"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

terça-feira, dezembro 20, 2016

CTT O Esplendor do Ranço

Os CTT após a privatização, passaram a "desfuncionar", aliás como tudo neste País.
Conta-se em duas linhas o que me levou a escrever a introdução desta notícia.
No dia 6 de Dezembro, como previa ausentar-me, fui à estação de Almada- Praça fazer a retenção da minha correspondência por um mês.
Após uma estadia de 15 dias no Baixo Alentejo, constatei que além da abundante publicidade (há empresas das quais chego a receber de uma só vez três folhetos iguais) tinha correio na minha caixa, situada no prédio onde resido.
Fui à estação onde subscrevi (e PAGUEI mais de sete euros) a retenção das missivas que me são enviadas.
Não constava qualquer carta.
Digam lá que nome dar a isto?

LFM

Um Conselho para o senhor Primeiro Ministro acabar com o desemprego jovem



Há dias, António Costa apareceu na Televisão, lamentando - junto da JS - o facto de existirem cem mil jovens portugueses no desemprego.
Dou-lhe um conselho de borla.
Tire do Estado camafeus, como a bafienta dona Teodora, e meta no lugar dessas chefias exauridas, sem criatividade, nem nada para dar, além de uma lengalenga insuportável de pseudo - sábios, a juventude que pode fazer a diferença, alicerçando um futuro melhor para todos. 
Sem acção consequente, apenas fala para o boneco. Farta de discursatas está a populaça.
Haja coragem de mandar para as termas as sinistras criaturas, que já morreram há muito tempo e não tiveram uma alma misericordiosa que as informasse...é que não f... nem saiem de cima!!!

Luís Filipe Maçarico

sexta-feira, dezembro 02, 2016

A Menorização do Património chegou ao Tua

A menorização das questões identitárias, que definem uma região, um Povo, um País e do seu Património está imparável.
O Pirosismo que invadiu Portugal carece da frontalidade, espírito crítico e sarcasmo de um Eça, um Camilo, um Ortigão, um Aquilino, um Saramago, pois não vislumbro autores literários com características para enfrentar interesses instalados. Até o José Luís Peixoto, que chegou a dar aulas, uma vez na Televisão disse que tinha uma família para sustentar e era por isso que agora escrevia... (quantos empresários do novo filão turístico leram esses e outros autores indispensáveis à formação cultural de quem anseia dirigir empreendimentos e projectos que promovam o que é genuíno em Portugal?)
A Americanização do centro das cidades, transmutando em cenários Hollywoodescos espaços históricos, chegou a Trás - os - Montes.
Lemos na página 20 do "Público" de hoje que "O comboio turístico que o grupo Douro Azul  pretende pôr a circular na linha do Tua suscitou uma onda de indignação  nas redes sociais porque a locomotiva, de desenho tipicamente americano, parece saída da Disneylândia".
E acrescenta a notícia: "O Tua Express, inspirado nos comboios do Tio Sam, vai circular a partir da próxima Primavera ent5re Mirandela e Brunheda, nos 33 quilómetros de via estreita que sobreviveram à barragem."
Dizem os entendidos que "Uma locomotiva americana nada tem a ver com a cultura ferroviária europeia e portuguesa".
Em suma, será bom haver um comboio por aquelas bandas, mas não vale tudo!

Ler a informação completa aqui:


Luís Filipe Maçarico (texto) Imagem do jornal "Público"

quinta-feira, dezembro 01, 2016

A Metamorfose do Palácio do Barão de Quintela e o "Esquecimento" do Espírito do Lugar, da História das Invasões Francesas

Já que hoje voltamos a ter o feriado da independência nacional, que poderemos dizer da transformação do Palácio do Barão de Quintela, em catedral da restauração, chamando-se agora "Palácio do Chiado", sem qualquer alusão na frontaria acerca da primeira invasão francesa (1807-1808), pois foi ali que Junot se instalou e "ficou a ver navios", "comendo à grande e à francesa"...

Todos os presidentes da Câmara Municipal de Lisboa, de esquerda e de direita foram omissos em relação à História da cidade e do País, que passou por ali. 

Leiam Rui Cardoso e Teresa Caillaux de Almeida, é uma recomendação que faço àqueles que se contentam em lamber os sapatos dos autarcas, por serem de um partido, pondo likes como carimbos...
A humildade desapareceu e certas pessoas transformaram-se em autómatos do aplauso, sem espírito crítico. 

Com Cesário Verde sucede algo semelhante. As marchas de Lisboa falam das varinas de Cesário, mas muitos dos vereadores nunca leram o Poeta. 

País de Ignorantes que festejam a transformação do Palácio em sete áreas de restauração, inclusivé o sushi. Agrada-me que um edifício de valor histórico saia do esquecimento e seja requalificado, mas neste caso não se lembraram de colocar um daqueles marcos, que evocam a história, o espírito do lugar. 

A Memória e a História da cidade são desprezados todos os dias e estou-me nas tintas para quem não me considera cool. Aos que ficam agoniados com a minha prosa aconselho experimentarem levando onde levam as galinhas...

Luís Filipe Maçarico

quarta-feira, novembro 23, 2016

João de Araújo Correia. O Médico-Escritor cujo Consultório era um Laboratório Literário", comunicação apresentada em 22 de Novembro de 2016, no Colóquio dos Olivais

Apresentei esta terça-feira, 22 de Novembro de 2016, a derradeira comunicação deste ano, no Colóquio dos Olivais. Intitulada "João de Araújo Correia. O Médico-Escritor cujo Consultório era um Laboratório Literário", serviu para despertar novos leitores, que desconheciam a vida e a obra do "Mestre de Nós Todos"...
No entanto, a Escola Eça de Queirós não possui este autor na sua Biblioteca, apesar dele integrar o Plano Nacional de Leitura...
A minha gratidão ao incansável paladino queirosiano Senhor Professor Fernando Andrade Lemos, entusiástico organizador de eventos que acrescentam interesse a temas da cultura nacional. Uma vez mais incluiu-me no programa, em lugar cativo, não havendo palavras para agradecer esta atenção para com o meu trabalho enquanto antropólogo e intelectual. A revista "cadernos culturais de Telheiras" tem publicado as minhas intervenções, o que me muito me honra, designadamente: "Imaginário Popular em torno de Santo António, na Cidade de Lisboa, no início da segunda década do século XXI " (2012), "Mãos que Protegem, Mãos que Chamam - Como um Objecto da Tradição foi Reinventado: A Chamada Mão de Fátima" (2015) e "Os 'Jordões' de Pias: Uma Tradição Ímpar" (2016).

Desta vez, tive oportunidade de chamar a atenção para "O mérito do contista [João de Araújo Correia], que se alicerça no espírito do lugar, na sabedoria narrativa, na qualidade linguística, eivada de regionalismos, mas também pela admirável escala humana que o inserem na galeria dos escritores transmontanos de referência."
JAC "procurava na privacidade e na solitude do seu duplo labor, o equilíbrio entre as duas pessoas que o habitavam: O Médico e o Escritor."
Sobre a sua primeira obra, escrevi: "Livro tecido com a beleza de uma teia lambida pelo orvalho, "Sem Método", como toda a prosa de João de Araújo Correia, é rio límpido, socalco luminoso, filigrana de um verbo que retrata o povo, pobre, faminto e miserável, com gentileza de harpa e alegria de concertina, não deixando de inserir na caminhada dos humildes que ausculta e procura curar, a dureza da paisagem esmagadora, o chão custoso de germinar a poesia da vida, apesar do imenso suor e dos incansáveis esforços."
No que concerne à Tertúlia João de Araújo Correia disse que "é de louvar o incansável labor dos membros da Tertúlia, pela sua actividade permanente, divulgando a vida e a obra do intelectual duriense cujos personagens imortalizam o Douro, na mesma proporção com que o Douro imortaliza os seus contos."
E a terminar afirmei: "A língua portuguesa enriqueceu-se com este regresso. As actuais gerações e os novos leitores têm agora acesso a verdadeiros tesouros." 

Luís Filipe Maçarico         

segunda-feira, novembro 14, 2016

De Serpa, uma Carta com a Grande Sabedoria da Vida

Ao longo da minha vida de Poeta, registei com muita alegria a opinião dos Professores, que acompanharam o meu crescimento.
Maria Manuel Montenegro Miguel, na Escola Preparatória Francisco Arruda estimulou-me bastante, registando num teste que eu escrevia muito bem!
Maria Fernanda Sousa, na Escola Comercial Ferreira Borges, incentivou-me a escrever, comentando (através de correspondência mantida ao longo dos anos) os meus versos, com uma linguagem de extraordinário apuro.
Foram as minhas professoras de Português no caminho normal de um estudante comum.
Quando em adulto e após vir de Moçambique, ingressei na varredura da CML e decidi nas horas livres frequentar o 10º, 11º e 12º  do Curso Nocturno, no Liceu D. João de Castro, tive a honra de ter como Professor o escritor Carlos Correia que na última aula disse aos meus colegas que iam ouvir falar de mim, pois eu era poeta.
A profecia cumpriu-se e tudo o que sou deve-se a esses apoios.
Falemos dos leitores.
Na apresentação do primeiro livro (Da Água e do Vento), na Feira do Livro, apareceu uma rapariga simpática, quase em êxtase, enaltecendo a minha poesia, de uma forma tão teatral que me lembrou aquela frase "cantas bem mas não me alegras!". Disse ela, pestanejando muito: "Obrigado, Poeta por existires!"
Desde então, recebi elogios de confrades, aplausos de leitores, mas também descobri que uma criatura que julgava amiga arrecadara os meus livros na cave do prédio onde mora, numas estantes metálicas para arrumos de ferramentas e utensílios, junto com os detergentes e os trastes.
Um poeta transtagano, seguramente infeliz, talvez por nunca ter conseguido realizar os seus sonhos megalómanos, olhou para o volume, em que eu celebrava a terra onde nasci - Alentejo  e começou a vomitar correcções, tipo aqui riscava esta frase e deixava ficar este verso, etc.
Não me deixo levar com estes sinais fugazes, umas vezes positivos, outras vezes contrários.
Vem isto a propósito de ao longo dos anos apresentar raras vezes o que escrevo. Se procuro alguma coisa é a tranquilidade e morrer em Paz. Ouvir o silêncio, é-me precioso.
Contudo, em 1 de Outubro e a convite dos "Amigos do Alentejo" bisei a declamação poética de temática alentejana, desta vez optando por outros autores: Romão Moita Mariano, Mestre ferreiro de Pias, poeta apurado, sábio e ainda Eduardo Olímpio e Manuel da Fonseca.
Antes da função se iniciar, uma senhora de Serpa - integrante de um Grupo local de Cante no Feminino, dirigindo-se a mim pediu: "Senhor Luís dê-me cá um bejo que eu gosto muito dos seus poemas."
Aparvoado, soube pela senhora, Ana Rita de seu nome, que ela estivera no lançamento na Casa do Cante do meu "É de Noite Que me Invento" e que o conteúdo dissera-lhe muito.
Explicando que decidira dizer outros poetas e perante o seu lamento, pois estavam pessoas que não conheciam a minha escrita, recitei-lhe num cantinho o meu poema "Olho nos Olhos Estes Velhos" e pedi-lhe a morada para lhe enviar livros meus.
Recebi hoje a carta desta leitora que vale mais que muita prosa laudatória, pela qual, quando somos jovens, tanto ansiamos...
Esta Amiga partilhou a sua sabedoria, numa caligrafia belíssima, de conteúdo mágico...
Não resisto a transcrever um excerto, que me transmitiu uma força extraordinária para continuar neste Mundo:
"Na minha primavera dos sonhos, e eu em Paris, Maio 68 também em grande eu sonhava...Aprendi e vivi a liberdade!Porém, houve sonhos realizados, outros desencontrados, alguns sempre sonhados.. (...) A vida nunca se perde quando partilhada, amada para o bem comum.
Sinto que me vou deste mundo onde passei como faísca que arde. Apenas a deixar cinzas de tantos sonhos sonhados...
Que o sonho não acabe. Que se realizem os sonhos." 
Digam lá se há prémio melhor para um escritor do que esta carta, esta reacção.

Luís Filipe Maçarico (fotografia de AIC)

quinta-feira, novembro 10, 2016

Um Poema Meu em "O Desporto na poesia portuguesa"

Na cronologia que tenho estado a apresentar, relativamente às publicações Antológicas onde sou citado, através de um ou mais versos, recordo o volume bem interessante intitulado "O Desporto na poesia portuguesa", com pesquisa selecção e notas de José do Carmo Francisco, editado pelo Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, em 1989.
 
Nele há poemas de Alexandre O'Neill, Amadeu Baptista, António Aleixo, Armando Silva Carvalho, Carlos de Oliveira, Carlos Pinhão, David Mourão Ferreira, Eduardo Guerra Carneiro, Eduardo Olímpio, Fernando Assis Pacheco, Fernando Grade, Fernando Namora, Fernando Pessoa, Ivone Chinita, Joaquim Pessoa, José Jorge Letria, Manuel Alegre, Manuel da Fonseca, Ruy Belo e muitos outros, num total de 71 autores.
Na página 69, recorda-se um poema breve, de minha autoria, publicado no jornal A BOLA, dedicado a Rosa Mota:

UM POEMA PACIENTE

Com pó nas pálpebras
e espinhos nas pegadas
és um poema paciente
de pés e pernas escrito a pulso
pétala do júbilo seiva da vida
Rosa dos muros e das estradas.

Luís Filipe Maçarico

A Primeira Antologia onde há poemas meus: "O Poeta Faz-se Aos 10 Anos", de Maria Alberta Menères


 
O primeiro volume "antológico", onde apareceram poemas meus (era ainda adolescente), foi coordenado por Maria Alberta Menères e a Assírio Alvim editou em 1973.
 
Foi surripiada essa primeira edição, por uma daquelas visitas da antiga casa que lá iam, para se abastecer de livros emprestados e depois nunca mais se lembravam de os devolver, até que pus término a essas visitas...
 
Chamava-se a obra, - reeditada pela Plátano em 1984 - "O Poeta Faz-se aos 10 Anos", baseando-se a segunda parte, numa selecção dos poemas que a autora recebeu na "Iniciação Literária" do suplemento do "Diário Popular", "Doutor Sabichão", entre  14 -1 - 1972 a 20-4-1973.

 
Os meus versos surgem em várias páginas (84-85 e 139-140). Destaco "Abstracção".
 
ABSTRACÇÃO


Já repararam como eu hoje estou aéreo?
Não vêem porquê?
- Porque este poema nasceu estúpido e frio!
Hoje (Já o devem ter pressentido) sinto-me vazio!
 
Luís Filipe Maçarico


quinta-feira, novembro 03, 2016

Poemas Meus nos Cadernos Viola Delta volume XXXI (2001)

Fernando Grade é o coordenador dos Cadernos Viola Delta, onde em 2001, e sob a temática "Poemas sobre o Amor" apareceram mais poemas meus da colecção "Hemisférios", na página 23. Quinze poetas - e entre eles José do Carmo Francisco - participaram neste volume (o XXXI).

HEMISFÉRIOS

Na geografia do deleite
Desfolho o mapa
da lascívia

À procura do hemisfério
Que me satisfaça

***

Mediterrânica,
A noite dá às coxas

Tanto desejo
Derramado
Sobre a cama
Ardente
de Vénus...

***

No meu pénis
o gostoso ruminar
Da tua boca laboriosa
Forja arestas
de indescritível
Alegria

Mágico silêncio
Da insónia das flautas.

Luís Filipe Maçarico

A minha participação na "Antologia da Poesia Erótica"(1999)

A poesia que escrevo é diversa. No tamanho e no conteúdo.
Hoje revelo uma parte menos conhecida, enlanguescida, com metáforas ou directa, sem floreados
Para quem tivesse dúvidas, escancaro uma parte da minha escrita exibindo um naco (extraído de um livro nunca editado, que foi 2º Prémio do Concurso "Interarte/84" e se chamava "Hemisférios") da minha poesia erótica, incluído na "Antologia da Poesia Erótica", coordenada por Paulo Brito e Abreu, editado pela Universitária Editora, em 1999.
Nesta Antologia sobressaem os nomes de António Simões, Alexandre O'Neill,  Eduardo Olímpio, Luísa Neto Jorge e  António Gedeão, a par de dezenas de outros autores conhecidos.

"Por debaixo
do umbigo trazes
uma guitarra
para eu tanger
com a fúria
do sangue
embriagado

*

na manhã de tintas 
musicais e odores viris
as ancas se enlaçam
para mastigar
a amêndoa do prazer

*

à beira-mar abafa-se
antes penetrar com mel
esta estrela
é o cio de bruços
sobre um tapete persa

*

salivado de verbo
acaricio o clitóris das palavras
num verso onde as borboletas
talvez se masturbem
sobre as amoras

*

vem-te,
Palavra!

Luís Filipe Maçarico

A minha Participação em "100 Anos Federico García Lorca Homenagem dos Poetas Portugueses" (1998)

Na Universitária Editora e com a coordenação do saudoso Poeta Ulisses Duarte, em 1998 surgiu a quarta Antologia onde foi incluído um poema meu. Tratou-se de "100 Anos Federico García Lorca Homenagem dos Poetas Portugueses". 
Foram 208 nomes que assinaram as mais de trezentas páginas da obra. Destaco: Eugénio de Andrade, presença assídua nestas Antologias, Adalberto Alves,Ernesto de Melo e Castro, António Borges Coelho, José Fanha, José do Carmo Francisco, Jaime Gralheiro, Eduardo Olímpio, Luísa Ducla Soares e muitos outros autores, que marcam a cultura portuguesa.
Eis o poema ( página 188) com que participei neste colectivo:

LORCA

Ardeste no coração das videiras
Mágoas e estrelas embalaste
Com a firmeza das oliveiras
Os cornos das trevas fintaste.

Foi teu lume a poesia
Paixão do sangue andaluz
Cavalgando a melodia
Floriste canções de luz.

Federico Romanceiro
Rei, cigano, mouro
Na guitarra e no pandeiro
Teus versos cheiram a touro.

Luís Filipe Maçarico

Antologias Poéticas Onde Participei 3- Cântico em honra de Miguel Torga

Em 1996, António Arnaut e Rui Mendes coordenam a terceira Antologia ou Colectânea onde participo. Chama-se "Cântico em honra de Miguel Torga", editado pela Fora do Texto, Coimbra.
Uma vez mais o grupo de poetas que acederam participar nesta obra, é enorme e de qualidade. Para não ser fastidioso cito uns quantos, mais conhecidos: A.M. Pires Cabral, Albano Martins, Amadeu Baptista, Ana Hatherly, Ana Luísa Amaral, António Ramos Rosa, António Salvado, Casimiro de Brito, Cecília Barreira, Eduardo Olímpio, Egito Gonçalves, Eugénio de Andrade, Fernando J.B. Martiinho, J.O.Travanca-Rêgo, João Rui de Sousa, Joaquim Pessoa, Manuel Alegre, Orlando da Costa, Papiniano Carlos e Sophia de Mello Breyner Andersen, num total de 85 vozes importantes.
Na página 95 aparecem três quadras de minha autoria com o título "Torga". Partilho apenas a terceira pois parece-me mais conseguida:

TORGA

3.

Do Povo iluminou suores e lavras
Diante de castanheiros e cabeços,
As mãos na farinha das palavras
O coração num altar de versos.

Apenas na segunda década do século XXI conheci o miradouro de São Leonardo de Galafura, o lugar que guarda toda a Poesia do Mundo e a essência dos versos do transmontano Adolfo Rocha/Miguel Torga.

Luís Filipe Maçarico


terça-feira, novembro 01, 2016

ANTOLOGIA DE HOMENAGEM A CESÁRIO VERDE


ANTOLOGIA DE HOMENAGEM A CESÁRIO VERDE


Voltei a participar numa colectânea de poesia, uma década decorrida sobre a primeira experiência.
Foi em 1991 que saiu a "Antologia de Homenagem a Cesário Verde", organizada por dois poetas já desaparecidos: Orlando Neves e José Manuel Capelo. 
Neste volume participaram poetas como Albano Martins, Alberto Pimenta, António Ramos Rosa, António Salvado, Eugénio de Andrade, Fernando Grade; João Rui de Sousa, Joaquim Pessoa, José do Carmo Francisco, Matilde Rosa Araújo, Natália Correia, Sophia de Mello Breyner Andresen, num total de quarenta e nove.
A Câmara de Oeiras editou e na página 48 surge este meu retrato de Cesário em duas quadras:

CESÁRIO

1.

Em versos de auro delicado
dignos de paleta genial
com dor e euforia está gravado
o tédio de viver em Portugal.

2.

Amou a cidade como ninguém
cantava um campo só de alegria
colhia o colorido que tudo tem
sonhava a impossível harmonia.


Luís Filipe Maçarico

Antologias Poéticas onde Participei: Cadernos Despertar

Decidi avançar neste primeiro de Novembro de 2016, com a concretização da "Antologia" da minha Poesia publicada nos 20 livros editados até 2015, mais os versos incluídos em mais de dez antologias, que foram dadas à estampa entre 1982 e 2011. 
Porque a maior parte desses livros (as antologias onde os meus poemas foram divulgados) estão esgotados, vou recordá-los a partir de agora, neste blogue.

CADERNOS DESPERTAR

Há trinta e quatro anos, três poemas meus foram incluídos numa colectânea breve, intitulada "Cadernos Despertar- I", que tinha poetas como Eduardo Olímpio, José Carlos Ary dos Santos e José Jorge Letria.
Foi em 1982 e o livrinho (de bolso) elaborou-se numa gráfica da Amadora, graças à fraternidade do director do velho "Notícias" daquele concelho.
Mostro-vos dois desses versos, onde já exercitava a síntese:

POESIA

profetizando
a pele de fogo
das amoras

as palavras ardem
no coração da terra

página 37

SESIMBRA

Tecendo sombras
o rosto cansado
do velho
que o mar
não engoliu
perde o olhar
no horizonte.

página 39

Tinha então trinta anos e todos os sonhos do Mundo. Era o tempo em que ainda havia alguns jornais com suplementos literários...
Todavia, os "Cadernos Despertar" não tiveram continuidade. A vida, sim. E foi sementeira para a Poesia florir. Daí até ao meu primeiro livro iria decorrer (quase) uma década...

Luís Filipe Maçarico

sexta-feira, outubro 21, 2016

Sidónio Muralha Um Poeta Esquecido

Pedro Sidónio de Aráujo Muralha nasceu em 28 de Julho de 1920, no bairro da Madragoa, em Lisboa, filho do jornalista e escritor Pedro Muralha.

Em 1941, incentivado por Bento de Jesus Caraça, publicou o seu primeiro livro de poesia: Beco. Integrou o movimento neo-realista, convivendo com Armindo Rodrigues, Joaquim Namorado, Fernando Namora e Mário Dionísio.

A sua oposição ao regime salazarista, levou-o à errância de um exílio repartido pelo Congo Belga, Bruxelas, Guiné Bissau, Ostende, Dakar, Londres e Paris, com a família.

Entre o início da década de 60 até falecer, em 1982, o Brasil acolheu-o e nele consolidou o seu percurso literário. Galardoado com vários prémios em Literatura Infantil, após o 25 de Abril, recordamos "Valéria e Vida" e "Helena e a Cotovia". 

Partilho dois poemas deste Poeta, que foi Associado do Grupo Dramático e Escolar "Os Combatentes".

 

Roteiro

Parar. Parar não paro.
Esquecer. Esquecer não esqueço.
Se carácter custa caro
pago o preço.

Pago embora seja raro.
Mas homem não tem avesso
e o peso da pedra eu comparo
à força do arremesso.

Um rio, só se fôr claro.
Correr, sim, mas sem tropeço.
Mas se tropeçar não paro
- não paro nem mereço.

E que ninguém me dê amparo
nem me pergunte se padeço.
Não sou nem serei avaro
- se carácter custa caro
pago o preço.

Sidónio Muralha.





Pintassilgo


O pintassilgo diz:
- nada me consola,
eu não sou feliz
nesta gaiola.

Do céu azul e da amplidão
eu sinto muitas saudades.
Não quero esta solidão
cada minuto e segundo.

Crianças, quebrem as grades
de todas as gaiolas do mundo. 

Sidónio Muralha

quinta-feira, outubro 20, 2016

CIAC - Centro de Informação Autárquico ao Consumidor da Câmara Municipal de Almada: Um Serviço Público de Excelência

Existe na Câmara Municipal de Almada um serviço de excelência, que defende de forma muito competente e eficaz, o Consumidor, dos abusos das Empresas: CIAC - Centro de Informação Autárquico ao  Consumidor.
 
Estou bastante grato à equipa do Dr. Jorge Manuel Pinto e Fátima Limão, porque graças a eles, tive a sorte de ter um apoio de grande qualidade profissional e humana, que me devolveu a tranquilidade, pois uma empresa de telecomunicações a quem informara a mudança de residência - com 34 dias de antecedência, um dia após ter recebido o meu pedido, cortou-me o serviço e considerou que a reposição era uma nova adesão, quando um mês depois iria residir noutro concelho.
O que despoletou o desconforto foi a meio do mês da mudança ter recebido na nova residência, a factura correspondente à hipotética nova adesão.
Foram meses de puro surrealismo, de afronta, de falta de respeito da empresa (que teve acesso aos meus dados pessoais de forma abusiva, não comunicada por mim).
A mediação dirigida superiormente pelos técnicos da CMA referidos, a quem estou muito grato, ajudou a resolver o absurdo processo.

Felizmente, tinha cópias de tudo o que escrevera, - sempre com correio registado e aviso de recepção - desde a carta a informar da cessação do contrato de habitação à EPAL, à EDP, à dita empresa de fornecimento telefónico e de Internet, da entrega do Modem ou Router, do protesto face à adesão nunca solicitada, tudo enviado à ANACOM, etc.

A Câmara Municipal de Almada tem um serviço com esta qualidade que deveria ser mais divulgado.
Quem frequenta os cafés, as mercearias de bairro, as farmácias tem de saber que pode ser defendido (e bem) dos abusos que as empresas cometem sobre consumidores - sempre indefesos - perante a sua prepotência, evidente em tantas situações.

A missão que o CIAC cumpre é tão importante, que deixo aqui a sugestão para uma divulgação de proximidade que não seja dispendiosa e ganhe em cada cidadão a admiração e respeito, por um serviço público que merece aplauso e distinção.

Luís Filipe Maçarico

Esclarecimento a propósito da utilização abusiva do meu nome pela Alma Alentejana


     
Caros Amigos:
Foi com desgosto que constatei, através de terceiros, que o meu nome está a ser indevidamente utilizado, num cartaz da associação Alma Alentejana, pelos seus dirigentes, anunciando uma Sessão de Poesia, onde me incluíram, sem ter sido contactado por ctt, email ou sms, e por isso sem ter aceite, o que é atentatório contra o meu bom nome.
Acresce que o dia do evento corresponde ao meu aniversário, o qual costumo celebrar com as pessoas que ao longo de uma vida me têm acompanhado e que eu convido.
Por respeito aos amigos que tenho em Mértola e particularmente ao Professor Cláudio Torres, decidi esclarecer que nada tenho a ver com esta charada e os autores desta desorganização no mínimo, se não estão de má fé, deverão pedir desculpa e retirar o meu nome do referido anúncio.
Nota: Foi dado conhecimento às Câmara Municipal e Junta de Freguesia de Mértola, ao Professor Cláudio Torres e a diversos amigos locais do sucedido, esperando que quem se precipitou tenha a humildade de se retratar e não voltar a fazer disparates destes.


Luís Filipe Maçarico
19-10-2016

sábado, outubro 15, 2016

Apresentação de comunicação em Conferência


Esta manhã, apresentei na Casa do Alentejo, a comunicação "Lisboa: destino de migrantes, confluência de identidades. As Casas Regionais", inserida na Conferência "Exílios, Migrações e Associativismos no Século XX.  A Professora Paula Godinho moderou as duas intervenções da manhã, tendo estado a primeira a cargo da Professora Maria Beatriz Rocha - Trindade.
Agradeço aos Amigos João Coelho e Tristão Cerqueira, pela bibliografia partilhada. E aos dirigentes associativos Albano Ginja, António Vicente, Pedro Franco, João Proença, Joaquim Brito e Rosa Calado, pelos depoimentos que enriqueceram o texto, além de outros testemunhos como o de Rita Cerqueira.
Creio que estive à altura do desafio formulado pelo historiador João Madeira, que me habituei a admirar pelo trabalho em torno das lutas operárias, com o rigor que é a sua marca identitária.
Obrigado também aos diversos membros da Aldraba presentes e às antigas colegas do Gabinete de Apoio ao Associativismo que funcionou no Departamento de Desporto da CML.

Curioso constatar que nestes dois anos de aposentação, tenho sido várias vezes solicitado para intervir, em diversos eventos deste tipo, por inúmeras instituições, enquanto no serviço onde desempenhava funções, passei os derradeiros meses sem tarefas. Os psicólogos explicam aliás muito bem estas circunstâncias: gente mal amada e incompetente, não suporta que ao seu lado haja quem possa produzir trabalho, pois temem que lhes façam sombra. A dor de cotovelo exprime-se por vezes de forma muito violenta. É bom que andem por este mundo muitos anos, para assistirem ao triunfo daqueles que tanto hostilizaram.
Por isso, sinto-me duplamente feliz. 

Luís Filipe Maçarico

sábado, outubro 08, 2016

Apresentação de um livro na Casa do Alentejo e Galardão no Grupo Dramático e Escolar Os Combatentes no seu 110 Aniversário







Ontem, dia intenso. 

Apresentação na Casa do Alentejo do estudo sobre "Cataventos", da Professora Zulmira Bento, publicado pela Câmara Municipal de Alcanena, que contém profusa ilustração fotográfica, designadamente artefactos de todo o país (continente e ilhas), pois a autora recorreu a alguns informantes privilegiados.
A Biblioteca teve uma boa audiência, tendo a Associação Aldraba participado, saudando esta sua nova associada.
Rosa Calado da direcção daquela Casa Regional, João Coelho, antigo presidente das Casas Regionais de Pedrógão Grande e Figueiró dos Vinhos, também ex-autarca, dissertou sobre a importância do património identitário, dando vários exemplos e Luís Maçarico, autor do Prefácio falou do património e da memória oral, em tempo de globalização.
Zulmira Bento passou inúmeras fotografias com exemplares surpreendentes, debruçando-se sobre a simbólica destes objectos seculares.

Hoje foi outro dia intenso, muito reconfortante, em que na sequência do almoço de confraternização dos 110 Anos do Grupo Dramático e Escolar "Os Combatentes", e das habituais entregas de medalhas aos associados com 25, 50 e 75 anos de ligação à colectividade, foram galardoados alguns associados, entre eles eu, pela sua acção cultural e desportiva.
A iniciativa decorreu, durante uma animação especial com quadros revisteiros, muita música e imitações pelo actor Canto e Castro. João Simões disse o poema "É de Noite" do meu 20º livro "É de Noite Que me invento", acompanhado de bailarinas.
Saúdo os 120 associados e dirigentes presentes no evento e todos os responsáveis que ao longo destes 110 anos fizeram da instituição um lugar na cidade de referência cultural.

Luís Filipe Maçarico (fotografias e texto)

terça-feira, outubro 04, 2016

A VIDA por João de Deus

Nascido em São Bartolomeu de Messines em 8 de Março de 1830, João de Deus é um dos nossos poetas imortais.
Dedico o seu poema A VIDA, a Rosa Nascimento, algarvia também e Amiga criativa, que neste momento em que escrevo, completa anos de vida, rodeada pelos filhos e netos (com abraço ao Eduardo Nascimento) na apertada curva da doença e da velhice, que não devia ser tão pesada.
Partilho igualmente com o Fernando Duarte, seu irmão Mário e sua mãe Berta, estas palavras, face à perda recente do seu pai.
Na sabedoria popular, o Outono é este tempo em que as folhas caiem das árvores e a par delas muitas vidas se extinguem.
A todos os que perdem os seus entes queridos faço esta reflexão comovida, com a ajuda do poeta:
 A VIDA

A vida é o dia de hoje,
A vida é ai que mal soa,
A vida é sombra que foge,
A vida é nuvem que voa;
A vida é sonho tão leve
Que se desfaz como a neve
E como o fumo se esvai:
A vida dura num momento,
Mais leve que o pensamento,
A vida leva-a o vento,
A vida é folha que cai!

A vida é flor na corrente,
A vida é sopro suave,
A vida é estrela cadente,
Voa mais leve que a ave:
Nuvem que o vento nos ares,
Onda que o vento nos mares,
Uma após outra lançou,
A vida – pena caída
Da asa da ave ferida
De vale em vale impelida
A vida o vento levou!

João de Deus "Campo de Flores"

sexta-feira, setembro 30, 2016

A Má Gestão dos Canais de TV por Cabo

Adormecemos a ver "Pulp Fiction", acordamos com "Pul Fiction".
A má gestão dos canais de TV por Cabo é deplorável.
Quem a faz? Um robot?
O canal Hollywood é pródigo a reapresentar filmes passados e repassados. Uma  decepção....
Os episódios das séries são repetidos éne vezes.
No caso de Hawai Força Especial, tão depressa estamos a ver a governadora a ser assassinada, como no episódio que se segue a mulher está vivinha da costa.
No Verão houve um episódio que repetia de manhã à noite no dia seguinte, uma semana depois...quando o inspector calmeirão, de meia idade e de origem africana desconfiou de um amigo (que assassinou a companheira).
Não se aguenta.
E a tradução?
Aqui há dias (mas sucede todos os dias) tomei nota desta pérola: "Terão de se avir comigo".
Estamos conversados.

Luís Filipe Maçarico

O amolador de tesouras

Natural de Samora Correia,  o senhor José Martins é o amolador que percorre as ruas de Almada antiga.
Hoje decidi procurá-lo, perseguindo a sonoridade com que se faz anunciar.
No final de alguma andança, serpenteando por arruamentos de vivendas, tranquilos, encontrei-o, simpático e eficaz.
Levei a tesoura de minha avó que utilizei, ao longo da minha existência e terá servido para a acompanhar em muitas estórias e costura.
Disse-me o amolador, que a tesoura, de marca Corneta é um tesouro raro e que antigamente se comprava por cem escudos e até às prestações...
Ainda há bons encontros, na nossa caminhada...

Luís Filipe Maçarico

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?did=147463

quarta-feira, agosto 31, 2016

EXCESSO DE PUBLICIDADE NAS CAIXAS DE CORREIO

No sítio onde morei 63 anos, as caixas do correio não ficavam a abarrotar de propaganda, - passe a publicidade - do IKEA (que despeja livros), do MINI PREÇO, do PINGO DOCE, do JUMBO (estes todas as semanas) da STAPLES, etc etc.

Tendo passado uma semana em Alpedrinha, tive de pagar retenção de correio, para que a correspondência que me interessa não ficasse fora do receptáculo. E de facto, na segunda feira, fui buscar um envelope suculento, com livros enviados pela minha querida Paula Santos, de Évora, sobre as Invasões Francesas, para enriquecer a bibliografia de um artigo que estou a escrever sobre o tema.

Devia haver quem nos protegesse destas invasões, que nos "entopem" as caixas de correio, de forma abusiva e constantemente. 
Não há pachorra para a atitude agressiva destas empresas, pois não respeitam a privacidade dos cidadãos, impondo e anunciando produtos, cujo resultado é engrossarem a reciclagem de papel. Porque, como dizia o outro, não havia necessidade...

LFM


quarta-feira, agosto 24, 2016

A DIMENSÃO MÁGICA DO REAL


A pintura de Edgar Costa constitui, a par da sua Arte de cortar e pentear, com mestria, o cabelo,  a filigrana cósmica, na qual mistura a sensibilidade e o toque genuíno, numa caminhada de décadas de apuro.
Balada para os sentidos, a colecção das suas telas é uma festa de cor, na contemplação da Natureza, na dança de Nureyev e Margot, tacteando o espaço, voando com o fascínio de gestos imortais.
Os mistérios da terra, irrompem em águas primordiais - que (quase) escutamos, (quase) respirando os aromas das origens, na cintilação de frutos intactos, na sinfonia das fontes.
A melancolia dum poente ou a serenidade da musa, que afaga o felino, espreitam-nos nas paredes da casa onde Edgar Costa se transcende, idealizando paisagens marinhas das Berlengas, de São Martinho do Porto ou das Azenhas do Mar, e nos instantes campestres, singulares e oníricos, que povoam o seu imaginário.
No atelier, um rebanho acaba de ser pintado, entre árvores que são estrofes de vida e um chão de veludo verde, onde a música dos dias se entrelaça, na plenitude de um céu que inspira paz.
Assim são os quadros deste Artista.
A pele, onde Edgar Costa tece a dimensão mágica do Real, com a impressão digital da paleta criativa.
Para partilhar um olhar, onde a beleza é o segredo e o sonho, a sabedoria.

Luís Filipe Maçarico
Almada, 17-6-2016

A Exposição de Edgar Costa inaugura-se este sábado, dia 27 de Agosto de 2016, na Casa do Alentejo e permanece até final de Setembro.

Edgar Costa, nascido em 1937 em Lisboa, é profissional desde os 15 anos, na área do corte de cabelo, primeiro como barbeiro e a partir dos 21 anos como cabeleireiro. Foi precisamente na Casa do Alentejo, que fez uma primeira demonstração, em público, em colaboração com a L' Oreal. Enquanto pintor fez um curso de 3 anos nas Belas Artes e expôs, em Almeirim, na Manfredo - representante de produtos de cabeleireiro, em 2014 os seus quadros estiveram na Exponorte e durante anos participou em Feiras de Artesanato da Junta de Freguesia de Prazeres (Lisboa), mostrando a sua Arte, Na Charneca da Caparica tem 5 telas em exposição permanente.