Esta imagem foi recolhida por mim emTozeur(Tunisia), em Janeiro de2001. Ela simboliza um espaço afectivo, onde me sinto em casa, deliciando-me a ver as aldrabas e batentes de porta, como os rostos e os gestos daqueles que estimo.
Falo dos Omrani, uma família respeitada, cujos antepassados chegaram a Haoudef no século IX. O pai Laazar, a mãe Ashna, que quando vê Portugal no Telejornal pára tudo o que está fazendo para perceber o que se passa na terra dos amigos que a visitaram. Falo das filhas Sémia e Néjouah, e dos filhos Nejmeddine, Taïeb, Salem.
Falo do sr. Slah e da sua família. E de Saïda. Todos gente cinco estrelas, irmãos planetários, que me receberam como um príncipe. No caso de Nouri Slah, ainda hoje recordo o que me disse, quando a Alexandra ficou febril e ele acudiu prontamente, com o enfermeiro Hassan por perto. "Luís, enquanto estiveres no meu país, se acontecer alguma coisa telefona-me que irei em teu auxílio!"...
E que dizer do restaurante "Soleil", onde o meu livro "Les Bergers du Soleil" esteve durante anos preso à parede, para leitura colectiva?
O Belvedere, o Museu Dar Cheraïet, A Medina das Mil e Uma Noites, o magnífico oásis com nascentes a 70 graus centígrados...
Foram diversos anos a caminhar para lá. Quando éramos pobrezinhos mas tínhamos escudos no bolso. Agora com euros, as viagens estão mais mitigadas.
3 comentários:
Comungo em absoluto esse sentimento de saudade por Tozeur,embora não tivesse tido a sorte de viver esse Tozeur íntimo. Confesso que quando parti para lá, as expectativas eram baixas... tive que me render. Ainda lá volto !!
Esqueci-me de acrescentar : Belo Blog.
Um abraço a Zulu, pela fraterna aragem das suas palavras e a porta sempre aberta à brisa da simpatia. Que não tem necessariamente de passar pela unanimidade, mas pela delicadeza que as pessoas de categoria sempre sabem ter na discordância.
Leitores como Zulu são muito benvindos! Até já!
L.
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