"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

sábado, julho 04, 2009

Nem Sabem o Que Perderam




Ia a caminho do Mestrado de Mértola, no comboio para Beja, quando recebi sucessivos telefonemas, avisando-me que o professor Christophe Picard tinha perdido o avião para Portugal.
Aproveitei para fazer pesquisa na Biblioteca do Campo Arqueológico, comi bem e bebi melhor, graças ao senhor Ruas, que me presenteou, na sexta-feira, a mim e ao colega Marco - iscas de cebolada com vinho verde divino, ao almoço e frango à passarinho, com um vinho branco de Santa Vitória, ao jantar.
Oh Pedro Carlos, oh Rolando, oh Ana Dias, ó vocês todos que costumam saborear essas refeições- convívio, nem sabem o que perderam!
Sábado foi tempo de ir a Santana de Cambas e rever velhos amigos, como a Maria Júlia Carrasco e Ti Chico Neto. E, claro, José Rodrigues, que este ano se candidata a número dois do Município. A freguesia esteve ao rubro, com a apresentação dos candidatos da CDU às próximas autárquicas. O calor no concelho de Mértola é uma característica, as eleições ajudam a subir a temperatura.
Jorge Revez lembrou: dos sete lares prometidos pela Câmara, foi aberto apenas um, que a junta de Santana conseguiu concretizar. E Zé Rodrigues enumerou as muitas obras, que neste mandato realizou, com candidaturas diversas e sem apoio da Câmara.
Voltemos ao comboio: duas velhas que se sentaram atrás de mim passaram o tempo a falar de alto. Levantei-me com a tralha e fui para a carruagem de trás, onde fiz esta foto. Era uma daquelas carruagens, onde tantas vezes viajei, a caminho do Porto ou de Estarreja. Tive de voltar à carruagem inicial. A explicação que me foi dada, foi que aquela não levava passageiros, servia só para fazer peso ao comboio.
É Portugal, no seu melhor!
Também quero mudar de nacionalidade, como a Maria João Pires, se depois de todas as touradas, que o actual governo tem promovido, ainda houver gente que esteja disposta a votar neles. Mais 4 anos de Sócrates é doença polongada, é a estocada final, não se aguenta.
Espero que, em 27 de Setembro, a maioria dos portugueses tenha bem presente as injustiças que estes governantes promoveram, derrubem estes indivíduos e se abra um novo caminho.
Não queremos mais contrapesos, a impedir que o comboio para a esperança encontre o seu rumo certo.

Luís Filipe Maçarico (texto e fotos)

2 comentários:

Mar Arável disse...

"Oremos"

al-Mansur disse...

É o Portugal dos pequeninos.

É o Portugal,que neste canto à beira mar plantado,exalta o seu glorioso passado mas destrói o seu património. Exalta o choque tecnológico e as novas tecnologias mas é tudo made no estrangeiro.

Não passamos de um país de terceiro mundo, que tentando igualar-se aos seus sócios neo-liberais europeus, comete atropelos ao bom senso, à justiça social e aos seus antepassados.

É um país pequeno, não só geograficamente, mas acima de tudo no que toca às mentalidades.
Segundo parece, historicamente sempre foi assim.
E porque não continuar, não é?

Felizmente há luar.
Felizmente existem pessoas que querem mudar o rumo das coisas.

A mudança é possível.