"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Tarde Azul


As palavras chegam do Mar,
como gaivotas embriagadas de sol.
São beijos de luz aquecendo
a alma na tarde azul.
Mergulhado nos ruídos da cidade,
arrepio-me com essa música
de longe que chega com o sabor
da saudade. Gaivotas, dizia,
enluaradas. Flores de amendoeira
estremecendo na brisa de Fevereiro.

Luís Filipe Maçarico
11-2-2009, 15:45

5 comentários:

marialascas disse...

Oh! o amor anda por estas paragens!...

mariabesuga disse...

"Era uma vez (todas as histórias começam assim...) uma gaivota. A vida toda não havia sido mais do que isso. Só gaivota. E da vida não sabia mais do que é ser vida de gaivota. Bailar acima das águas, baixar da dança para apanhar peixes e comê-los, dormir enroscada no seu próprio casaco de penas, de gaivota já se vê. E cantar seu canto próprio de fala de gaivota para chamar as outras gaivotas... Enfim, uma vida todos os dias vivida de forma igual; cada dia mais igual que os outros... Certo dia porém, ou melhor, certa noite, a gaivota não adormeceu no tempo certo do dormir de gaivota. Não estava para ali virada. Sentiu que queria saber mais. Decidiu que precisava saber o que há para além de vida de gaivota. Então à noite, que é o tempo em que as gaivotas deveriam estar a cumprir sono, a gaivota acabou descobrindo que além do sono há o sonho, e que o sonho é uma base bonita para a construção de qualquer vida, até de vida de gaivota. É aqui que entra a lua. A gaivota não sabia que era a lua, mas apaixonou-se, por isso mesmo, por não saber. Viu-lhe a beleza luminosa (mentirosa), sentiu que para lhe dar luz aos passeios fora de hora... Apreciou-lhe as formas variadas, alternadas (ilusão), achou que a seu jeito... e apaixonou-se! Apaixonou-se! Pronto! Que isso de gaivota se apaixonar não é coisa que se explique."

Esta é "A ESTÓRIA DA GAIVOTA QUE SE APAIXONOU PELA LUA". É um pouco da minha estória de Amor também. O Amor é preciso. Pois então! se o temos dentro de nós, debaixo da pele, à flor da pele, respiramo-lo... Pois então se o Amor é preciso... as estórias de Gaivotas tambem podem ser estórias de Amor.

Jingã, Luis
Belmi

Fernando Pinto disse...

Gosto do mar como quem gosta de cerejas... Gosto de ver chegar as ondas, as vagas, uma a uma, de as degustar com o olhar...

O amor anda no ar como as gaivotas marotas...

Abraço

PreDatado disse...

Com a qualidade de Luis Maçarico. Um abraço.

Elvira Carvalho disse...

Como 90%(só) dos portugueses, sou uma apaixonada, pelo mar e por gaivotas. E quando essas duas coisas veem junto com um bom poema, é a cereja em cima do bolo.
Um abraço e bom fim de semana