Do blogue Cravo de Abril e da autoria de Samuel transcrevo o texto A MISTURADA QUE LHES CONVÉM:
A propósito da audição de Oliveira e Costa no Parlamento, escreveu Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto do Correio da Manhã:
«Esta é a maior e também a mais indecorosa novela portuguesa dos tempos modernos, com manifesto reflexo na credibilidade dos políticos, dos partidos, dos banqueiros e das instituições.»
A intenção da prosa é óbvia: distribuir as culpas por todos os políticos e por todos os partidos - que é a melhor forma de, por um lado, aliviar as culpas dos verdadeiros culpados; de, por outro lado, espalhar a ideia de que os partidos são todos iguais; e de, com tudo isto, ocultar a verdadeira causa deste e de muitos outros casos que por aí andam à espera do carimbo «arquive-se!»: a política de direita que há 33 anos flagela Portugal praticada por governos PS e PSD - sozinhos, de braço dado, e com ou sem o CDS/PP atrelado.
A prova de que o «caso BPN» é um filho natural da política de direita, está no caudaloso envolvimento nele de governantes de governos de Cavaco Silva - que foi, durante trágicos dez anos, um dos mais exímios praticantes dessa política antidemocrática e antipatriótica, ao serviço dos interesses do grande capital.
Ora, metendo todos os partidos no mesmo saco, Eduardo Dâmaso produz a misturada que mais convém aos beneficiários da política de direita.
Que os outros se sintam bem assim ensacados, é natural: estão em casa...
Mas há um partido que não entra nesse saco, e tentar metê-lo lá é tempo perdido: porque essa não é a sua casa; porque é diferente dos que são todos iguais: porque é O Partido.
Texto de Fernando Samuel; Fotografia de Luís Filipe Maçarico
«Esta é a maior e também a mais indecorosa novela portuguesa dos tempos modernos, com manifesto reflexo na credibilidade dos políticos, dos partidos, dos banqueiros e das instituições.»
A intenção da prosa é óbvia: distribuir as culpas por todos os políticos e por todos os partidos - que é a melhor forma de, por um lado, aliviar as culpas dos verdadeiros culpados; de, por outro lado, espalhar a ideia de que os partidos são todos iguais; e de, com tudo isto, ocultar a verdadeira causa deste e de muitos outros casos que por aí andam à espera do carimbo «arquive-se!»: a política de direita que há 33 anos flagela Portugal praticada por governos PS e PSD - sozinhos, de braço dado, e com ou sem o CDS/PP atrelado.
A prova de que o «caso BPN» é um filho natural da política de direita, está no caudaloso envolvimento nele de governantes de governos de Cavaco Silva - que foi, durante trágicos dez anos, um dos mais exímios praticantes dessa política antidemocrática e antipatriótica, ao serviço dos interesses do grande capital.
Ora, metendo todos os partidos no mesmo saco, Eduardo Dâmaso produz a misturada que mais convém aos beneficiários da política de direita.
Que os outros se sintam bem assim ensacados, é natural: estão em casa...
Mas há um partido que não entra nesse saco, e tentar metê-lo lá é tempo perdido: porque essa não é a sua casa; porque é diferente dos que são todos iguais: porque é O Partido.
Texto de Fernando Samuel; Fotografia de Luís Filipe Maçarico
Sem comentários:
Enviar um comentário