"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Filigrana


Quero dizer-te
que nas árvores
dos pomares
cresceu
uma frágil
filigrana,
efémera
como as palavras
que não dizes...

Luís Filipe Maçarico (fotografia e poema)

4 comentários:

Elvira Carvalho disse...

E como sempre as suas palavras, se enlaçam na poesia, de tal forma que shegamos à conclusão que são elas a própria essencia da poesia.
Gostei.
Um abraço e bom carnaval, (sem censura)

jose filipe rodrigues disse...

Ainda te lembras, meu amigo,
daqueles dias em que o tempo era infinito
e as memórias eram feitas de um presente
que, decididos, construiamos todos os dias,
num agora demorado, indefinido e sempre,
com desejos, certezas e alegrias?
Hoje o instante demora-se em urgências
e as memórias são feitas de um distante
perdido num tempo longínquo do passado.
As incertezas, os castigos e as ausências,
as dúvidas, os cansaços e as desistências,
num tempo que corre acelerado, limitado,
mostram os dias a diluirem-se no calendário
das despedidas, em acenos de desencontros.
Naqueles dias eu era sempre o primeiro.
Agora, cansado, eu sou o retardatário
que continua a lançar sementes ao vento
para germinem em flores e em sentimento
num futuro de amizades e de esperanças.
E porque de sorrisos alimento a verdade,
plantei alegria no peito das minhas crianças
para que lhe possam dar continuidade.
Ainda te lembras, meu amigo,
desse tempo de certezas geradas a sonhar?
Agora os dias apressados, já não correm devagar.
JFR

mariabesuga disse...

imortais as palavras!...
as tuas!
de dizerem o amor, são luz nos dias.

jingã
belmi

oasis dossonhos disse...

Cláudia para mim
mostrar detalhes 02:08 (19 horas atrás)

Cláudia enviou-lhe uma hiperligação para um blogue:

"Só a tua sensibilidade. Comovente..."

Blogue: aguas do sul
Mensagem: Filigrana
Hiperligação: http://aguasdosul.blogspot.com/2009/02/filigrana.html