"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"
segunda-feira, abril 06, 2009
SOLITUDE
"Abraço. Morro por 1..."
Entardece. A luz de ouro
lambe a cal das paredes.
Oiço o grito da coruja e o
imenso silêncio com vontade
de partilhar.
Entardece. Mas não estás,
para olhar a lua e escutarmos
as andorinhas ou me abraçares
sob as estrelas frias das noites
de Abril.
Esta noite vou beijar o rio
com os olhos, como se estivessem
aqui os olhos que eu queria.
E saboreando o licor
da solitude escrevo
mais um poema
para dizer
que migrarei
até bom porto
onde outras mãos
me desejam.
Anoiteço
Sem ti,
que és um barco
sem casco,
um verso sem rima,
uma voz sem corpo...
Mértola, 4-4-2009; 11:30h
Lisboa, 6-4-2009; 01:23h
Luís Filipe Maçarico
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4 comentários:
Bonitas fotos. O poema como sempre muito bonito, embora cante ausências e saudades.
De saudades e dor tenho vivido este tempo amigo. Meu pai, partiu no fim de Março, minha mãe está a reagir mt mal a uma separação forçada, ao fim de 63 anos de vida em comum, e temo que não resista por mt tempo.
Um abraço
Lindos versos, lindas imagens que transportam. Tudo isso afora as imagens que criamos em nossa mente enquanto lemos, tocamos e somos tocados por seu poema.
Sã Consciência
Sou uma mulher de meia idade
muito embora ninguém nunca tenha dito
de quantos anos é feita uma idade inteira
Uma mulher que deflora o tempo,
o divide ao meio, transita por suas infinitas passagens
e que aprendeu a extrair o seu poder anestésico e cicatrizante
Manuseio o tempo, mantenho-o em lugar seco, arejado
E o sorvo em forma de Alquimia.
(Extraído do livro “O Adestrador de Sentimentos” de Stella Tavares)
Espero que aceites o meu poema.
oadestradordesentimentos.blogs.sapo.pt
Ao sul...
Ao sul...
Para o sul se faz o teu caminhar porque aí te reencontras contigo. És do sul do tempo
e do sol do sorriso
e do sal da pele.
Escreves-te nesses poemas que nos dás...
Desnudas-te nesses poemas em que te dás...
Jingã
Sê feliz
Belmi
Lindíssimas as fotografias!
Gostei especialmente da foto da papoila pequenina sobre uma imensa parede branca!
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