Na implacável contabilidade
das noites onde envelheço,
À janela da velha casa
Entre as brisas de Junho e
os nevoeiros de Dezembro
Permaneço.
Esperando o quê?
Cicatrizando mágoas, ausências,
O peso do tempo,
Escutando o vento...
À janela da velha casa
Eu venço!
Acima de tudo
Procuro o verso
Onde respira o Mundo...
E permaneço.
2-1-2002; 30-3-2002
LUÍS FILIPE MAÇARICO
Fotografia de ROSÁRIO FERNANDES
5 comentários:
No mundo há sempre algo que nos olha...
Abraço,
FMOP
Olhando para o mundo, vemos aquilo que somos, sentimos a vida, permanecemos no tempo e ele em nós...permanecemos... vemos a agitação do dia a dia, contemplamos amanheceres e por de sois, sentimo-nos tão acompanhados, mas tão sós...é a vida a passar por nós!
bjs
Ana
Apenas seis dias e já a vida passou por nós e retirou mais valias ao mundo.
No teu poema, amigo, recordamos Pavarotti.
Aqui ando eu, bichodeconta, deambulando, como quem procura algo essencial..Sempre que o visito encontro um pouco do que procuro..Um abraço, Ell
É engraçado, nasci nesse mesmo edificio, 26, 3ºdrt, e é um sitio e edificio, com umas vistas impressionantes e um bairro muito castiço, só é pena que os anos o tenham degradado tanto socialmente, mas nao perdeu a beleza, fica a esperança de dias melhores, ¿porque nao?. Bem haja, cumprimentos ;)
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