Este ano, a chuva molhou o Festival Islâmico. No sábado e no domingo, nomeadamente durante a cerimónia de encerramento, em que os diversos participantes na animação dos quatro dias se apresentavam, gordas nuvens derramaram grossas bátegas.
Multidões de citadinos procuraram o exotismo de uma cultura que ignoram e da qual sabem apenas o que a comunicação social e os prospectos turísticos veiculam.
Faz falta, num festival como este, a intensificação do diálogo intercultural que possa proporcionar um melhor conhecimento do Outro. Esperemos que no próximo se promova mais esta vertente.
A madrugada de sexta foi soberba no Largo Luís de Camões com um espectáculo memorável com os Gnawa Baraka. Entre as 3 e as 4, o grupo que durante todos os dias animou as ruas do souk, encantou os amantes de música etno.
Alguns acontecimentos relevantes: Santiago Macias apresentou "Mar do Meio", um livro e uma exposição fotográfica espectacular. Adalberto Alves falou da sua escrita, da sua pesquisa de muitos anos sobre os Árabes. Eduardo Ramos animou, como só ele sabe, o Largo da Alcachofra, onde Miguel Rego apresentou "Cadernos de Areia", o meu último livro de poesia que teve bom acolhimento do público, ao ponto da Livraria Vemos Ouvimos e Lemos e o seu mentor Paulo Barriga me terem acolhido para ler poemas da obra, que teve em António Baeta um momento de recitação envolvente. Entretanto, Cláudio Torres apresentou os Cadernos Temáticos da Aldraba sobre "Aldrabas e Batentes de Porta", também de minha autoria e os diversos vendedores de sonhos, como o marroquino Faissal Laazar deslumbraram os vistantes, com a caligrafia árabe e os inúmeros objectos de um artesanato fascinante que de dois em dois anos enche o labirinto de algumas das ruas mais antigas de Mértola, espantando gente que, de descoberta em descoberta exprime a sua estupfacção, como aquele homem que exclamava: "Mas o cante e a música deles são tão parecidos!"
Luís Filipe Maçarico (texto e fotografias)
Multidões de citadinos procuraram o exotismo de uma cultura que ignoram e da qual sabem apenas o que a comunicação social e os prospectos turísticos veiculam.
Faz falta, num festival como este, a intensificação do diálogo intercultural que possa proporcionar um melhor conhecimento do Outro. Esperemos que no próximo se promova mais esta vertente.
A madrugada de sexta foi soberba no Largo Luís de Camões com um espectáculo memorável com os Gnawa Baraka. Entre as 3 e as 4, o grupo que durante todos os dias animou as ruas do souk, encantou os amantes de música etno.
Alguns acontecimentos relevantes: Santiago Macias apresentou "Mar do Meio", um livro e uma exposição fotográfica espectacular. Adalberto Alves falou da sua escrita, da sua pesquisa de muitos anos sobre os Árabes. Eduardo Ramos animou, como só ele sabe, o Largo da Alcachofra, onde Miguel Rego apresentou "Cadernos de Areia", o meu último livro de poesia que teve bom acolhimento do público, ao ponto da Livraria Vemos Ouvimos e Lemos e o seu mentor Paulo Barriga me terem acolhido para ler poemas da obra, que teve em António Baeta um momento de recitação envolvente. Entretanto, Cláudio Torres apresentou os Cadernos Temáticos da Aldraba sobre "Aldrabas e Batentes de Porta", também de minha autoria e os diversos vendedores de sonhos, como o marroquino Faissal Laazar deslumbraram os vistantes, com a caligrafia árabe e os inúmeros objectos de um artesanato fascinante que de dois em dois anos enche o labirinto de algumas das ruas mais antigas de Mértola, espantando gente que, de descoberta em descoberta exprime a sua estupfacção, como aquele homem que exclamava: "Mas o cante e a música deles são tão parecidos!"
Luís Filipe Maçarico (texto e fotografias)
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