Constato que no Baixo Alentejo, a leitura já não é uma necessidade imperiosa, bem diversa do que sucedeu nos anos noventa do século passado, época em que foi uma clamorosa evidência...
A Cultura aparenta ter menos apoiantes, pois uma parte substancial dos portugueses parece estar num certo fechamento...
A massa crítica, no sul do nosso país, face aos olivais intensivos, pulverizados dia e noite, com químicos, que já está a afectar a Natureza, é quase inexistente.
Disseram-me há anos num dos concelhos vizinhos de Beja que o cancro pode começar a atacar a população...
O comboio para Beja (que chegou a estar ausente, por supostas melhorias) é desconfortável, e avaria muitas vezes, não havendo a força suficiente para conseguir que o Intercidades volte, na evolução que tarda, pois as viagem Casa - Branca / Beja é paga como se os passageiros tivessem carruagens iguais às que fazem o percurso Oriente / Évora.
Oxalá o Cante não fique também alheio a esta realidade, continuando a celebrar os campos cerealíferos de outrora, que deram lugar às amendoeiras, alfarrobeiras e oliveiras, regados com água do Alqueva e na posse de estrangeiros.
Luís Filipe Maçarico (texto e fotografia)
2 comentários:
Tudo se move até o vento
Boa partilha
Abraço
Tudo se move até o vento
Boa partilha
Abraço
Enviar um comentário