Em Lisboa arrasto saudades
olhando montras de promessas
patrimónios, miradouros e a solidão
de chamar por quem não vem...
Em Lisboa embalei sonhos
porém, no lugar das palavras e gestos
apenas um silêncio letal
me responde.
Em Lisboa já não espero nada
nem sequer ouso
uma gota de sol
um verso de Tejo
um melro enluarado
enfrentando
nuvens e orvalho.
Teimei
em acreditar
que podia haver
outro dia
outro amanhã.
Todavia
o que existe é o frio
cada vez mais cortante
de um lugar vazio.
E a ausência
arrepiante
de um amor fugidio...
Texto e Fotografias de Luís Filipe Maçarico
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