Mergulho o meu cansaço
num vento de pássaros;
o olhar deitado na vastidão
dos campos. As seivas
de Junho perfumando a roupa
e o poema a cantar
ruas de terra limpa.
Luis Filipe Maçarico
há sempre uma oliveira
junto à casa e
perto da tarde
um rapaz irá deitar-se
sobre a terra com os olhos
mergulhados
nas cisternas
Luis Filipe Maçarico
Alentejo meu verde coração
de Dezembro, por aves e
rebanhos inundado.
Há nos teus campos
um lamento de vento
e chuva onde o silêncio
tem voz de cão abandonado
Luis Filipe Maçarico
Ecos do Encontro temático em Campo Maior
Há 4 dias
1 comentário:
Ainda que quisesses afirmar-te alfacinha a tua poesia não o permitiria... Gosto dum modo especial quando a tua poesia tem o sotaque das terras a sul, seja alentejo, Tunísia.
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