A segunda sala do Museu do Aljube pretende meter o Rossio na Rua da Betesga.
Com o Professor Doutor José Barata Moura, aprendi que tudo o que se cola (cartazes de propaganda política ou qualquer outra forma de veicular informação) abaixo do olhar, perde-se enquanto proposta de divulgação.
E embora haja quem pense que um Antropólogo não entende de Museologia (licenciei-me na UNL e a cadeira de Museologia foi lecionada por Coutinho Gouveia, no tempo em que essa área ainda não se tornara num curso autónomo, nem havia tanta universidade de aviário a fazer especializações da treta), tenho a noção que uma overdose de informação afugenta o visitante, por saturação.
Sente-se claustrofobia, pois pretende-se num quartinho veicular décadas e décadas de Fascismo, sintetizando-se o impossível.
Mesmo que seja propositada a ideia de causar essa asfixia no visitante, não concordo, pois dá vontade de fugir, perdendo-se conhecimento.
Pode ser esta parte remetida para outra atenção, levando-se o catálogo.
Mas um Museu deste tipo deve ser apreendido, sobretudo pelos mais jovens, nos pormenores, nas imagens, nas frases, na cronologia (que não deve derramar-se quase ao nível dos pés....)
Este modelo, aplicado na segunda sala do Aljube, deveria ser revisto.
Luís F. Maçarico (texto e fotografias)
1 comentário:
Uma das formas de não informar convenientemente, poderá ser a compactação da informação e por vezes em letra muito pequena.
Abraço.
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