"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Grupo Dramático e Escolar "Os Combatentes"- 100 Anos de Criatividade


Em 1997, na segunda festa das colectividades de Lisboa, com o Jorge Rua de Carvalho e com o Jorge Neves, interpretei um pequeno papel, numa revista idealizada a três, que se chamou "O Teatro Segue Dentro de Momentos", através da qual o Grupo Dramático e Escolar "Os Combatentes" marcou uma boa presença.
Duas décadas depois de ter fundado (1978) um grupo amador na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul, voltei a fazer teatro sobre um palco.
Nos "Combatentes" apresentei vários livros, participei em "Noites de Música e Poesia", fiz parte dos corpos sociais durante alguns anos.
Este ano, a colectividade que tem um historial notável, faz cem anos. Por lá passou Arthur Duarte, o cineasta, Tony de Matos, Aida Baptista, Maria Clara, o poeta Sidónio Muralha. E inúmeros atletas de modalidades tão diversas como o boxe, o ciclismo, o basquetebol, o hóquei em campo, o karaté.
Nas colectividades, a cidade humaniza-se, pela possibilidade do encontro, da partilha, da entreajuda, do convívio inter-geracional.
Quando uma casa destas sobrevive aos mais variados obstáculos e se torna centenária, é tempo de celebrar todos os que ajudaram na escola, no desporto, no recreio, na cultura, no dia a dia.
Lurdes Pinheiro, a presidente da direcção de 2006, foi aluna da escola, festejou as bodas do seu casamento no salão da colectividade e já pertenceu a anteriores direcções. Além da gratidão que tem para com a casa que a ensinou a ler, fez uma promessa a um antigo dirigente, que entretanto faleceu, de conduzir as actividades durante este ano. Rodeou-se de gente decidida a trabalhar em prol destes "Combatentes" que nasceram em Setembro de 1906 para combater o analfabetismo.
Em meados dos anos 90 do século passado um grupo de associados criou o museu da colectividade e a par da Lisboa 94 tornou-se famoso o grupo dos Pregões de Lisboa.
Na Arruda dos Vinhos, em Alpedrinha, nos mais diversos locais de Lisboa, a Lavínia, a Paula, o Luisito, os Jorges e mais um punhado de actores amadores elevou bem alto, pela qualidade do desempenho, o nome dos "Combatentes". A hilariedade que este grupo consegue nas suas actuações é um belo trunfo. Esta colectividade está cheia de histórias magníficas para contar.

1 comentário:

augustoM disse...

Se fazes favor quando voltares a actuar tens de me avisar para eu ver e pedir um autógrafo.
Um abraço. Augusto