Mais um ano diante
destas árvores, destas oliveiras,
destas fontes, destes rostos.
Alpedrinha floresce
depois do vento do orvalho
do sol e das palavras,
que não criaram raízes na água.
Alpedrinha saboreia-se
no voo dos versos, que amam
sem pedir nada em troca.
Alpedrinha é o sorriso e o
mel de um cântico matinal
o mar sonhado de braços enluarados
a remar no sentido do abraço.
Alpedrinha é um céu de estrelas
coroando o desejo de permanecer.
Gardunha eterna,
para além dos homens e
da passagem do tempo.
Alpedrinha é regressar a estas
casas e respirar a tranquilidade
de ter chegado a casa.
No coração do futuro
habitaremos a luz de cada dia
em versos necessários como o pão,
ousando sílabas de Maio:
papoila trigo cravo e asas
trompetes de água
clarinetes de sol
pianos de nuvens
para dançarmos renovados
sobre vidros, sobre brasas.
17-5-2008
Luís Filipe Maçarico
6 comentários:
Simplesmente... simples
nota: o que é simples é lindo
"Alpedrinha é regressar a estas
casas e respirar a tranquilidade
de ter chegado a casa."
Quem ama esta terra e está fora dela é este o sentimento quando regressa.
1 grande abraço.
Não conheço Alpedrinha, penso até que já lhe contei uma história curiosa a respeito de Alpedrinha num outro post que você fez sobre ela.
Mas a julgar pela inspiração que lhe traz deve ser uma terra muito bonita.
Um abraço
Sente-se o carinho com que dizes:
"Home sweet home"
Simplemente lindo!
Bjinho
Céci
Sim... Alpedrinha e os seus habitantes merecem todo esse carinho. Bem Haja
Abraço de quem tambem ama esta terra.
Tanta genorosidade...
Bem hajas Amigo
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