"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

segunda-feira, junho 29, 2009

Odeceixe, Última Semana de Junho, 2009


















As ruas estavam quase desertas, de manhã e à noite. Este ano não houve mastros. Sinais da crise? Talvez...
Andei a pé naquela paisagem, saboreando o silêncio, melros, gralhas e outras aves com canções solares para presentear os solitários como eu, que procuram na natureza a alegria que rareia nas pessoas.
Olá, Marquês! (é o nome do burro, acompanhado pela Matilde, a quem ofereci cenouras, bolachas e maçãs). E este pedaço do post é para uma Maria, que adora, como eu, estes amigos.
Flores, borboletas, chilreios, sobreiros, pinheiros, videiras e toda uma vegetação mediterrânica, acompanharam-me nesses caminhos de luz, onde recarreguei as baterias.
Olá Natália, olá Marta, queridas companheiras de alguns saborosos mergulhos!
NOTA: Durante anos, a última semana de Junho era passada na Zambujeira. O barulho intenso dos bares nocturnos, abertos em cima das casas que as velhotas alugavam e que não deixam ninguém descansar, durante a madrugada, levaram-me a procurar outras paragens.
Almograve foi a estrela seguinte, trocada pela mais cintilante Arrifana.
Todavia, os preços gananciosos e especulativos, aumentando brutalmente o custo das casas que por lá se alugam, levaram-me a procurar outro espaço.
Felizmente que existe o Cláudio Duarte, para receber de forma espectacular o viajante na sua Residencial do Parque - mantendo preços muito acessíveis e um pequeno almoço único em qualquer lugar do Mundo.

Por todos os motivos expostos, Odeceixe é ainda um oásis, no mar de vampiros em que o Algarve se tornou. Não sei é por quanto tempo...

Luís Filipe Maçarico (texto e fotos)

2 comentários:

Fernando Pinto disse...

Que lugar lindo, amigo Luís!

Abraço

Gostas de casas? Passa então pelo meu LABIRINTO DE OLHARES...

mariabesuga disse...

Ah Luís... aí vais tu descobrindo o sossego natureza adentro. Como dizes, as cantigas dos melros e das gralhas e a companhia do Marquês, esse burro de que já há poucos concerteza. E tu passeando-te e regenerando-te nesse sossego.

Jingã
Belmi