Estava em Viana do Castelo, quando a mensagem da Maria Amélia me anunciou a partida do Manuel Sobral Bastos, homem digno, cidadão admirável, ao qual devemos, - todos os que sonhámos um futuro diferente e insistimos que é possível viver de outra forma, - o Dia marcante, que em 25 de Abril de 1974 nos permitiu sermos Livres, graças a homens como o Manuel, que generosamente empenharam a sua palavra nesse acto transformador.
Conheci este respeitado oficial da Força Aérea, no meio associativo.
Fundámos entusiasticamente, num encontro propiciatório em Montemor-o-Novo e a partir de inúmeras reuniões preparatórias, em sua casa, a Aldraba - Associação do Espaço e Património Popular.
Durante meses, ali se planeou, com a Comissão Promotora que ele integrava com a esposa, o trabalho de implantação desse motivador projecto.
O Manuel esteve sempre de coração aberto, no nascimento de novos grupos de cidadania, dando o seu contributo para a mudança, para a melhoria de qualidade do quotidiano dos portugueses.
Era o vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral da Aldraba, foi secretário da primeira direcção, foi membro do Conselho Fiscal, participava em diversas reuniões e jantares de confraternização, com camaradas ligados a todos os voos, onde o ser humano é a medida de todas as coisas, mas com esse cunho de ave serena, que procura o melhor tempo para sobrevoar a vida e dar-lhe a sua achega, com humor e luta, com inteligência e elegância.
A palavra Senhor é a que melhor o define.
Esta manhã, no cemitério da Meadela, ao olhar para a campa de José Figueiras, o etnógrafo cuja vida e obra estou a investigar há alguns meses, foi também no Manuel que pensei, quando foi colocada uma rosa vermelha do poeta "Da Alma de Viana".
Há poucos anos, sem saber, comi o cabrito da Páscoa em Évora, com o Manuel e a sua família. Esta Páscoa, o seu lugar está vago, mas na galeria dos empolgantes heróis anónimos que conheci, a luz do Manuel Sobral Bastos é uma cintilação fulgurante que não tem limite.
Bem Hajas, Amigo pela amizade com que me honraste.
Luís Filipe Maçarico (texto) Fotos (Arquivo do Blogue "Águas do Sul")
Conheci este respeitado oficial da Força Aérea, no meio associativo.
Fundámos entusiasticamente, num encontro propiciatório em Montemor-o-Novo e a partir de inúmeras reuniões preparatórias, em sua casa, a Aldraba - Associação do Espaço e Património Popular.
Durante meses, ali se planeou, com a Comissão Promotora que ele integrava com a esposa, o trabalho de implantação desse motivador projecto.
O Manuel esteve sempre de coração aberto, no nascimento de novos grupos de cidadania, dando o seu contributo para a mudança, para a melhoria de qualidade do quotidiano dos portugueses.
Era o vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral da Aldraba, foi secretário da primeira direcção, foi membro do Conselho Fiscal, participava em diversas reuniões e jantares de confraternização, com camaradas ligados a todos os voos, onde o ser humano é a medida de todas as coisas, mas com esse cunho de ave serena, que procura o melhor tempo para sobrevoar a vida e dar-lhe a sua achega, com humor e luta, com inteligência e elegância.
A palavra Senhor é a que melhor o define.
Esta manhã, no cemitério da Meadela, ao olhar para a campa de José Figueiras, o etnógrafo cuja vida e obra estou a investigar há alguns meses, foi também no Manuel que pensei, quando foi colocada uma rosa vermelha do poeta "Da Alma de Viana".
Há poucos anos, sem saber, comi o cabrito da Páscoa em Évora, com o Manuel e a sua família. Esta Páscoa, o seu lugar está vago, mas na galeria dos empolgantes heróis anónimos que conheci, a luz do Manuel Sobral Bastos é uma cintilação fulgurante que não tem limite.
Bem Hajas, Amigo pela amizade com que me honraste.
Luís Filipe Maçarico (texto) Fotos (Arquivo do Blogue "Águas do Sul")
1 comentário:
Não encontro melhores palvras do que as tuas " Um Senhor".
Um beijo tardio aqui gostaria de deixar e uma braço sentido à Amélia.
Enviar um comentário