Quem chega ao Centro de Arruda dos Vinhos depara-se com o jogo da água no chafariz - tanque que é uma das suas jóias patrimoniais.
Terra onde um Aqueduto serpenteava, Arruda viu o progresso roubar-lhe algumas quintas e essa preciosidade arquitectónica, guardada em fotografias antigas, para dar lugar à actual vila, em expansão, tal é a qualidade de vida que ainda habita estes lugares, arejados e com memórias que vale a pena revisitar.
Em primeiro lugar, a Matriz, que ontem, com a Aldraba e Paulo Câmara, o chefe da Divisão que comporta a Cultura local, visitámos, admirando o belo portal manuelino, com anjos esculpidos.
Pelas ruas antigas do velho burgo, becos, aldrabas, alfavaca, arruda, são termos comuns, para nomear pedaços da identidade quotidiana, que envolve os seus habitantes.
Recorda-se a bruxa que fez uma rapariga vomitar uma cobra, segundo a lenda, depois de a pôr a comer sementes de abóbora e leite durante alguns dias, para a tratar de uma maleita. Afinal a cobra seria uma bicha solitária...
A Biblioteca, instalada num Palácio da Renascença foi requalificada, é um prazer para a alma percorrê-la de novo, pois aqui estive com Rosa Lobato de Faria e Fernando Pinto Ribeiro. As suas vozes estão guardadas nos livros que evocam a sua poesia e génio criativo.
O almoço simpático decorreu no restaurante Nazareth, uma boa referência gastronómica, com preços acessíveis. Conviveu-se.
Após o repasto, foi tempo de visitar a Cooperativa, que tem 400 cooperantes e produz um vinho apreciado. O Encontro aliás, atrasou-se um pouco, pelo grande interesse dos participantes em adquirir garrafas de bom néctar destas paragens.
Os responsáveis pela empresa foram impecáveis, mostrando o complexo industrial, com uma gentileza que apraz registar, servindo um licoroso inesquecível que aqueceu os viajantes.
Ficou-nos na retina o velho alambique, peça museológica que mereceu a admiração dos que propugnam a preservação destes tesouros da arqueologia industrial.
A jornada terminou na sede do Rancho Podas e Vindimas, com o poeta de raíz tradicional João Silva, contando a sua história de vida e declamando alguns poemas da sua lavra, o que foi muito apreciado pela assistência tendo o artista plástico e também poeta, associado da Aldraba, lido uma quadra que dedicou ao vate da Arruda, residente em São Tiago dos Velhos.
Chegados aqui, apetece reflectir, em jeito de balanço: Arruda dos Vinhos - Perto de Lisboa, é terra com muita História e gente amiga, que permite utilizar com a alegria com que festejamos as coisas melhores da vida, a palavra Afecto.
Constituiu um sábado diferente, este dia 13 de Novembro de 2010, para a partilha de saberes, sempre em redor da Magia Humana, esse património singular, que enriquece os lugares, com a criatividade daqueles que os amam de verdade.
Luís Filipe Maçarico (texto e fotografias)
Terra onde um Aqueduto serpenteava, Arruda viu o progresso roubar-lhe algumas quintas e essa preciosidade arquitectónica, guardada em fotografias antigas, para dar lugar à actual vila, em expansão, tal é a qualidade de vida que ainda habita estes lugares, arejados e com memórias que vale a pena revisitar.
Em primeiro lugar, a Matriz, que ontem, com a Aldraba e Paulo Câmara, o chefe da Divisão que comporta a Cultura local, visitámos, admirando o belo portal manuelino, com anjos esculpidos.
Pelas ruas antigas do velho burgo, becos, aldrabas, alfavaca, arruda, são termos comuns, para nomear pedaços da identidade quotidiana, que envolve os seus habitantes.
Recorda-se a bruxa que fez uma rapariga vomitar uma cobra, segundo a lenda, depois de a pôr a comer sementes de abóbora e leite durante alguns dias, para a tratar de uma maleita. Afinal a cobra seria uma bicha solitária...
A Biblioteca, instalada num Palácio da Renascença foi requalificada, é um prazer para a alma percorrê-la de novo, pois aqui estive com Rosa Lobato de Faria e Fernando Pinto Ribeiro. As suas vozes estão guardadas nos livros que evocam a sua poesia e génio criativo.
O almoço simpático decorreu no restaurante Nazareth, uma boa referência gastronómica, com preços acessíveis. Conviveu-se.
Após o repasto, foi tempo de visitar a Cooperativa, que tem 400 cooperantes e produz um vinho apreciado. O Encontro aliás, atrasou-se um pouco, pelo grande interesse dos participantes em adquirir garrafas de bom néctar destas paragens.
Os responsáveis pela empresa foram impecáveis, mostrando o complexo industrial, com uma gentileza que apraz registar, servindo um licoroso inesquecível que aqueceu os viajantes.
Ficou-nos na retina o velho alambique, peça museológica que mereceu a admiração dos que propugnam a preservação destes tesouros da arqueologia industrial.
A jornada terminou na sede do Rancho Podas e Vindimas, com o poeta de raíz tradicional João Silva, contando a sua história de vida e declamando alguns poemas da sua lavra, o que foi muito apreciado pela assistência tendo o artista plástico e também poeta, associado da Aldraba, lido uma quadra que dedicou ao vate da Arruda, residente em São Tiago dos Velhos.
Chegados aqui, apetece reflectir, em jeito de balanço: Arruda dos Vinhos - Perto de Lisboa, é terra com muita História e gente amiga, que permite utilizar com a alegria com que festejamos as coisas melhores da vida, a palavra Afecto.
Constituiu um sábado diferente, este dia 13 de Novembro de 2010, para a partilha de saberes, sempre em redor da Magia Humana, esse património singular, que enriquece os lugares, com a criatividade daqueles que os amam de verdade.
Luís Filipe Maçarico (texto e fotografias)
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