"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

segunda-feira, junho 15, 2009

Alpedrinha, Terra da Poesia


















Quem bebe da água da pequena e recolhida Fonte da Fome, na estrada para o Fundão, à beira da Pensão Clara, regressa a Alpedrinha ou casa lá, reza uma lenda...
Conheço estes recantos, estes rostos, aqui trouxe muitos amigos que se deslumbraram com a paisagem e a hospitalidade, aqui escrevi versos e versos e daqui renasci para o mundo.
Terra de águas que cantam!
E da beleza do granito, moldado para adornar palácios, templos, casas e estradas.
Alpedrinha, terra da Poesia!
Luís Filipe Maçarico (texto e fotografias)

2 comentários:

mariabesuga disse...

"Alpedrinha, terra da Poesia!"

Gente (com)sentidos

Pedra a pedra construído
o corpo toma forma de Ser
Ganha raízes aqui
sem dar por isso
Ganha vida aqui
sem se aperceber
Renasce... de tudo
o que o tempo lhe deu de mal
Regenera-se... do pulso cortado
da alma infeliz
Refaz-se aqui em poesia
...
As pedras são o sossego, o delevo
As gentes são o carinho, a calmaria
...
Afinal...
é aqui que nascem os poetas.

(um dos meus poems a Alpedrinha)

Jingã meu amigo
Belmi

Elvira Carvalho disse...

Realmente muito bonitas as imagens que nos mostra de Alpedrinha, terra que não conheço, mas que merece uma visita.
Alpedrinha sempre me recorda que quando eu era menina, e tinha aí os meus quatro cinco anos, a minha vizinha me pedia para lhe ir levar as cartas ao marco do correio. Eu ia num pé e vinha noutro como ela dizia, e as suas pernas já estavam velhas e cansadas. Devo dizer que o marco distava mais de 500metros da nossa casa, mas no inicio da decada de 50, não era perigoso, já que só se via um carro quando o rei fazia anos. E ela sempre me recomendava: Bates com a mão no marco e dizes: "Truz, truz, vai para Alpedrinha. E só depois pões a carta. Vê lá não te esqueças senão a carta fica perdida que não sabem para onde vai."
E não é que eu levei quase três anos a fazer isso pensando que era verdade?
Ainda hoje me rio de mim mesma quando me lembro.
Um abraço, e desculpe a ausência, mas a vida não está fácil. Precisava que o dia tivesse o dobro do tempo.