Nunca dirás a palavra.
Na poeira dos dias ficarás
a mastigar o tempo
riscando frases
hesitando o voo
ferindo este sentimento.
Gostava de ter dito
ao teu ouvido
o quanto te amava
naqueles dias de chuva
que pareciam não ter fim.
O quanto te queria
naquelas noites frias
em que aparecias
para encantar a madrugada
e depois prometias
Ternura e espanto.
Não poderei passear contigo
pelos jardins de Abril para dizer-te
como as palavras podem guardar
aromas de jasmim e alfazema.
Adeus, amor. É pequeno, o mundo
Não te verei mais neste lugar
Lá fora vai chegar a Primavera.
Acaba aqui quem fui.
A vida não fica mais
à minha espera...
Luís Filipe Maçarico 23-2-2009; 02:35
3 comentários:
Para que é que nos servem as palavras senão para as fazermos dizerem por nós?!?!?!...
Para que é que nos servem as palavras, meu amigo?!?!?!...
Jingã
Belmi
Um poema de amor e de despedida retratando a excelência da escrita do Luis Maçarico.
Uma bela foto das amendoeiras em flor, provavelmente no vale do Guadiana.
Um abraço.
Um poema de amor e despedida, mas com promessa de renovação, na imagem da amendoeira florida.
E em dia de Carnaval, desejo-lhe um dia divertido.
Um abraço
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