"Um Barco atracado ao cais é sempre um sonho preso"

sábado, abril 09, 2011

Por Quem os Sinos Tocam a Rebate


Os sinos tocam a rebate, por um país que insistiu em escolher maus políticos, década após década, não obstante a Liberdade que lhe foi dada.
A Igreja aproveitou sempre a ignorância e fez - desde há séculos - eleger os senhores, com ligações ao mundo da especulação económica, peritos em criar abismos sociais.
Gente como Mário Soares, que hoje diz raios e coriscos sobre quase tudo e todos, achou logo a seguir ao 25 de Abril de 1974, que o melhor para os portugueses era seguirem-no, na sua caminhada subserviente perante os patrões Brandt e Carlucci.
Os partidos dominantes preferiram então perder o escudo e ir atrás da miragem de Euro, acompanhando a CEE, depois UE, pois isso trazia emprego pago a bom preço para os burocratas e carreiristas da sua clientela partidária
Nos anos 80, nunca me esqueço disso, uma voz contra a corrente, acusada de ser cassete, a voz de Álvaro Cunhal alertou-nos para os perigos futuros.
Não o quiseram ouvir...
E eis que dobrada uma década, sobre o novo século (e milénio), estamos de joelhos, por causa de gentalha sem nível, demagogos sem categoria, indivíduos sem escrúpulos, que se julgam donos da verdade mas não têm palavra, que nos conduziram ao mais abjecto abismo de toda a História de Portugal.
Contudo, a populaça estremece ainda com algum prazer masoquista, quando um populista como Sócrates lhes arranha a alma, com uivos e zurros, prenunciando o caos sem ele, ou como dizem os brasileiros, "me engana, que eu gosto!"...
Portugal parece não ter remédio, senão capitular perante ditaduras - agora é a do FMI, tudo disfarçado com pseudo - eleições, na sequência das ditaduras europeia, da neonazi Frau Merkel e mundial, do catastrófico Bush bastardini.
Os sinos tocam a rebate por um país de gente tola, que, como no poema de Brecht, quando acordar, já é tarde, pois quando o saque atacar os incautos de hoje, já o restante povo estará sem cheta. Na desunião, eles emergem como salvadores ou orientadores da cegueira popular.
Que bela gastronomia, que deliciosas paisagens, que pessoas tão hospitaleiras mas que povo tão estúpido que permite transformar o paraíso no inferno.
Como não me conformo com o carneirismo, não votarei na grande coligação de destruidores do país e esta tarde, na Rua Augusta, gritarei contra os ladrões encartados - doutores e engenheiros -que me andam a roubar!
Luís Filipe Maçarico (texto e fotos)

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