Esta noite há uma janela
Com estrelas frias e o mais antigo
Silêncio que as minhas veias
Conhecem. Já vi a Gardunha
A arder, amigos perdi
Na incessante errância
Pelos atalhos do Mundo e
Ainda hoje não sei se procuro
Um jardim de ilusões
Na tinta de lumes
Ou a breve
Respiração da vida numa
Vereda de ciprestes.
Esta noite, há um murmúrio
De seivas e vozes
No ventre da terra
Com sede de música.
Alpedrinha, Outubro de 2003
(fotografia de LFM-chafariz de D.João V)
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