"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

segunda-feira, julho 09, 2007

INTERVENÇÃO NO 121º ANIVERSÁRIO DA SOCIEDADE FILARMÓNICA UNIÃO E CAPRICHO OLIVALENSE, EM 22 DE JUNHO DE 2007








Exmos. Senhores Membros dos Corpos Sociais da Sociedade Filarmónica União e Capricho Olivalense, Entidades, Associados, Amigos da Música e desta colectividade:

Agradeço, em nome da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, o convite para participar no 121º Aniversário da SFUCO, e aproveito para saudar o relacionamento fraterno e leal e o espírito elevado desta instituição, através dos tempos, com a luta do Movimento Associativo Popular, representado pela Confederação.

As questões que há seis anos atrás coloquei, sobre a forma como alguns poderes procedem com as colectividades, infelizmente mantêm-se actuais.

Na última meia dúzia de anos, o contacto do executivo municipal com as colectividades, ressentiu-se da mudança de sucessivos responsáveis do pelouro, à média de um vereador e meio por ano, no primeiro mandato, e teve como protagonista de um guião embalador, uma representante de um eleito para o louvaminhar nos almoços de aniversário, que ocorreram em 2006-2007, prometendo com grande ênfase que o remake do milagre das rosas iria acontecer em breve.
Pergunto: que benefícios teve a Sociedade Filarmónica União e Capricho Olivalense, durante o tempo em que a criatura ocupou a cadeira?
Para lá de um apoio pontual para adoçar a boca, aquando das eleições de Outubro de 2005, preocuparam-se por exemplo, em isentar a SFUCO do Imposto Municipal sobre Imóveis?

A SFUCO espelha o valor da força associativa, pois ao longo de cento e vinte e um anos, gerações resistentes de homens e mulheres fraternos, conseguiram idealizar e manter um espaço magnífico de companheirismo e criatividade.
A vossa escola de música, obra notável, em funcionamento ininterrupto há três décadas, é o resultado do estímulo e entrega de homens generosos e discretos, que se empenharam e honram, criando futuro, contribuindo decisivamente no desenvolvimento sócio - cultural dos jovens alunos.
São ensinamentos como o vosso que nos estimulam a progredir nos caminhos do associativismo, pugnando por uma qualidade de vida que falta realizar, depois de Abril.

Há quatro anos, em resultado de um consequente debate colectivo, foram reconhecidos, pela Assembleia da República, o Dia Nacional das Colectividades e o Estatuto de Parceiro Social, consignados na Lei 34/2003.

A Confederação faculta aos associados e dirigentes das colectividades, um conjunto de apoios que vale a pena relembrar:

- Postos públicos de Internet Associativa Grátis (em centenas de colectividades do país).

- Formação Associativa, através de cursos para actualizar o desempenho dos dirigentes

- Parceria com Universidades, cujos estudantes investigam temas associativos.

- Gabinete Jurídico, com larga experiência no apoio e na emissão de pareceres, além de preparar e entregar processos de Utilidade Pública associativa,

- Dinamizamos os projectos “Agita Portugal” e “Jogos Tradicionais”, promovendo a actividade física, as tradições populares e a convivência entre colectividades.

- Podemos divulgar as vossas iniciativas e projectos no boletim “Elo Associativo” e no portal da Internet.

Se é verdade que estas propostas não superam todos os problemas com que se deparam, nem substituem os poderes que têm a obrigação de não deixar esmorecer esforços hercúleos, na salvaguarda do património identitário local e até nacional, sinto que o alento das palavras e de alguns gestos fazem falta, pois incentivam sempre a prosseguir este ideal que nos mantém vivos e actuantes.
Bem Hajam, amigos pelo exemplo da vossa dedicação!

Lisboa, 22 de Junho de 2007

Luís Filipe Maçarico

AGRADECIMENTO ESPECIAL A JOAQUIM BARATA que me enviou estas imagens da sessão solene dos 121 anos da SFUCO, onde se destaca a actuação da Escola de Música. Autor das fotografias: RUI ELIAS

4 comentários:

Fernando Pinto disse...

Gosto muito destas fotografias, da atmosfera musical que nos ofereces, porque lembram-me o meu avô materno. Era músico de uma banda filarmónica de Ovar e eu costumava ir vê-lo tocar nos coretos com a minha mãe... Belos tempos!

Abraço,
Fernando Manuel

P. S. O meu coração sorriu quando descobriu o novo "link" que plantaste neste teu cantinho maravilhoso. Obrigado por tudo, amigo Luís! Até ao momento, não tenho tido problemas com este blogue. Que continue assim...

Fernando Pinto disse...

Amigo Luís, a minha foto 140 é para ti. Porquê? Pelo carinho que tenho recebido quando menos espero!

Obrigado pela força que me dás, pelo incentivo, pela magia das tuas palavras! Assim vale a pena ter amigos!

Abraço,
Fernando Manuel Oliveira Pinto

Unknown disse...

Parabéns pela tua infinita coerência e dedicação...
Obrigado
eduardo

eduardo nascimento disse...

Parabéns Luís pela tua coerência e dedicação a tudo que seja melhoria e abertura ao mundo da elevação cultural...
eduardo