações para sobreviver.

A poesia deve ter surgido aí, dessa multiplicidade de ausências.

Pai e mãe apenas e sempre em retratos que a traça ou a chuva que caía dentro de casa devoraram.

Entretanto, a avó morreu, quando longe do 25 de Abril, a 13.000 kms daqui, o rapaz ausente ansiava o regresso, para, entre outras coisas, destruir o móvel das proibições e aprender o valor da palavra trabalho, transportando frigoríficos e máquinas de lavar roupa para gente modesta bafejada com um libertador poder de compra, baldes de cimento sobre andaimes de esperança ou vassouradas matinais contra o lixo do tempo.

Assim me relacionei com a precaridade: “Não lamento nada/Aprendi a voar!”//

A Évora voltei em 1977, para festejar o sol das vozes, no Templo de Diana e na Praça do Giraldo.

Nesse já distante segundo ano da revolução dos cravos, também Portel, Casebres e Baleizão receberam o abraço do jovem solidário, que aprendera o sofrimento desde muito cedo e ansiava uma terra fraterna.

A imagem que tenho do Alentejo carente e digno, resistente e poético, é um modelo construído, que passa pelo conhecimento adquirido com a leitura de grandes Mestres da nossa literatura e enriquecido ao longo das inúmeras viagens e contactos que me levaram a saborear a lampreia do Vivaldo, em Mértola, pela mão de D. Lucy e Manuel Martins, a voz envolvente da soprano Ana Ferraz na Sé de Évora, quando ao lado da Paula Lucas – a generosa prefaciadora da “Celebração da Terra” – e do Paulo Grilo, redescobria a minha cidade, as gargantas acesas de tristura que escutei no lº. congresso do Cante, em Beja, ou ainda o esplendor de madrugadores diálogos vencendo o gelo de Janeiro numa hospitaleira residência da Serra de S. Mamede.

Em Moreanes conheço o José Simão, que idealiza ressuscitar ruínas e dar outro sentido aos moinhos e armazéns abandonados.

Da antiquíssima Mirtolah, guardo a exuberância do aguarelista Mário Elias e o sereno, melancólico rosto da Bia, que acompanhada do Carlos faz mel e artesanato. E as cegonhas e os trigais da arte de Margarida Barroso, nascida entre o pó da terra e o céu de fogo.

Na cidade Natal de Al. Mutamid, habituei-me a visitar a Rosário Fernandes, que afaga o coração dos amigos com as palavras mais ternurentas do planeta.

No Redondo, Luísa Calapez incentiva os habitantes a vestir as ruas com papel festivo enquanto o Thakis recolhe tesouros do ventre da terra.

Na Vidigueira, Afonso do Ó ensina aos forasteiros coisas excelentes como a Rota do Vinho Novo e na Amadora, a poetisa Conceição Baleizão, com quem já saboreei o odor e a música de palavras como Tozeur, Jerba ou Sidi Bou Said, iniciou-me nos Mistérios de Estremoz.

No Feijó, os amigos Afonso e Alho dão voz e asas às saudades do Alentejo.

(...)

Todavia, em Montemor-o-Novo é que o feitiço alentejano atingiu uma dimensão que seria injusto condensar numa só frase.

Cheguei há alguns anos, numa excursão de idosos do bairro onde moro, à biblioteca nova e o espanto ganhou sete fôlegos. Lembro-me de uma anciã analfabeta felicitar a Câmara por terem oferecido à criançada aquilo que ela não pudera usufruir nos seus tempos de menina.

Na passada primavera, a inexcedível fraternidade académica do professor Alexandre Laboreiro, ilustre montemorense, por quem nutro uma imensa admiração, desafiou-me a elaborar uma conferência sobre “A Personalidade Poética do Alentejano” que, entusiasmado apresentei, perante uma sala repleta, atenta e simpática, no Convento de S. Domingos, sede do Grupo dos Amigos de Montemor.

Porém a cidade de Curvo Semedo é também, e desde há um ano, para mim, as mãos e o coração da professora Isabel Aldinhas. José e Isabel receberam-me na sua casa de pão, telas, gatos e aloés, com a gastronomia local e o carinho dos seres que nasceram para partilhar ideais.

Isabel busca o equilíbrio que a existência vai perdendo, numa alquimia de tintas e pincéis.

Girassóis e alcachofras, voos e segredos, ofícios e tradições perpassam numa obra que indaga pelos caminhos velhos.

A pintura de Isabel Aldinhas revela-nos uma paciente tecedeira de cores, moendo habilmente a farinha dos dias, criando um universo especial, onde a identidade alentejana resiste. Tudo isto senti ao vislumbrar a aguadeira, as ceifas, os montes que esta artista plástica mostrou em Março de 1998 na Casa do Alentejo.

Trocámos então endereços, depois de lhe entregar as minhas impressões. Devo tê-la cativado, porque pelo Natal, decorridos nove meses enviou-me uma mensagem.

Regressado de Alpedrinha, terra adoptiva que me fez cidadão honorário há sete anos, e onde há uma década passo a quadra natalícia, respondi-lhe para agradecer a gentileza e a poesia acabou por entrar na nossa conversa.

Os poemas viajaram sob a forma de projecto de livro para o Largo de S. Sebastião, surgindo na volta do correio numa proposta que incentivei, depois de Isabel prometer que ilustraria o volume.

Devo a este maravilhoso casal os patrocínios que o projecto obteve.

Apenas fiz os versos. O resto, que é muito – entrevistas, tipógrafos, transporte e entrega dos exemplares, é tudo fruto do seu labor.

Sem estes amigos, “A Celebração da Terra” dormiria porventura, ainda numa gaveta.

Através da pronúncia de homens limpos como Luís Jordão, o Alentejo tem-me visitado na cidade.

Há muitos anos, em casa da Fanita, a explicadora de Matemática, filha dum guarda republicano de Arraiolos, pressenti os frios transtaganos na braseira que não dispensavam.

Relembro Maria Clementina, alentejana anónima de Cuba, desterrada na grande metrópole, em busca dum sustento menos precário, na sua caminhada diária até à fábrica e depois da reforma, a condutar a amizade com o aroma de iguarias apuradas.

Vejo-a na sua casa do Sabugo, com o marido, antigo pastor de Alvalade-Sado, José de seu nome, a re/inventar o campo no quintal, com criação e pequeno pomar, mais um forno acolhedor, onde o pão aloirava, em poema quotidiano de respirações felizes.

Com os olhos da sua alma desvendei os terreiros e os jardins da terra natal de Fialho de Almeida, as portas em forma de ferradura, a irrepreensível alvura de paredes e sorrisos.

Nunca conheci pessoa tão risonha: contra a mágoa, tudo era motivo para gargalhada se entornar sobre a mesa, como o vinho, o precioso vinho do chão de lume.

Flor desfolhada no sonho verde de ver os Campos Grávidos de Flores.

Há dias, no telefone com a minha amiga Cristina Martins, dizia-me ela que eu era um lisboeta que falava fascinado de becos e varinas, eléctricos e cacilheiros, quando me conheceu, e que a pouco e pouco se foi apercebendo que eu me transformara num homem dividido entre o largo de melros e jacarandás de Lisboa, invadido pelas mais diversas poluições e os horizontes de liberdade e luta onde o ser humano respira a magnífica pequena grande gota da sua dignidade.

Esta revelação parece-me um bom pretexto para lembrar Eduardo Olímpio:

“Olá meu Alentejo minha veia

meu sangue que derramo na cidade

se aí a esta hora é lua cheia

aqui há uma lua cheia de saudade.”

O Alentejo que eu também respiro é uma colheita de saberes e sabores partilhados, onde às vezes poisam lágrimas.

No rescaldo dumas enxurradas que deixaram atrás de si um rasto de desolação, escutei a alma alentejana numa espantosa permanência de coragem e solidariedade, contra todas as sombras. O poema que dá o título ao livro nasceu nesse Novembro de trevas e recomeço.

Mas o Alentejo é sobretudo a ânsia de renovação, na paciente espera.

Por isso me ocorrem momentos felizes, na Zambujeira durante uma férias inesquecíveis, a descoberta do Halley que os céus da Amendoeira do Campo permitiram, a extasiante pesquisa histórica, etnográfica e gastronómica ora no Alto ora no Baixo Alentejo, em Monforte ou Almodôvar, em Ourique ou Marvão, com a Elvira e o Filipe Taveira ou a Paula Rodrigues e o Fernando Duarte, desbravando Antas e Castelos, recolhendo um património verbal único, pois sem ter conhecido este povo nos seus destinos, estaria limitado ao malabarismo vocabular dos que após o jantar, equipados de pantufas e canetas d'oiro mergulham na galáxia do narcisismo e da solidão.

E porque “ninguém nasce sozinho” como diria um extraordinário Homem de Cultura, sempre presente nos lançamentos dos meus livros e que hoje pela primeira vez não estará pessoalmente, o meu amigo pintor Artur Bual, quero deixar uma palavra de agradecimento e destaque para os Drs. Abílio Fernandes, Presidente da C. M. de Évora e Alexandre Pirata Vinagre, Presidente da Junta de Freguesia de Nª. Sª. da Vila, políticos dum humanismo e sensibilidade actuantes, que tive o privilégio de contactar.

Saúdo igualmente a responsável autárquica pela Cultura em Montemor, Vitalina Roque Sofio, que a par da Dra. Ana Borges, da Delegação Regional da Cultura do Alentejo evidenciam como as mulheres, ao desempenharem cargos importantes contribuem naturalmente para apoiar os artistas, dando asas aos seus sonhos.

O Sul que amo e a que cada vez mais pertenço e no qual incluo Cabo Verde e a Tunísia, é uma varanda onde o afecto se escancara ou se esconde.

Os alentejanos não se dão facilmente.

É costume o sorriso ser espraiado, se for merecido.

Que será sempre verdadeiro, ao contrário dos que riem a todos e quando o pano cai mudam de máscara.

Nestas terras nasceu a canção que foi senha para a liberdade. Hoje nasce mais um livro.

Que nunca morra a dignidade merecedora do pulsar a que me orgulho de pertencer.

21 e 22/IX/99

LUÍS FILIPE MAÇARICO

Fotos de LFM(7 de Junho de 2007)

domingo, junho 10, 2007

Jardim Andaluz em Évora








Em Évora, há um jardim que se renova todos os dias. Espaço particular, lembra os jardins andaluzes. A hortelã e a alfazema povoam este belo poema, escrito todos os dias pela Ana Paula, com mãos, pás, terra, sementes, esperança, energia.
Falei deste território de afecto e sonho há semanas atrás. Os cágados continuam frenéticos lá em baixo, ao fundo, nos alguidares vermelho e cor de rosa, bebendo toda a luz, felizes por terem nascido ali, no mágico Alentejo...
Texto e fotos de LFM

terça-feira, junho 05, 2007

Segredos da Praça da Armada




Segundo Fátima Sá, o prédio nº 21 da Praça da Armada, tem tantos andares para baixo, como tem para cima. Nesses subterrâneos, guardam-se segredos. Conta quem desceu, que existem túneis e paredes com argolas, para amarrar os burros que vinham carregados de contrabando desde o rio Tejo.
Foi-me dito que quem dirigia as operações dos contrabandistas era o Duque de Palmela e que a rua e o beco se chamam "dos Contrabandistas"por esse motivo...
Ao lado do 31 da mesma Praça, há um prédio com frontaria em azulejo, que também possui um subterrâneo. Parece que apareceu um túmulo, quando andaram a limpar o espaço para um restaurante guardar aí materiais. Com receio da intervenção do ex-IPPAR, o proprietário desse restaurante (entretanto falecido e substituído por descendentes) escondeu o achado com cimento.
Será que algum dia estes mistérios estarão disponíveis ao público, como as Termas Romanas da Baixa?
Texto e fotos de LFM

segunda-feira, junho 04, 2007

Na Praia da Parede



No Verão de 1988 uma Diva tirou-me esta fotografia...Se não estou em erro foi a Paula Cristina Rodrigues...
Confesso que às vezes me esqueço de pormenores assim, que não parecendo, são de facto importantes.
A única coisa que não se altera é a imagem, aquilo que fomos. Nesse dia, a praia da Parede para onde então íamos muito serviu de cenário.
Pergunto-me se não terão sido os banhos que tomei por ali que me fizeram hepatite. Nesse Verão havia um surto da doença e aquele local em termos higio-sanitários não seria o mais indicado.
Mas como era perto e a Costa, além de longe e das fileiras intermináveis de viaturas para lá chegar e depois para regressar, custava mais caro, optámos pela Parede.
Agora que a época balnear reinicia o seu ciclo, vale a pena pensar numa série de coisas. O sol está cada vez mais intenso. Evitem escaldões!!!

sexta-feira, junho 01, 2007

A CASA ABANDONADA







Há um património notável que agoniza, ao abandono, um pouco por todo o país.
A casa do barrocal algarvio que hoje apresento, fotografei-a há alguns meses, quando fui visitar a minha amiga Sónia Tomé.
Trata-se de um belo exemplar, citado em publicações sobre a habitação do sul, que exibe uma bela platibanda.
Para ali está, na estrada entre Loulé e Querença, abandonada, degradando-se com a passagem do tempo. Será que ainda há hipótese de salvar a bela residência?
Texto e fotos de LFM