Quero morrer num país estrangeiro
sem ninguém saber
Apagar-me como uma memória
Não ter ninguém que me chore
ser um corpo mais como naquela noite
quando fui teu e ardi na troca
de carícias com tempo marcado
Ser o vagabundo dos momentos
que se dissolve na areia de uma praia
na poalha da luz do deserto
numa explosão de asas sobre o Mar
Quero morrer na página deste poema
e riscar aquele dia do mapa dos afectos
quero tornar a ser aquele que era
antes dos teus beijos ferirem de morte
o meu coração pois nessa noite morri
ao nascer para ti e nunca mais fui eu.
11-6-2009
Luís Filipe Maçarico
2 comentários:
A imagem do céu, aconchegado de nuvens, parece ter saído de um poema... Aliás, é pura poesia!
Abraço
Ser o vagabundo dos momentos
que se dissolve na areia de uma praia
na poalha da luz do deserto
numa explosão de asas sobre o Mar
Os poetas são sempre vagabundos doa momentos...
Um abraço
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