"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

domingo, fevereiro 22, 2009

Veneza ao longe


Vai-se diluindo a tua imagem...

Entre gôndolas nupciais
que se perdem em sombrios canais
Vejo nos gestos tão cedo apagados
tulipas de ouro ardendo em rios gelados.

Nem todos os amores fazem ninho
estrelas de febre não contam história
procuro um motivo na memória
perdi-te sem conhecer o caminho.

Apenas sei desta poalha difusa
de Veneza ao longe... visão
onde as sílabas são maré suja
afogando em fogo o coração!

22-2-2009, 14:00

Luís Filipe Maçarico (poema e fotografia)

1 comentário:

mariabesuga disse...

quase desamor

perde-se o amor
por caminhos não caminhados
onde os gestos são de passagem

perde-se…
por sentires não assumidos
perde-se… na voragem

fica-se o amor
por breve passagem
para onde não se sabe o caminho

fica-se…
ganhando espaço na memória
fica-se… coração sozinho

(quase desamor o amor que não se vive. sente-se mas não se partilha...)

Jingã
Belmi