No Outono 1991 trouxe de Praga esta marionete, e desde então a "Avozinha Checa" assistiu à remodelação da casa e silenciosa escutou conversas, viu gente que deixou de frequentar a casa, ou porque morreu em vida, ou porque concluiu a sua passagem por esta terra.
Acabo de escutar as notícias que chegam da Guiné-Bissau e fico sem palavras. Os zombies andam à solta. Ocorre-me apenas perguntar: quem manipula esses fantoches, que ao contrário das marionetes de Praga não auguram nada de bom. A fantochada que se adivinha tem contornos de tragédia. E dela os governos europeus são culpados, por não terem esmagado os ovos da serpente.
A avozinha checa continua nas minhas paredes, alheia ao desconcerto do planeta, o que me agrada, porque se tivesse voz seria mais uma a dizer"adeus mundo, cada vez pior".
1 comentário:
Fui agora consultar o meu blogue informador da Guiné, o Africanidades, e realmente!
A simplicidade e encanto deste seu cantinho encanta-me. Bastaria este «avozinha checa».
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