"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

LUTAR ATÉ MORRER


Antes de Abril acompanhou-me algumas vezes, em casa de amigos, na partilha de um disco novo, raras vezes na telefonia...
A revista Mundo da Canção publicava letras de canções suas, as melodias iam-se enraizando no quotidiano...
Faz-nos falta.
Vi-o no Coliseu, quando deu um memorável concerto, de despedida. Nunca amoleceu, mesmo quando a doença o dilacerava.
Talvez por isso hoje, dia do seu falecimento, a RDP o tenha lembrado, com 19 canções, hora a hora. Pena é que não passe mais música dele no resto do ano.
São 23h 15 e volto a ouvi-lo, como naquela noite emocionante do Coliseu:
"águas das fontes calai
ó ribeiras chorai
que eu não volto a cantar!"

Intemporais, os "Vampiros"estão actuais, tal como "Vejam Bem", "A Morte Saiu à Rua", "Venham Mais Cinco", porque enquanto a sacanisse imperar, o silêncio é cobardia.

A sua música, as suas palavras, a sua respiração criativa fazem-nos falta. Numa época de terrorismo laboral, por parte de quem manda, José Afonso lembra que lutar-até morrer- é um verbo, uma postura, que não se pode arrumar.

4 comentários:

Pete disse...

Eu já não sou do tempo dele, mas ainda á canções dele que perduraram até á minha geração, mas acho que lhe faz um pequeno mas merecido agradecimento.

Pedro Gonçalves.

Pete disse...

As músicas dele ainda chegaram à minha geração, e acho que esse pequeno tributo é bem merecido pelo que ele fez.

Pedro Gonçalves.

isabel mendes ferreira disse...

lutar contra os fantoches....sim. sempre.


beijo-te.

Paulo Esteves disse...

Não poderia concordar mais contigo...