A POESIA SURGIU COMO UMA ESPÉCIE DE CHAMAMENTO E PASSOU A FAZER PARTE DA MINHA VIDA
Paula Cristina Lucas da Silva nasceu em Alpedrinha, em 1966. Filha e neta de alpetrinienses, foi naquela vila que casou.
Estudou no Externato Santiago de Carvalho, fez o Ensino Secundário na então vila do Fundão (hoje cidade).
Aos 17 anos saiu de Alpedrinha para se licenciar em filosofia, na Universidade Nova de Lisboa. É professora do Ensino Secundário há mais de dezassete anos.
Foi colaboradora activa da “Informação” da Liga dos Amigos de Alpedrinha, desde os 14 anos, onde publicou desde poemas a entrevistas e artigos de opinião.
Já escreveu prefácios para livros do poeta Luís Maçarico (que hoje a entrevista para o JF) do qual apresentou algumas obras de poesia.
Dirige o jornal escolar “Atitudes” há mais de seis anos, onde estão publicados os mais variados textos.
Reside no Cacém.
O seu primeiro livro de poesia aparecerá durante o próximo ano.
-Surge na pré-adolescência, por influência da leitura da literatura da escola, digamos que foi assim uma espécie de chamamento, por identificações e passou a fazer parte da minha vida.
-Tiveste algum professor que te marcasse, em termos de Literatura?
-Tive uma professora de português e em termos do re-escrever, do cinzelar foi mais da parte do dr. Fernando Paulouro, como professor de Jornalismo.
-Como eram os primeiros poemas?
-Tenho a ideia de uns sonetos que neste momento não faço a mínima ideia onde é que andam. Sei que um deles foi publicado na Informação da Liga dos Amigos de Alpedrinha e na altura já tinham a ver com Alpedrinha. A partir daí passaram a conviver poemas sobre Alpedrinha e os intimistas, sentimentais...
-Na altura em que eu escrevia na Informação tinha sempre um feed-back muito carinhoso por parte das pessoas, nomeadamente nas crónicas que se transformavam em prosa poética...Como exemplo: a entrevista que fiz à pessoa na altura mais velha de Alpedrinha, a dona Auzenda...tive o prazer de entrevistar o Fernando Namora.
-Durante quantos anos escreveste na Informação?
- O que sentiste ao dizer poemas diante da tua gente?
Aqui, o sentimento é diferente, porque escolho poemas sobre pessoas de e sobre Alpedrinha.
Em termos de público sabia que ia ser mais partilhado e sentido.
Depois, era a timidez. Porque as pessoas, à partida, se calhar, entre o que sou e aquilo que as pessoas conhecem de mim, vai um abismo, que é sempre inultrapassável.
Nestes momentos, parece que estou...que os abismos nos aparecem ali à frente e pensamos “será que isto vai alterar a imagem que as pessoas têm de nós”. Embora haja muita vontade de partilha. Mas há sempre esse receio...”
2 comentários:
Assim que o livro sair eu vou comprar e quero um autografo da autora.
Um beijinho
Parabéns à Paula pelo seu livro que li e apreciei. Votos de sucesso e um baeijinho para a Grilinha da Safro
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