As palavras chegam do Mar,
como gaivotas embriagadas de sol.
São beijos de luz aquecendo
a alma na tarde azul.
Mergulhado nos ruídos da cidade,
arrepio-me com essa música
de longe que chega com o sabor
da saudade. Gaivotas, dizia,
enluaradas. Flores de amendoeira
estremecendo na brisa de Fevereiro.
Luís Filipe Maçarico
11-2-2009, 15:45
5 comentários:
Oh! o amor anda por estas paragens!...
"Era uma vez (todas as histórias começam assim...) uma gaivota. A vida toda não havia sido mais do que isso. Só gaivota. E da vida não sabia mais do que é ser vida de gaivota. Bailar acima das águas, baixar da dança para apanhar peixes e comê-los, dormir enroscada no seu próprio casaco de penas, de gaivota já se vê. E cantar seu canto próprio de fala de gaivota para chamar as outras gaivotas... Enfim, uma vida todos os dias vivida de forma igual; cada dia mais igual que os outros... Certo dia porém, ou melhor, certa noite, a gaivota não adormeceu no tempo certo do dormir de gaivota. Não estava para ali virada. Sentiu que queria saber mais. Decidiu que precisava saber o que há para além de vida de gaivota. Então à noite, que é o tempo em que as gaivotas deveriam estar a cumprir sono, a gaivota acabou descobrindo que além do sono há o sonho, e que o sonho é uma base bonita para a construção de qualquer vida, até de vida de gaivota. É aqui que entra a lua. A gaivota não sabia que era a lua, mas apaixonou-se, por isso mesmo, por não saber. Viu-lhe a beleza luminosa (mentirosa), sentiu que para lhe dar luz aos passeios fora de hora... Apreciou-lhe as formas variadas, alternadas (ilusão), achou que a seu jeito... e apaixonou-se! Apaixonou-se! Pronto! Que isso de gaivota se apaixonar não é coisa que se explique."
Esta é "A ESTÓRIA DA GAIVOTA QUE SE APAIXONOU PELA LUA". É um pouco da minha estória de Amor também. O Amor é preciso. Pois então! se o temos dentro de nós, debaixo da pele, à flor da pele, respiramo-lo... Pois então se o Amor é preciso... as estórias de Gaivotas tambem podem ser estórias de Amor.
Jingã, Luis
Belmi
Gosto do mar como quem gosta de cerejas... Gosto de ver chegar as ondas, as vagas, uma a uma, de as degustar com o olhar...
O amor anda no ar como as gaivotas marotas...
Abraço
Com a qualidade de Luis Maçarico. Um abraço.
Como 90%(só) dos portugueses, sou uma apaixonada, pelo mar e por gaivotas. E quando essas duas coisas veem junto com um bom poema, é a cereja em cima do bolo.
Um abraço e bom fim de semana
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