Em Dezembro de 1998 visitei Trinidad e no caderno desta visita única nasceram as BRISAS DO CARIBE, poemas escritos em Cuba.
Partilho, com duas fotografias desse caderno que a Sónia Frade registou, alguns desses versos:
TRINIDAD COLONIAL
Em nome de Deus
foi construída a cidade
dos patrões.
Mas quanto suor de escravo
foi explorado para erguer
igrejas, palácios, casarões?
7-12-1998
VARADERO
Sobre o mar esmeralda
o pelicano voa
só ele destoa
neste areal de turistas
onde a tarde escalda.
12-12-1998
PÔR DO SOL NO CASTELO DO MORRO
(SANTIAGO DE CUBA)
Como a poesia
mergulha
nas palavras
assim o sol
se afunda
nas águas
do poema.
5-7 e 8-12-1998
Luís Filipe Maçarico
Partilho, com duas fotografias desse caderno que a Sónia Frade registou, alguns desses versos:
TRINIDAD COLONIAL
Em nome de Deus
foi construída a cidade
dos patrões.
Mas quanto suor de escravo
foi explorado para erguer
igrejas, palácios, casarões?
7-12-1998
VARADERO
Sobre o mar esmeralda
o pelicano voa
só ele destoa
neste areal de turistas
onde a tarde escalda.
12-12-1998
PÔR DO SOL NO CASTELO DO MORRO
(SANTIAGO DE CUBA)
Como a poesia
mergulha
nas palavras
assim o sol
se afunda
nas águas
do poema.
5-7 e 8-12-1998
Luís Filipe Maçarico
6 comentários:
Cuba é inspiradora.
Cuba inspira.
Gosto. Sobretudo do segundo. O primeiro era esperado e o terceiro insere-se no teu estilo habitual. o segundo para mim constitui maior surpresa.
Mas olha que sou de gostos minoritários... por isso não ligues nada ao que digo!
Sempre gostei do que escreveste, embora também, talvez, consiga perceber a luz que esses reflectem, assim poder ver-te melhor.
Olá, amigo Luís. Tudo bem?
Nunca fui a Cuba, mas o meu irmão António Carlos, quando esteve nessa ilha a filmar um documentário sobre charutos, deu-me a conhecer um pouco do perfume desse lugar incrível. A terra, como o olhar das pessoas escalda...
A tua poesia é como o voo da ave: não cansa!
Abraço,
Fernando Pinto
Esses cadernos são tesouros, meu amigo, que eu sei!
Tesouros de viagens, de palavras sentidas em momentos irrepetíveis.
É impossível ler-te e não sentir a viagem, o sopro, a energia, a envolvência, a realidade em perspectiva... segredos divulgados, e partilhados, com amor, às vezes revolta, um mundo de sentidos imenso!
Beijo
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