"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

sexta-feira, junho 17, 2011

Marchas Populares na Noite de Santo António - 1ª Parte


Marvila.

Bairro Alto.

Carnide.

Mouraria.

Olivais.

Penha de França.

Madragoa.

Campolide.

António Costa com Rosa Mota.

Marcha dos Mercados.

Marcha Infantil da Voz do Operário.

No passado dia 12 à noite, tive o ensejo de, pela primeira vez, assistir ao desfile das marchas de Lisboa, na Avenida da Liberdade.
Como é costume, desde meados da década de 80, as crianças da Voz do Operário apresentaram-se, extra-concurso, logo a seguir a um grupo marroquino convidado que iniciou o desfile, aberto por um conjunto de cantores que interpretou um tema alusivo aos festejos.
Depois da marcha dos mercados, os vinte bairros concorrentes exibiram os seus trunfos, disputando um prémio que tem sido conseguido por um ensaiador de referência, ao ponto do próprio, quando comparado a Mourinho, corrigiu: "Ele é que é o Mendonça do futebol! Eu já cá ando há mais tempo!"
Fui fotógrafo (e antropólogo de serviço, para um estudo sobre o imaginário popular, em torno de Santo António) e ao aceder à tenda que fornecia alimentos à bancada presidencial, constatei que os vips se amontoavam para deglutir croquetes e imperiais.
O colorido do guarda-roupa dos marchantes, o jogo das danças e dos efeitos visuais, a exuberância dos arcos e o fervor das claques, tornaram aquela noite num carrocel de alegria bairrista, onde o Fado foi o tema central.
Entre as 21 e as 3 da manhã, Lisboa foi uma vez mais o palco de uma tradição inventada, que dura há 79 anos, com algumas interrupções e ou variações, mas sempre com Santo António, a cidade e os seus habitantes como protagonistas.
Este imenso musical, digno dos palcos da famosa Brodway ou da actividade cinematográfica de Hollywood, ficará na memória, por tudo o que demonstrou: celebração, interacção, cultura, espectáculo.

Luís Filipe Maçarico (texto e fotos)

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